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Channel: CAVALEIROS DO NORTE / BCAV. 8423!
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3 744 - A chegada se Savimbi a Luanda, as eleições de 1975 em Portugal!

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Os furriéis milicianos Cruz e Viegas, aqui sentados na placa ajardinada da
avenida do Quitexe, em frente à messe de oficiais e casa dos furriéis. Atrás 
e à direita, a cantina dos praças e a cobertura das aulas regimentais
O furriel Viegas (à civil) e o capitão Domingues.
Em Luanda e há precisamente 42 anos

Os dias de Abril de 1975 aproximaram-se do fim e, com eles, também as férias de dois Cavaleiros do Norte das CCS: os furriéis milicianos Cruz e Viegas. Já em Luanda e sendo domingo, o dia foi de almoço marcado com a família Resende e tempo de conhecer o capitão Domingues, que, por coincidência, prestava serviço na ZMN, em Carmona.

A notícia do dia era a da chegada de Jonas Savimbi a Luanda, já na véspera (sábado, dia 26 de Abril de 1975).«Foi acolhido no aeroporto de Luanda por uma multidão entusiástica e ruidosa, não se tendo registado quaisquer distúrbios», relatava a imprensa do dia.
O presidente da UNITA pediu «todo o apoio para o Governo de Transição» e sublinhou que «é imperioso que os três movimentos de libertação coexistam pacificamente». Apelou para a realização de uma cimeira.
«Podia ser realizada em Angola ou no estrangeiro», disse Jonas Savimbi, acrescentando à imprensa «ter a certeza» que a referida cimeira «reduziria a tensão entre os movimentos de libertação».
O presidente da UNITA confirmou ter estado reunido com o presidente do MPLA, em Lusaka, mas, sobre tal reunião, não quis fazer comentários. Admitiu, porém, que, em caso de vencer as eleições pós-independência, formaria «um governo de coligação com os outros dois movimentos de libertação».
Resultados eleitorais no Diário de Lisboa

Portugal a contar votos 
da Constituinte

As eleições para a Assembleia Constituinte tinha sido há dois dias (a  25), mas a 27 de Abril ainda se contavam votos.
Ao meio dia desse domingo, segundo o Diário de Lisboa, já se conheciam os nomes de 194 deputados, quase metade deles (95) eleitos pelo PS - mais um de Moçambique, onde foi o único partido a concorrer. O segundo partido mais votado foi o PPD, actual PSD, com 58, seguindo-se o PCP (25) e o CDS (12), o MPD/CDE (3) e a ADIM, de Macau (1).
Faltava conhecer os resultados da emigração.
Os condutores Vicente José Alves (organizador
 do encontro de 2017) e José António de Sousa
Gomes, que hoje faz 65 anos em Leça do Balio

Condutor Gomes,
65 anos em Leça

O condutor Gomes, da CCS dos Cavaleiros do Norte, faz hoje 65 anos.
José António de Sousa Gomes é de Gueifães, na Maia, e apresentou-se no BCAV. 8423, em Santa Margarida, a 6 de Março de 1974, transferido do batalhão de Engenharia 3 - que era mesmo ao lado. Com ele, também o Manuel Gonçalves Alves, o Alípio Canhoto Pereira, o Manuel Brites da Costa, o António Rosário Picote e o António dos Santos Gonçalves. Trabalhou como afinador de tintas (numa fábrica) e reformou-se aos 60 anos, mas continua a... afinar tintas e a ajudar o filho na oficina de automóveis. A vida «levou-o» até Leça do Balio, onde agora mora e para onde vai o nosso abraço da parabéns!

3 745 - Comandante voltou ao Quitexe e à 3ª. CCAV. 8423 de Santa Isabel

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Almeida e Brito com oficiais da 3ª. CCAV. 8423,aqui em Santa Isabel: alferes
milicianos Carlos Silva e Jaime Ribeiro, capitão José Paulo Fernandes, te-

nente coronel Almeida e Brito, dois civis e alferes Augusto Rodrigues 

O repouso dos guerreiros: furriéis milicia-
nos João Cardoso e José Fernando Carvalho,
da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel

O comandante Almeida e Brito voltou ao Quitexe a 28 de Abril de 1975, no âmbito da«continuação das visitas às subunidades», mas desta feita sem companhia de nenhum oficial do BCAV. 8423. 
Ali se aquartelava, ao tempo, a 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e comandada pelo capitão miliciano José Paulo de Oliveira Fernandes. Dias antes, tinham rodado a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, de Vista Alegre e Ponta do Dange para o Congo e com Destacamento temporário em Cachalonde, no dia 24. E o resto da 2ª. CCAV., a de Aldeia Viçosa, para Carmona e o BC12 (na véspera, a 26).
Furriéis milicianos de Santa Isabel: Grenha Lopes,
Graciano Silva (à frente) e Agostinho Belo
Carmona e o Uíge iam... calmos.«Uma calma fictícia, é certo...», como nota o Livro da Unidade, mas que «permite manter-se um dia a dia mais ou menos estável, quebrado por um ou outro incidentes».

Material de guerra
para o MPLA

A noticia do dia, conhecida em Luanda, foi a da libertação de 6 ingleses que, precisamente uma semana antes (dia 20 de Abril, tripulantes de um avião queniano que tinham aterrado no aeroporto do Luso, sem autorização.
Detidos, prestaram declarações a uma comissão de inquérito e foram entre-

gues às autoridades consulares inglesas, em Luanda. O avião tinha sido alu-
gado pelo MPLA e transportava uniformes e medicamentos, mas as autori-
dades portuguesas suspeitaram que fossem armas para aquele movimento. 
O Diário de Lisboa de há 42 anos notava que «continua assim a verificar-se uma nítida discriminação em relação ao MPLA». Opinava o vespertino de Lisboa que «a FNLA recebe do Zaire todo o material de que carece, uma vez que fronteira do norte de Angola deixou praticamente de estar sob o controlo das Forças Armadas Portuguesas». Ao contrário, frisava o jornal, «mantém-se as dificuldades a entrada de material de guerra para o MPLA».
A 2ª. CCAV. 8423


Baixa de Rui Rocha, 
condutor da 2ª. CCAV.

O 1º. cabo Rui Manuel Duarte da Rocha integrava a 2ª. CCAV. 8423 e, a 28 de Abril de 1974 (um domingo, há exactamente 43 anos), apresentou-se no Hospital Militar Regional nº. 3, em Tomar, para uma consulta de cardiologia.
Voltou a 1 de Maio e ao HMR 3 regressou no dia 3. Teve alta no dia 6. Era condutor e partiu para Angola a 4 de Junho, com os restantes Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa. Era natural de S. Sebastião da Pedreira, em Lisboa, aonde regressou a 10 de Setembro de 1975.


65 anos do sapador Joaquim Sousa


Joaquim Castro de Sousa foi Cavaleiro do Norte do Pelotão de Sapadores comandado pelo alferes Jaime Ribeiro. 
Natural de Jovim, em Gondomar, lá regressou a 8 de Setembro de 1975. E lá vive, na Rua dos Netos, onde hoje faz 65 anos. Para lá  vão os nossos parabéns.

