O Clube do Quitexe, na estrada do café, que ligava Luanda a Carmona.
O Comandante Nidozi, com oficiais portugueses (foto do Diário de Lisboa)
Aos dias 4 de Dezembro de 1974, iniciou-se no Quitexe a projecção de um filme, no âmbito do programa de acção psicológica dos Cavaleiros do Norte. Foi no Clube da vila e as projecções estenderam-se às outras sub-unidades - as de Aldeia Viçosa e Vista Alegre (e Ponte do Dange), onde se aquartelavam a 2ª. CCAV. e a 1ª. CCAV. 8423. E às populações civis dessas localidades.
Ao mesmo dia 4, o comandante interino do BCAV. 8423 esteve no Comando de Sector do Uíge, em Carmona, «estreitando contactos entre comandos». Como por aqui tem sido dito, preparava-se a próxima rotação do dispositivo militar.
O MPLA, no mesmo dia e pela voz do comandante Nidozi, negava direitos à FLEC, sobre a independência de Cabinda. «Cabinda faz parte de Angola. A questão pode ser discutida em Assembleia do Povo e, se assim for decidido, então Cabinda poderá ser independente», disse, ouvido por Rogério Vidigal, do Diário de Lisboa, disse Nidozi, nome de guerra de David Moisés, ao tempo com 35 anos, desertor do Exército Português, natural de Santo António do Zaire e comandante da 1ª. e da 2ª. Regiões Militares do MPLA.
As actividades da FLEC era consideradas separatistas e Nidozi acusava o movimento de Ranque Franque de «partido fantoche», não ignorando a importância económica do enclave, devido ao petróleo e riqueza das madeiras. E a putativa influência dos Estados Unidos, que denunciou como ligados à FNLA. E esta com o Zaire de Mobutu.
Os Cavaleiros do Norte, esses, mal imaginavam o que se passava por Cabinda e, na terra uíjana, iam cumprindo tarefas e riscando dias no calendário.