Militares da CCS no refeitório do Quitexe. À direita, o Gaiteiro (o primeiro), seguido do Serra, de NN e do Aurélio (Barbeiro). A olhar, de frente e de bigode, aqui em baixo, o Monteiro (Gasolinas) e a seguir o Cabrita. O sétimodeste fila é o Florêncio. E os outros, quem os identifica?
«Só com o povo no poder pode haver democracia. Se não for assim, será como no tempo do colonialismo», disse Agostinho Neto, a 13 de Março de 1975, em Luanda.
O presidente do MPLA falava na sua primeira conferência de imprensa em território angolano, longe, obviamente, dos holofotes e do conhecimento dos Cavaleiros do Norte, que assentavam arrais por Carmona e por lá iam sentindo as passas amargas de serem a última guarnição militar portuguesa.
Um ano antes, por Santa Margarida, era continuada a instrução militar que os preparava para Angola e, ao mesmo tempo, o Serviço de Informação Pública das Forças Armadas dava conta de três militares mortos em Angola, todos do recrutamento local:
1 - Daniel Calembo, natural de Sambo (Vila Nova).
2 - Justo Chama, natural de Bailundo.
3 - Jonas Chiambo, também natural de Bailundo.
Em Luanda, no porto, deu-se um singular acidente: o cargueiro brasileiro «Cabo Orange» colidiu com o português «Congo», no momento em que atracava. De seguida, abalroou o sueco «San Blas», que estava a cerca de uma milha, a transbordar carga. O «Congo» ficou com a murada da proa virada para dentro, enquanto o cargueiro brasileiro ficou com parte do castelo danificado. Já o sueco ficou bem pior, com um buraco em V, a apenas 15 centímetros da linha de água.
O que é que isto tem a ver com os Cavaleiros do Norte?
Bom, não tem nada, na verdade. Mas era, ao tempo de há 40 anos, a nossa forma de nos irmos integrando na próxima vida africana de Angola. Lido isto, agora, até tem a sua piada.