3 746 - O 25 de Abril no Uíge e o futuro Exército de Angola

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Gente do PELREC. Da esquerda para a direita, Francisco (de braços cruzados), Madaleno e Ferreira (lá 
atrás e com cerveja na mão). À frente, Botelho (de bigode), Aurélio Barbeiro (de mão no queixo), Florên-
cio  (de bigode), Messejana (falecido a 27/11/2009, de doença e em Lisboa), 1ºs. cabos Soares e Vicente 
 (ambos de de bigode), Leal (de boina no ombro e falecido a 18/06/2007, em Pombal e por doença), 1º.
cabo Almeida (atrás do Leal e falecido a 28/02/2009, em Penamacor) e um trio que parecem ser sapado-
res. Serão? À frente e à direita, o alferes Garcia (falecido a 02/11/1979, de acidente, era de Carrazeda
de Ansiães), 1ºs. cabos Cordeiro e Ezequiel, Marcos (?, a espreitar) e NN (virado para a sua direita)


Os furriéis João Martins e José Avelino Grenha Lopes,
ambos da 3ª. CCAV. 8423. Grenha Lopes festeja hoje 65
anos. É de Barcelos e trabalha e mora em Lisboa


O dia 25 de Abril de 1975, na área de acção dos Cavaleiros do Norte, não passou despercebido e, na captal do Uíge e para além das eleições, teve «cerimónia simples e singela» no Comando Territorial de Carmona.
«Realizou-se o içar da Bandeira Nacional, com as melhores honras militares e a presença de todos os oficiais do Comando Territorial de Carmona e do Batalhão de Cavalaria 8423», refere o Livro de Unidade.
O furriel Viegas, à direita, com o amigo Albano Resende,
na ilha de Luanda, em férias angolanas. Há 42 anos!
Quem lá não esteve, ainda em férias mas já nos seus «cabeceiros», foram os furriéis milicianos Cruz e Viegas, ainda a laurear o queijo por Luanda e atentos à realidade angolana.


Jonas Savimbi e o
Exército de Angola

O presidente da UNITA, Jonas Savimbi, por exemplo, afirmou em conferência de imprensa (a 29 de Abril de 1975 e em Luanda, hoje se fazem 42 anos) que (e, de resto, repetindo o que dissera à sua chegada à capital angolana), era «imperativo realizar a cimeira dos três movi-mentos de libertação», e, sublinhou, «antes que seja demasiado tarde».
O líder do «Galo Negro» recusou a ideia de uma guerra civil, considerando que era «uma impossibilidade prática». Isto porque, sublinhou Jonas Savim-
bi, «visto cada um dos movimentos de libertação saber que, se desencadeasse uma guerra civil, teria de enfrentar os outros dois movimentos».
O presidente da UNITA disse também que«as forças dos três movimentos de libertação deviam ficar integradas numa força verdadeiramente nacional» - o futuro Exército de Angola - e que tal deveria acontecer «o mais depressa possível», sem ser necessário que fosse muito grande».
«Não precisamos de um Exército desse género», sublinhou Jonas Savimbi.
Grenha Lopes

Furriel Lopes e 1º cabo
Teixeira fazem 65 anos



O dia 29 de Abril de 1975 foi tempo de dois Cavaleiros do Norte festejarem os seus então mui verdes e firmemente esperançosos 23 anos: o furriel miliciano Grenha Lopes e o 1º. cabo Agostinho Teixeira. Foi dia de festa para ambos. 
Agost. Teixeira

José Avelino Grenha Lopes foi furriel miliciano atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel. Regressou a Portugal e a Barcelos (ao lugar da Várzea) no dia 11 de Setembro desse mesmo ano de 1975 e, actualmente, é empresário comercial do ramo têxtil e residente em Lisboa.









Agostinho Pinto Teixeira foi 1º. cabo pintor da CCS, a Companhia do BCAV. 8423 do Quitexe. Regressou a Portugal no dia 8 de Se-






tem






bro, fixando-se na freguesia de Ramalde, no Porto - onde tinha residência. Actualmente e já aposentado, reside em Perafita, no concelho de Matosinhos.
Parabéns para ambos! 

3 747 - O avião voltou à pista, por causa dos bombardeamentos!

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Cavaleiros do Norte do Quitexe, equipa de futebol dos Sapadores. De pé, Iri-
neu (clarim?), Afonso Henriques, NN (impedido do comandante?) Jerónimo
de Sousa e Américo da Silva Oliveira (que hoje faz 65 anos). Em baixo,
Amaral, Calçada, Grácio, NN e Coelho (falecido a 13/05/2007)

PELREC. 1º. cabo Augusto Hipólito (em França), furriel José
 Monteiro (Paredes), 1ºs. cabos Joaquim Almeida (falecido a
28/02/2009, em Penamacor) e Jorge Vicente (de Vila Morei-
ra, falecido a 21/01/1997). Em baixo, alferes António Garcia
(de Carrazeda de Ansiães, falecido a 2/11/1979, de aciden-
te, Manuel Leal (falecido a 18/06/2007,  
no Pombal e de do-
ença), Francisco Neto (Águeda) e Aurélio Júnior (o Barbeiro,
 de Ferreira do Zêzere) 


O dia 30 de Abril de 1975 foi o do regresso dos furriéis Cruz e Viegas a Carmona, depois do adiament da véspera, quando o avião que os levaria de Luanda teve de regressar à pista, pouco depois de levantar voo e por causa dos bombardea-mentos que, após uma meia hora de voo sobre os céu da capital angolana, por onde troavam morteiros, canhões e rajadas de metralhadoras ligeiras e pesadas, dos combates entre movimentos.
O voo não seguiu e, nessa noite de 29 de Abril, fomos «despejados» numa pensão, sem comida - que tivemos de procurar já depois do recolher obrigatório e com todos os perigos que isso representava. 

Custódio P. Gomes
A cada momento, podíamos ser alvejados. Ou presos. Agredidos sem quaisquer explicações. O que «funcionava» era a lei selvagem da noite! A lei das armas, no meio do caos! A do mais forte, a da sobrevivência! Era a luta dos movimentos, apanhando gente inocente no meio da metralha assassina!

