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Channel: CAVALEIROS DO NORTE / BCAV. 8423!
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1 876 - Combates angolanos e amores de toda uma vida...

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O MPLA desmentiu o avanço da FNLA, na rota para Luanda, a 18 de 
Outubro de 1975. O dia em que o ex-alferes Carlos Silva se casou na capital angolana


A 18 de Outubro de 1975, já os Cavaleiros do Norte se espraiavam pelos seus chãos natais, regressados à família e aos amigos, depois da jornada africana que (n)os levou ao Uíge angolano. Em Luanda, onde todos os dias eram vésperas da independência, o MPLA negava o avanço da FNLA em direcção à capital e o comandante Júlio de Almeida (Juju) dava conta, em conferência de imprensa, que «os combates que tem oposto a esse exército invasor tem lugar essencialmente em duas frentes»
Uma delas, na linha do rio Dange (a 3ª. CCAV. 8423 teve o último destacamento português da Ponte do Dange), desde a Barra do Dande até Quibaxe (um pouco abaixo de Ponte do Dange e Vista Alegre), pela rota para Luanda que, garantiu, «está sob controlo das FAPLA´s» - assim como Cage, Mukundo e Santa Eulália, entre outras povoações a norte do rio, para os nossos (antigos) lados uíjanos.
A segunda frente, segundo o comandante do MPLA, citado pelo Diário de Luanda em serviço para o Diário de Lisboa, era na província do Quanza Norte, no paralelo de Samba Caju. «A resistência oferecida pelo exército invasor não foi pequena e justifica o elevado número de baixas que tiveram, assim como a perda considerável de material», disse o comandante Juju.
As FAPLA ocuparam Banga, a ocidente de Samba Caju, e ainda nesta zona, na província do Uíge, no nosso Uíge!, «registaram-se nos últimos dias acções de forças invasoras, vindas do Zaire e aquarteladas e Calongo». Em Quinguzu, «mataram e saquearam a população, tendo morto 30 pessoas e aprisionado 20 mulheres, depois de terem enforcado os maridos». A leste de Camabatela, ali tão perto do nosso Quitexe, uma força do exército invasor (a FNLA, com apoio estrangeiro), segundo o comandante Juju, «teve 8 baixas».
O que tem isto a ver com os Cavaleiros do Norte, que então já arrumavam a vida pelas suas terras e gentes?
É que nesse mesmo dia 18 de Outubro de 1975, em Luanda, o (ex-alferes) Carlos Silva deu o nó, enamorado de amores que o prendem até hoje. Depois da desmobilização e de voltar a Angola, ali se consagrou ao casamento, com um «sim» de paixão e fidelidade. Um amor eterno, que aqui saudamos e sublinhamos!

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