Reencontro de forças 
do MPLA e da FNLA

O Diário de Lisboa do dia seguinte (dia 30 de Abril de 1975) noticiava «um reencontro entre forças da FNLA e da UNITAque já vinham de segunda-feira» - dia 28, apesar de a edição do dia 30 referir que «não estão determinadas as forças envolvidas nos recontros», embora fosse certo que «os primeiros incidentes registaram-se entre o MPLA e a FNLA».
«(...) as ambulâncias percorreram as ruas da cidade em direcção aos estabelecimentos hospitalares, desconhecendo-se, no momento, o número de mortos e feridos, não sendo de excluir que ande já pelas dezenas», reportava o Diário de Lisboa.
A manhã desse dia 30 de Abril ainda foi tempo para o Cruz e o Viegas descerem à Mutamba, à procura de almoço e tempo, também, para «alguns incidentes, que ultrapassaram já os limites dos musseques». Houve, aliás, tiroteio nas Avenidas do Brasil (próximo da sede da FNLA) e dos Combatentes - onde ficava a messe de sargentos (portuguesa).
A cidade, de resto, acordara ao som de tiroteios, de variadas origens e com armas de diversos calibres. «Pode dizer-se que ninguém dormiu», reportava o Diário de Lisboa desse 30 de Abril de há 42 anos
Bem o sabiam, o Cruz e eu (Viegas), mas lá fomos para o aeroporto, onde nos reencontraram o dr. Custódio Pereira Gomes - professor e advogado em Carmona, ao tempo já viúvo de minha conterrânea Maria Augusta Tavares, que em Carmona fora professora. Na véspera, indo no mesmo avião, também voltou a terra e por essa altura nos identificámos, quando, em período de recolher obrigatório nos vimos obrigados a «furá-lo», para procurarmos comida.

Américo Oliveira
Os 65 anos do sapador
Américo Oliveira

O soldado Américo da Silva Oliveira, da CCS dos Cavaleiros do Norte, fez 65 anos a 30 de Abril de 2017.
Militar do Pleotão de Sapadores comandado pelo alferes Jaime Ribero, era natural do Alto do Vilar, em Valongo, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975. Para ele vai o nosso abraço de parabéns!




3 748 - O 1º. de Maio de Portugal e mais de 100 mortos em Luanda!

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Os alferes milicianos António Manuel Garcia (que hoje faria 65 anos mas fa-
 leceu a 02/11/1979, de acidente de viação) e José Alberto Almeida. 
Atrás, es-

tão os 1º.s sargentos João Barata e Joaquim do Aires. Todos da CCS

Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, todos
furriéis milicianos: Matos, Guedes e Melo (de
pé). Letras, Gomes e Cruz (que hoje faz
65 anos em Vieira do Minho

O dia 1 de Maio de 1974 foi intensamente vivido nas ruas de Portugal, com manifestações nas principais cidades e vilas do país. «O 1º. da Maio da libertação | Festa da Fraternidade do Povo Português», titulava o Diário de Lisboa.
Os Cavaleiros do Norte, aquartelados no RC4 e respectivo Destacamento, passaram o dia - foi uma quarta-feira... - muito tranquilamente, em serviços de ordem e muita expectativa quando ao futuro próximo. 
Já por esses dias se gritava «não mais nenhum soldado para a guerra», pelas ruas, praças e avenidas de Portugal inteiro. Mas o BCAV. 8423 tinha consciência de que teria de ir: havia combatentes a render.
Notícia do Diário de Lisboa sobre os incidentes de Luan-
da, de Abril para Maio de 1975. Mais de 100 mortos!

Mais de 100 mortos
em Luanda!

Um ano depois, em 1975 e já em Angola, no chão uíjano que foi chão da sua jornada africana, os Cavaleiros do Norte tiveram notícia dos incidentes de Luanda, que dois dias antes tinham «obrigado» os furriéis Cruz e Viegas a ficar em Luanda, depois do abortado voo do avião que os levaria a Carmona.
Ao princípio da noite desse 1 de Maio de 1975 (já estávamos em Carmona) e após 2 dias de lutas entre os movimentos de libertação rivais, as autoridades militares portuguesas lançaram apelos à ordem. Julgava-se, nessa altura, que os combates «causaram mais de uma centena de mortos e feridos».
Pouco depois, reportava o Diário de Lisboa de 2 de Maio, «a FNLA pediu aos seus partidários que cessem imediatamente todas as hostilidade»«ordenou às suas tropas que regressem aos respectivos aquartelamentos». O presidente do MPLA, Agostinho Neto, aconselhou os militantes do seu partido «a evitarem qualquer acção ofensiva».
O recolher obrigatório continuava durante a noite e a imprensa dava conta que «a cidade continua a viver num clima de tensão, embora o tiroteio tenha praticamente terminado durante a tarde».
Fôra dessa cidade que, menos de um dia antes, tinham saído os furriéis milicianos Cruz e Viegas.
António M. Garcia

Os 65 anos do
alferes Garcia

O alferes miliciano Garcia faria hoje 65 anos! Faleceu a 2 de Novembro de 1979, num acidente de viação, ao serviço da Polícia Judiciária.
António Manuel Garcia era natural de Pombal de Ansiães, em Carrazeda de Ansiães. Cursou Operações Especiais (Rangers) em Lamego, no segundo turno de 1973, com os também alferes Sousa (1ª. CCAV. 8423), Machado (2ª. CCAV.) e Rodrigues (3ª. CCAV.) e os furriéis milicianos Monteiro, Viegas e Neto (CCS), Pinto (1ª. CCAV.) e Letras (2ª. CCAV.).
Comandou o PELREC e afirmou-se como militar corajoso. 
O louvor publicado na Ordem de Serviço nº. 162 refere que «como comandante do PELREC, sempre manifestou o maior desembaraço e competência, possuindo alto espírito de sacrifício em todos os momentos difíceis em que foi necessária a sua acção, salientando-se a sua colaboração sempre pronta e esforçada à actividade operacional desenvolvida na cidade de Carmona, aquando dos graves incidentes aí verificados».
«Possuidor de boas qualidades morais,. humanas e militares, o alferes Garcia constituiu sempre um todo coeso com os soldados que comandava, com o que muito contribuiu para que na sua Companhia se mantivesse perfeita disciplina e respeito pela hierarquia, muito facilitando a missão do comando que directamente servia, isto sem que deixasse de merecer o respeito dos seus subordinados, o que o torna merecedor do presente louvor», sublinha o documento.
Hoje, no dia em que faria 65 anos, o recordamos com saudade. RIP!
António O. Cruz

Furriel Cruz, 65
anos em Vila Verde

O furriel miliciano António Oliveira Cruz, da 2ª. CCAV. 8423, nasceu há 65 anos - dia 1 de Maio de 1952. Mas só foi registada no dia 4 seguinte.
Natural do lugar de Figueiró, na freguesia de Mosteiro, do con-
celho de Vila Verde, lá regressou a 10 de Setembro de 1975 - depois da jornada africana de Angola. Foi atirador de Cavalaria, cursado na Escola Prática de Santarém, e dele falaremos mais em pormenor no dia 4 de Maio. Até lá e para lá, para Vieira do Minho, vão os nossos parabéns!

3 749 - O início d «IAO» em 1974 e o encontro de 2017!

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Tempos do RC4 em Santa Margarida, em 1974, há precisamente 43 anos:
 os futuros furriéis milicianos Neto, Viegas, Matos e Monteiro, todos da CCS
(menos o Matos). O BCAV. 8423 preparava-se para a jornada africana de Angola
Cavaleiros da 1ª. CCAV. 8423, em Santa Magarida: 1º. cabo
 Hélio Cunha (?), furriel Américo Rodrigues, alferes Lains
 dos Santos e furriéis Plácido Queirós e Américo Rodri-
gues. E os que estão mais atrás?


A 2 de Maio de 1974, uma quinta-feira de há exactamente 43 anos, «foi efecti-
vamente decidida a realização dos exercícios da Instrução Operacional». Para decorrerem «entre 3 e 10 de Maio», lê-se no Livro da Unidade.
O BCAV. 8423 estava, ao tempo, aquartelado mo campo Militar de Santa Margarida, no RC4 (e respectivo Desta-
camento), com destino marcado para Angola. Faltava saber o dia.
O condutor Vicente Alves e o atirador Ezequiel
Silvestre (1º. cabo) em 2016. O Vicente é o organi-
zador do encontro de 2017 da CCS, a 3 de Junho
A véspera fôra dia do primeiro 1º. de Maio depois do 25 de Abril, com dezenas de comícios e manifestações por todo o país e um «grito» transversal a todas elas: «Independência imediata para as colónias» - por estas se subentendendo Angola, Moçam-
bique e Guiné/Cabo Verde. Não se falava em Timor, nem em S. Tomé e Príncipe.
Kennetk Kaunda, presidente da Zâmbia e nesse dia falando em Lusaka, a capital do país e na sua primeira declaração oficial depois do 25 de Abril português, pediu ao novo regime de Lisboa para que «conceda a independência a Angola e Moçambique». E reafirmou o seu apoio aos «movimentos de libertação que lutam contra as forças militares portuguesas em territórios africanos».
Um ano depois e com os Cavaleiros do Norte a jornadear pelo Uíge, e citamos o Livro de Unidade, «pareceria que o fim tácito de vários anos de guerra em Angola traria como consequência situações de acalmia em todo o território». Mas não era bem assim, como se afirmava nos muitos incidentes  militares entre os movimentos emancipalistas - e em particular entre o MPLA e a UNITA - que, só em Luanda e como ainda ontem aqui lembrámos,  resultaram, nas vésperas, em «mais de um centena de mortos».


Os 65 anos do Cardoso,
1º. cabo de Santa Isabel

O 1º. cabo Cardoso, atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, faz 65 anos a 2 de Maio de 2017.
António Manuel da Costa Cardoso era do Carvalhido, na fre-
guesia da Moita do Ribatejo, concelho de Moita. Lá regressou a 11 de Setem-
bro de 1975 e por lá tem feito vida. Actualmente e a fazer 65 anos, mora no Prédio Venezuela, na Moita, e é para lá que vai o nosso abraço de parabéns!

Cavaleiros da CCS
reúnem no RC4

O encontro da CCS de 2017 está marcado para 3 de Junho e vai decorrer nas instalações do Regimento de Cavalaria 4 (RC4), a unidade mobilizadora do BCAV. 8423, em Santa Margarida.
O «mordomo» é o Vicente José Alves, que foi condutor na jornada angolana. «É o local onde tudo começou e que todos conhecem muito bem», diz ele, na carta-convite enviada aos Cavaleiros do Norte, para «a mobilização geral».
A concentração será às 10 horas, na parada do RC4, seguindo-se a missa de sufrágio na capela do Campo Militar de Santa Margarida (11) e, antes do almoço de convívio, uma visita ao Museu da Unidade, para «recordar a campanha dos grandiosos combatentes de Angola».
Os interessados em participar nesta jornada de memória e de saudade devem inscrever-se até ao próximo dia 15 de Maio, impreterivelmente e pelos telefo-
nes 274898456 e 937350194, ambos do Vicente José Alves, em Vila de Rei.

3 750 - O «IAO» na Mata do Soares, mais de 200 mortos em Luanda!

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Cavaleiros do Norte na messe de sargentos do Quitexe. Da esquerda para a
 direita, os furriéis Monteiro, Machado (a fumar) e Costa (morteiros) e o sol-
dado Lages (impedido do bar e que, há 43 anos, foi a uma consulta externa
ao Hospital Militar Regional de Tomar). Depois, da direita para a esquerda,
Ribeiro, Belo (de óculos), Viegas e, de bigode, Bento, Fonseca e Rocha

Cavaleiros de Zalala. À frente, os furriéis Nascimento,
Rodrigues e Manuel Dias (à civil, falecido a 20/10/2011,
em Lisboa e de doença). Na segunda linha,  o 1º. cabo
Ferreira e furriéis Barata (falecido a 11/19/1997,
de doença e em Alcains) e Louro. E os outros dois?


A Instrução Altamente (ou de Aperfeiçoa-mento) Operacional (IAO) dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 começou há exacta-
mente 43 anos: a 3 de Maio de 1974. Decorreu na Mata do Soares e, sublinha o Livro da Unidade, «já com autonomia das diversas companhias, com vista a pô-las a viver à semelhança, embora ténue, daquilo que iria ser a sua vida no ultramar».
O dia, uma 6º.-feira, foi tempo para dois futuros Cavaleiros do Norte se apresenta-
rem em Tomar, para consultas externas de cardiologia no Hospital Regional Militar: Carlos Alberto Aguiar Lages (da CCS) e Rui Manuel Duarte Rocha (da 2ª. CCAV. 8423.
Francisco Madaleno, atirador de Cavalaria
do PELREC, com UIm GE dos Grupos
da CCS, no Quitexe e em 1974
O Rui Rocha já lá tinha estado a 28 de Março, o Carlos Lages voltou a 6 de Maio. Pela mesma razão - a consulta de cardiologia.
Rui Rocha foi 1º. cabo condutor da companhia que se viria a aquartelar em Aldeia Viçosa, a do capitão José Manuel Cruz. Morava em S. Sebastião da Pedreira, freguesia da cidade de Lisboa - a que voltou no dia 10 de Setembro de 1975.
Carlos Lages, atirador de Cavalaria do PELREC da CCS, no Quitexe, foi o impedido do bar e messe de sargentos em toda a comissão. Também era de Lisboa e lá regressou a 8 de Setembro de 1975 - ao Pátio da Bica, na freguesia do Socorro.
Uíge, a verde mais claro,
onde esteve o BCAV. 8423

Libertação de presos
políticos de Angola

As notícias de Angola interessavam-nos sobremaneira e a 3 de Maio de há 43 anos soubemos que «a Assembleia Legis-
lativa do Estado de Angola mantém-se em exercício, no cumprimento de instruções emanadas da Junta de Salvação Nacional». Mas não se realizou a sessão prevista para esse dia. Seria a segunda, dos trabalhos dessa legislatura. A primeira, curiosamen-
te e segundo a Agência Lusitânia, tinha sido a 24 de Abril, véspera da revolu-
ção. Não foi explicado porque não se realizou a sessão de 3 de Maio de 1974.
O que estava em processamento era, segundo o Diário de Lisboa, «a libertação de presos políticos do Estado de Angola». Não se sabia era qual «o critério que presidirá a esse processamento, embora se saiba que começara a ser libertadas algumas pessoas», como avançava a Agência Lusitânia.
BC12, onde o BCAV. 8423 esteve aquartelado entre Março
e Setembro de 1975, visto da estrada e do lado do Songo

Incidentes em Luanda
com mais de 200 mortos!

Um ano depois, os Cavaleiros do Norte continuavam a sua jornada uíjana e cada vez mais alvos de críticas e desrespei-
tos de parte da comunidade civil.
A situação por lá, pela cidade de Carmona e toda a Província, era de «calma fictícia», como historia o Livro da Unidade, mas com (pequenos) incidentes que os Cavaleiros do Norte iam resolvendo, com mais ou menos dificuldade.
Notícia do dia era a realização de uma reunião da Comissão Nacional de Descolonização, para «analisar os acontecimentos de Angola». Teve participação de dois membros da Comissão Coordenadora do MFA/Angola, do tenente-coronel Passos Ramos e do ministro Melo Antunes.
Situação em Angola onde, como reportava o Diário de Lisboa, «as confronta-
ções entre movimentos de libertação - MPLA e FNLA - parecem ter terminado ma tarde de ontem», dia 2 de Maio de 1975. Mas «após três dias de violência, mais de 200 pessoas morreram e centenas ficaram feridas».
A cidade luandina estava a ser patrulhada por forças mistas (portuguesas e das forças armadas dos movimentos) e um oficial superior português declarou que «fôra alcançado o objectivo de pôr fim à violência».
«A tensão diminuiu nas últimas horas, em consequência de uma série de medidas pelo Governo, que reforçou o patrulhamento, por forças mistas, nas áreas afectadas pelos incidentes», reportava o Diário de Lisboa.
Carmona e o Uíge, vivendo embora a tal «calma fictícia», eram uma espécie de oásis. O esforço dos contínuos patrulhamentos «saía» do corpo e da alma dos Cavaleiros do Norte! Que nunca tal regatearam!

A morte do furriel Jesuíno Pinto

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O furriel miliciano Jesuíno Pinto (assinalado com a seta branca), da 2ª. CCAV.
8423, faleceu hoje. O funeral realiza-se amanhã, às 8,30 horas, da Igreja Matriz
para o cemitério paroquial de Parada de Gatim (Vila Verde)

Jesuíno Fernandes
Pinto em foto recente.
Faleceu hoje. RIP!
O furriel miliciano Pinto, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, faleceu hoje em Parada de Gatim, concelho de Vila Verde, vítima de doença.
Jesuíno Fernandes Pinto foi atirador de Cavalaria e chegou a Aldeia Viçosa no mês de Agosto de 1974. Regressou a Portu-
gal a 10 de Setembro de 1975. A sua actividade profissional foi diversa, tendo, por exemplo, sido animador de rádio.
A doença afastou-o da vida activa e ultimamente estava inter-
nado na instituição particular de solidariedade social de S. José de Areias do Vilar, em Barcelos. Faria 65 anos a 29 de Setembro de 2017.
O funeral realiza-se amanhã, dia 4 de Maio, às 18,30 horas, da Igreja Mariz de Parada de Gatim, em Vila Verde, para o cemitério local.
A memória do companheiro Pinto aqui fica em acta pública. RIP!



3 752 - Cavaleiro Jesuíno Pinto, furriel de Aldeia Viçosa, vai hoje a enterrar!!!

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Os furriéis milicianos Jesúino Fernandes Pinto, que hoje vai a enterrar em
Parada do Gatim (Vila Verde), José Gomes, Carlos Letras e Amorim Mar-
tins. Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa

Jesuíno Fernandes Pinto foi furriel miliciano Cava-
leiro do Norte, animador cultural e de rádio, pre-
sidente da Junta de Freguesia e fundador do Gru-
po Folclórico das Lavradeiras de Parada de Ga-
tim. Vai hoje a enterrar na terra natal. RIP!


O dia de hoje, 3 de Maio de 2017, está impressivamente marcado pelo funeral do ex-furriel miliciano Pinto, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. Que ontem faleceu, aos (quase) 65 anos, vítima de morte súbita!
Jesuíno Fernandes Pinto era natural de Para-
da de Gatim, em Vila Verde. Concluiu o curso de Atirador de Cavalaria na Escola Prática de Santarém e apresentou-se em Aldeia Viçosa, no Uíge angolano, em Agosto de 1974. 
Regressou a Portugal, com a 2ª. CCAV. 8423, no dia 10 de Setembro de 1975. E à sua terra natal, onde se dedicou ao interesse colectivo, servindo a sua comunidade.
Jesuíno Fernandes Pinto, Freitas Ferreira, José Gomes e
António Guedes num dos últimos encontros anuais da
da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa! Todos furriéis!
Foi presidente da Junta de Freguesia de Parada de Gatim eleito pelo PS, que em nota de ontem, sublinha que «Parada de Gatim perde (...) um baluarte do seu desenvolvimento e afirmação cultural».
«Autarca dedicado e folclorista eminente, deixa um legado que perdurará no tempo», refere o PS de Vila Verde, destacando que «o militante a activista prestigio-nos a todos com a sua dedicação às causas em que sempre acreditamos».
Jesuíno Pinto foi um dos fundadores e dinamizadores do Grupo Folclórico das Lavradeiras de Parada de Gatim - um dos primeiros grandes embaixadores das danças, cantares e tradições do folclore vilaverdense e do Minho. E de toda a sua cultura comum!
Desportivamente, foi conhecido futebo-
lista do Vilaverdense Futebol Clube - a que se entregou com a paixão que sem-
pre o fazia partilhar-se, sem pedir trocos ou prebendas, com a «coisa pública».
Cidadão assumida e apaixonadamente comprometido com os interesses colec-
tivos, foi conhecido interventor social, destacando-se também na animação radiofónica, aos microfones da extinta Rádio Popular de Barcelos e, depois, da Rádio Voz do Neiva - a que emprestou talento e permanente cumplicidade.
O seu corpo está hoje e, câmara ardente, na Igreja Paroquial de Parada de Gatim, e o funeral está marcado para as 18,30 horas, para o cemitério local.
Furriéis Guedes, Gomes, Martins (de bigode e mais abaixo),
Letras e Jesuíno Pinto. Em baixo, Sebastião e Oliveira.
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423 em Aldeia Viçosa
Os Cavaleiros do Norte, seus companheiros e cúmplices na comum jornada africana do Uíge angolano, aqui deixam, sublinhada, a sua (nossa) continência de emoção e de memória por um dos nossos que partiram e nos deixa em saudade eterna. Um dos bons Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!
Até um dia destes, companheiro Jesuíno!
RIP!!!




500 mortos, ou cerca
de 1000, em Luanda

A 4 de Maio de 1975, um domingo, soube-se através da dita imprensa, que, e citamos o Diário de Lisboa, «tinham dado entrado na morgue 500 cadáveres».
«Julga-se, no entanto, que o número total de vítimas dos últimos acontecimentos deve elevar-se a cerca de um milhar», reportava o Diário de Lisboa do dia seguinte (5 de Maio).
A luta armada (e urbana) entre MPLA e FNLA atingia estes dramáticos números - cujo rigor nem ao tempo, nem nunca será possível averiguar com rigor.

Militares recusaram
embarcar para Angola

Os Cavaleiros do Norte, um ano antes, estavam em IAO na Mata do Soares e notícia do dia foi a da recusa de alguns militares da CCAÇ 4519 embarcarem para Angola. Para Cabinda.
A manifestação de activistas do MRPP e famílias dos militares correspondeu ao grito transversal do 1º. de Maio:«Nem mais um embarque». Isto é: nem mais um militar para a guerra colonial.
A situação agravou-se, em «situação agitada», e chegaram mesmo a ouvir-se três disparos. O presidente António Spínola chegou a deslocar-se ao aeroporto (Base Aérea nº. 1), onde «teve oportunidade de assistir à primeira concretização da palavra de ordem anti-colonialista» do 1º. de Maio desse ano de 1974,«gritada nas grandes manifestações»: «Nem mais um embarque!» - que era, reportava o Diário de Lisboa, «representativa do desejo popular».
Os futuros Cavaleiros do Norte, longe dessas envolvências revolucionárias, faziam a sua IAO (Instrução Altamente, ou de Aperfeiçoamento Operacional) na Mata do Soares, nos arredores do campo Militar de Santa Margarida.
Furriel Cruz em Aldeia Viçosa,
há  42 para 43 anos!

Os 65 anos do furriel
Cruz de Aldeia Viçosa

O furriel miliciano Cruz, Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa, tem a virtude (e a sorte) de poder comemorar anos em duas datas: a de nascimento (1 de Maio) e a de registo (dia 5 desse mês de 1952).
António Oliveira Cruz foi companheiro da jornada africana de Aldeia Viçosa, como atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423. Natural de Figueiró, na freguesia de Mosteiro, em Vieira do Minho, lá regressou a 10 de Setembro de 1975. Fez carreira profissional no ensino (professor) e aposentou-se há 3 anos. Vive o gosto de fazer 65 anos, feliz e de saúde.
O nosso abraço de parabéns!

3 753 - Exectativas boas no Uíge, 1000 vítimas dos incidentes de Luanda

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Cavaleiros do Norte em Aldeia Viçosa, noite de consoada de 1974: tenente
miliciano José Manuel Cruz (comandante da 2ª. CCAV. 8423). tenente-coronel
Almeida e Brito (comandante do BCAV 8423), alferes milicianos João
Machado e Jorge Capela e furriel miliciano José Fernando Melo

Cavaleiros do Norte do PELREC, amnos atira-
dores de Cavalaria: Manuel Leal (falecido a
18/06/2007, em Pombal e de doença) e Fran-
cisco Madaleno, que é da Covilhã

O que os Cavaleiros do Norte tinham como ex-
pectável, nos primeiros dias de Maio de 1975 e por terras da africana Angola, eram «situações de acalmia em todo território, procurando os diversos movimentos emancipalistas, através da ideologia político-social que defendem, fa-
zer enraizar nas populações esses seus ideais».
O Livro da Unidade faz memória desse tempo e refere que«daí, com maior ou menor facilida-
de, conduzir-se-iam as suas acções no decurso do processo de descolonização».
O propósito era, ao tempo, o que mais e melhor se esperava (e desejava) e tal foi anotado no Livro da Unidade. Do BCAV. 8423, os Cavaleiros do Norte, e falando do Uíge. 
Hasteamento da Bandeira de Portugal
na Fazenda Santa Isabel, onde jorna-
deou a 3ª. CCAV. 8423 (foto da net). O

da direita, será o Quaresma. E o outro?
Só que a realidade angolana, no geral, era bem diferente, com aqui temos relatado nos últimos dias - citando a imprensa. E para pior!

Número de vítimas
próximo das... 1000!

A 5 de Maio de há 42 anos, a imprensa anunciava que «a situação em Luanda encontra-se pratica-

mente normalizada» e que «na noite anterior e manhã de hoje não se registaram incidentes».
O recolher obrigatório, porém, continuava e «centenas de refugiados estão albergados nos liceus e estabelecimentos de ensino superior, onde foram organizados centros de socorro».
Aviões da Força Aérea Portuguesa transportavam «alimentos provenientes de outras zonas de Angola».
Aqui já foi lembrado que tinham entrado 500 cadáveres nas morgues da cidade, mas que, e citamos o Diário de Lisboa de 5 de Maio de 1975, «o número total de vítimas dos últimos acontecimentos deve elevar-se a cerca de um milhar».

Militares recusaram
embarcar para Angola

Os Cavaleiros do Norte, um ano antes, estavam em IAO na Mata do Soares e notícia do dia foi 4 de Maio foi a da recusa de alguns militares da CCAÇ 4519 embarcarem para Angola. Para Cabinda.
A manifestação de activistas do MRPP e famílias dos militares correspondeu ao grito transversal do 1º. de Maio: «Nem mais um embarque». Isto é: nem mais um militar para a guerra colonial.
A situação agravou-se, em «situação agitada», e chegaram mesmo a ouvir-se três disparos. O presidente António Spínola chegou a deslocar-se ao aeroporto (Base Aérea nº. 1), onde «teve oportunidade de assistir à primeira concretização da palavra de ordem anti-colonialista» do 1º. de Maio desse ano de 1974, «gritada nas grandes manifestações»: «Nem mais um embarque!» - que era, reportava o Diário de Lisboa, «representativa do desejo popular».
Os futuros Cavaleiros do Norte, longe dessas envolvências revolucionárias, faziam a sua IAO (Instrução Altamente, ou de Aperfeiçoamento Operacional) na Mata do Soares, nos arredores do campo Militar de Santa Margarida.
Alberto Marques,
1º. cabo-cripto

Os 65 anos do 1º. 
cabo A. Marques

O 1º cabo Alberto Marques, da 2ª. CCAV. 8423, festejou 23 anos a 5 de Maio de 1975, em terras de Angola.
Alberto Joaquim de Oliveira Marques foi operador-cripto em Aldeia Viçosa. Natural de Mafamude, em Vila Nova de Gaia, lá voltou a 10 de Setembro de 1975. Actualmente reside na Rua Professor Urbano de Moura, na mesma cidade gaiense, para onde vai o nosso abraço de parabéns. Hoje, dia 5 de Maio de 2017, quando faz 65 anos!



3 754 - «IAO» na Mata de Soares, a norte de 16 não negros!

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Cavaleiros do Norte no bar de sargentos da CCS, no Quitexe. Atrás, os furriéis Luís Capitão e João Cardo-
so, 1º. cabo José Almeida (cozinheiro), Carlos Lages (do bar) e há 42 anos esteve no Hospital Militar de
Tomar) e furriel  Flora. Depois e todos furriéis, António Cruz (de óculos e cara meio tapada), José Pires
(quase todo tapado), Luís Costa (Morteiros), Armindo Reino ((de bigode e garrafa na mão) e José Carvalho
(de bigode). À frente, Francisco Bento, Grenha Lopes, José Carlos Fonseca e Nelson Rocha

Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa: 1ºs cabos Luís Alves
 e João Ferreira da Silva Inácio (que amanhã faz 65
 anos na Covilhã) e soldado António Venâncio

O dia 6 de Maio de 1974 foi uma segunda-feira e o quarto da Instrução Altamente Operacional (IAO) que o Batalhão de Cavalaria 8423 (BCAV. 8423) fazia na Mata do Soares, arredores do Campo Militar de Santa Margarida.
A partida para Angola já tinha data mar-cada: 27 de Maio. Mas seria, afinal, adiada por dois dias - quando, a 29, de Lisboa e sobre a rota Rota do Atlântico, a CCS finalmente voou para Luanda.
Os furriéis milicianos Norberto Morais e António Lopes.
Atrás deles, está o bar e messe de sargentos do Quitexe

O dia foi também tempo para o Carlos Alberto Aguiar Lajes, atirador do PEL-
REC, voltar ao Hospital Militar Regional nº. 3 (em Tomar), para nova consulta externa de cardiologia. Voltou às 15 horas e já lá tinha estado e de lá voltado no dia 3 desse Maio de há 42 anos. Viria a ser, no Quitexe, o homem do bar e messe de sargentos.

MPLA rejeitou
Estado Federal

Angola interessava-nos todos os dias e essa fome de notícias da terra que nos iria receber era «morta» nos jornais de Lisboa.
O projecto de um Estado Federal, suscitado pelo general António de Spínola (o Presidente da República) foi desde logo rejeitado pelo MPLA. «(...) Somos entidades diferentes. Angola não é Portugal, como o não é Guiné-Bissau e Moçambique. Recusamos a ser considerados portugueses de pele negra», disse Jorge Paulo Teixeira, director de Informação e Propaganda do MPLA, falando em Argel, sublinhando também que «a Junta de Salvação Nacional deverá adoptar uma posição clara no que respeita ao colonialismo português em África».

Expulsão dos «pides» e 16 não
negros entre 500 cadáveres!

Um ano depois, a notícia do dia tinha a ver com a expulsão dos agentes de PIDE/DGS que ainda estavam em Angola, por decisão do Conselho de Ministros. Teriam de sair até 15 de Maio.
«O MPLA exigiu ao Alto-Comissário português que todos esses agentes sejam imediatamente detidos, afim de não tentarem a fuga», reportava o Diário de Lisboa de 6 de Maio de 1975.
Grande parte dos agentes da antiga PIDE/DGS estavam integrados na Polícia de Informação Militar (PIM) portuguesa e o Diário de Lisboa noticiava que «sabe-se que nos acontecimentos de Março último, esses agentes colaboraram com a FNLA». Observadores políticos de Luanda, por sua vez, consideravam que «esti-veram envolvidos activamente nos acontecimentos do último fim de semana».
Ainda sobre estes, entidades da morgue anunciavam que «dos 500 cadáveres recebidos, só 16 não são negros». E acrescentavam «recear que hajam outra 500 vítimas, cujos corpos não deram entrada na casa mortuária».
J. Inácio, 1º. ca-
bo de A. Viçosa

Inácio de Aldeia Viçosa,
65 anos na Covilhã

O dia 7 de Maio de 2017 é tempo de o 1º. cabo Inácio, atirador de Cavalaria, comemorar 65 anos de vida.
João Francisco da Silva Inácio jorneadou por Angola na 2. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. E passou depos pelo BC12, em Carmona, antes de rodar para o Campo Militar do Grafanil, nos arredores de Luanda - local da derradeira etapa da sua presença em terras de Angola.
Regressou a Portugal e à sua natal povoação de Cortes do Meio, freguesia do concelho da Covilhã, a 10 de Setembro de 1975. Por lá tem feito vida e para la vai o nosso abraço de parabéns!

3 755- RC4 com novo comandante e ração de combate para o BCAV. 8423

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Cavaleiros do Norte da CCS e da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, todos
furriéis e em momento bem disposto, no Quitexe: Costa, Cardoso e Que-
rido, um combatente da FNLA, e Rocha. Em baixo, Carvalho, Monteiro e Belo
 

Cavaleiros do Norte de Zalala, a 1ª. CCAV. 8423. Quem
ajuda a identificar estes companheiros? 

A 7 de Maio de 1974, há 43 anos e «em cerimónia muito simples», o coronel Luís Maria de Sousa Campeão Gouveia assumiu o comando do Regimento de Cavalaria 4 (RC4), substituindo o tam-
bém coronel João Carlos Craveiro Lo-
pes. Do BCAV. 8423, «somente tomou parte», na cerimónia, o comandante Carlos Almeida e Brito. ao tempo tenente-coronel.
Coronel Campeão
Gouveia
Coronel Craveiro
 Lopes
Os Cavaleiros do Norte continuavam a sua IAO na Mata do Soares, nos arredores do Campo Militar de Santa Margarida, e preparando-se para a jornada africana de Angola - ainda sem saber para que zona e muito menos para que localidade. 
Sabia-se era que, em Angola, a PSPA e a OPVDCA passariam, desde esse dia, a estar sob«dependência do Comando Chefe das Forças Armadas» no território. E que tinham sido nomeadas comissões ah hoc temporárias para controlar a Emissora Oficial de Angola e Voz de Angola (formada pelo major José Lopes Rijo, tenente-coronel Garrido Borges e capitão piloto aviador Gandela Vasques) e Diário de Luanda (major Sousa Guedes, 1º. tenente Nunes da Cruz e capitão piloto aviador Beça Azevedo). 
Ainda de Angola chegava a notícia da formação de um partido político de tendência social-democrata - o Movimento Popular Unido da Angola (MOPUA), por iniciativa de antigos estudantes de Sá da Bandeira e enquadrando personalidades europeias e africanas de diversos sectores de actividade, já com núcleos em  muitos distritos angolanos.
Kenneth Kaunda

Kenneth Kaunda
da Zâmbia em Lisboa

Um ano depois, uma 4ª.-feira, o presidente Kenneth Kaunda, da Zâmbia estava em Lisboa e foi recebido pelo general Costa Gomes, na Ajuda - onde o Presidente Português acentuou o seu «papel no processo de descolonização portuguesa na África Austral». Disse o Presidente da República Portuguesa que «nos meses que se  seguiram ao 25 de Abril de 1974, os dirigentes portugueses recebe(ra)m o melhor apoio , compreensão e auxílio, na extremamente complexa tarefa de liquidar uma situação velha de séculos e agravada os últimos anos por uma guerra injusta».
A ordem de Serviço de 10 de Maio de 1974, com
ca relação dos abonados da 1ª. CCAV. 8423 com
ração de combate e pão, para o IAO da Mata do
Soares. Clicar na imagem, para a ampliar

Ordem de Serviço e
ração de combate

Há 43 anos, a Ordem de Serviço nº. 110, do RC4 publicava a relação dos militares da 1ª. CCAV. 8423 «abonados de ração de combate com pão para os dias 5 e 6 de Maio de 1974» - dois dias do IAO. Lá estão o então tenente e futuro capitão miliciano Davide Castro Dias, os aspirantes e futuro alferes milicianos Mário Jorge Sousa, Pedro Rosa, Carlos João Sampaio e José Lains dos Santos e os cabos milicianos e futuros furriéis  Américo Rodrigues, Fernando Mota Viana, Jorge António Barata (falecido a 11/10/1997), Plácido Jorge Queirós, Manuel Pinto, Victor Costa, José Baldy Pereira, João Matias Aldeagas e José Louro, além dos praças.
Tudo boa gente, como mostrou então e provou o futuro!

3 756 - Cavaleiros de Santa Isabel vão «combater» na Batalha!

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Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, no encontro de
2016, a 4 de Junho e na barragem do Castelo de Bode. Este ano, no
dia 3 de Junho, vão «combater» na Batalha


Oliveira, Azevedo, Ferreira, Rocha (que faleceu há 2 anos)
e Santos. Atrás, os furriéis Ferreira e Cruz (de verde),
num dos últimos encontros da 2ª. CCAV. 8423 
Os Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, vão este ano encontrar-se na Batalha. Coin-cidentemente com a CCS, que no mesmo dia estará a «combater» nas mesas do RC4, em Santa Margarida.
A organização do encontro é de Manuel Cordeiro Pedroso, o Batalha, secreta-
riado por Floro Teixeira, e a concen-
tração está marcada para o Pavilhão Multiusos da Batalha, às 12 horas. 
A carta de mobilização dos Ca-
valeiros do Norte da 3ª. CCAV.
8423, a de Santa Isabel
Seguir-se-á a celebração da missa na capela da Jordo-
eira (12,30) e, depois, a partilha do almoço de confra-
ternização - que decorrerá na Quinta da Mata do Rato (Cordeiro), em Alcogulhe, na Maceira (Leiria).
Os interessados devem inscrever-se até ao dia 20 de Maio, pelos telefones 925 748 184 (Floro) e 917 044 090 (Batalha), ou pelo email floro.teixeira@gmail.com.

Troca de soldados
da 2ª. CCAV. 8423

A 8 de Maio de 1974, apresentou-se no RC4 o soldado José Casimiro Rodrigues Guerreiro, atirador de Cava-
laria - algarvio que viria a ser da 2ª CCAV. 8423.
O Guerreiro era natural de Olhão, rodava da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e foi substituir o também soldado atirador José Luís C. Parelho, desta subunidade, «por ter aceite a troca de mobilização». Já tinha gozado a Licença de Normas - os 10 dias de férias que assinalavam a mobilização.
O Guerreiro, em Setembro de 1974 e segundo a Ordem de Serviço nº. 83, foi castigado na 2ª. CCAV. 8423 com 10 dias de prisão disciplinar, depois agravada pela justiça do BCAV. 8423 para 20 dias do mesmo grau - o que implicou a sua «transferência» para a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e ao tempo ainda nesta mítica fazenda uíjana.
O José Luís C. Parelho marchou para a Escola Prática de Cavalaria, no dia 9 de Maio de 1974.
Os presidentes Agostinho Neto (MPLA) e Holden Roberto
(FNLA). movimentos que há 42 anos mutuamente
se acusavam em Angola

Centenas de civis
asassinados, feridos
ou mutilados


Os Cavaleiros do Norte, um ano depois e aquartelados em Carmona, souberam, por um comunicado do MPLA,  que «na noite de 2 para 3 de Maio, as delegações e aquartelamentos de S. Salvador, Sanza Pombo e Ambrizete foram atacados por forças do ELNA» - o exército da FNLA.
«Centenas de civis foram barbaramente assassinados, feridos ou mutilados e, no dia 4, um destacamento do MPLA, enquadrando numerosos militantes do movimento, foram obrigados a abandonar Ambrizete e Sanza Pombo», conti-
nuava o comunicado do  MPLA, sublinhando «o clima de intimidação que se respira no norte de Angola».
A FNLA, do seu lado e em comunicado oficial, não desmentiu os aconteci-
mentos, antes, segundo o Diário de Lisboa, os considerou «consequência das confrontações armadas desencadeadas em Luanda».


António Rocha,
1º. cabo enfermei-
ro da 2ª. CCAV.

A morte do enfermeiro
António Gomes da Rocha

O 1º. cabo enfermeiro António Gomes da Rocha faleceu há dois anos, amanhã se passam: dia 9 de Maio de 2017. Aos 64 anos!
Natural do lugar de Ribeiro, na freguesia de Malhundes, em Penafiel, ali nasceu a 5 de Agosto de 1951. Ali fez vida até que a doença o levou. Foi Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423 e com-
panheiro habitual e activo dos encontros da Companhia de Aldeia Viçosa! 
Hoje o recordamos com saudade, evocando a sua memória. RIP!!!



3 757 - As promoções dos furriéis milicianos enfermeiros Lopes e Rabiço!

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Cavaleiros do Norte no Quitexe, todos furriéís milicianos: Cândido
Pires (à civil), António Cruz, José Pires, Armindo Reino, Grenha Lopes,
Norberto Morais e Agostinho Belo. Em baixo, António Lopes, enfermeiro
que, a 10 de Maio de 1974, foi promovido

Furriéis em Santa Isabel: Agostinho Belo, Ângelo Tuna
Rabiço (promovido há 43 anos, amanhã se fazem), José
Querido, Victor Mateus Ribeiro Guedes (falecido a
16/04/1998) e António Fernandes



Os furriéis milicianos enfermeiros António Maria Verdelho da Silva Lopes (da CCS, no Quitexe) e Ângelo Tuna Rabiço (da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel), foram promovidos a este posto militar a 10 de Maio de 1974. Amanhã se fazem 43 anos. A promoção foi publicada na Ordem de Serviço nº.109, da véspera, dia 9 e do Regimento de Cavalaria nº. 4 - o «nosso» RC4!
Saída do Quitexe para Carmona(/Uíge), na Estrada do
Café, em Dezembro de 2912 (foto retirada da net)
A antiguidade contou desde 1 de Maio.
António Maria Verdelho da Silva Lopes era natural e residia em Vendas Novas, onde ainda hoje mora - agora aposentado da administração pública, carreira que concluiu como tesoureiro das Finanças daquela cidade alentejana.
Ângelo Tuna Rabiço morava em Lordelo, em Vila Real, e fez vida profissional como professor primário. Está aposentado e mora em Guimarães.

Nova Cimeira de Angola

A 9 de Maio de 1975, Portugal reagiu à «série de confrontos armados entre o MPLA e a FNLA» e propôs a realização de uma nova cimeira entre os três movimentos angolanos.
A iniciativa foi anunciada após a reunião da Comissão Nacional de Descolo-
nização, presidida por Costa Gomes e durante a qual, segundo o Diário de Lisboa, «foi particularmente analisada a situação político-militar de Angola».
Os acontecimentos de Luanda (aqui já falados), a dita «invasão de Angola por cidadãos zairenses armados», também «as manobras do imperialismo americano e europeu e do sub-imperialismo africano» e o problema separatista de Cabinda - nomeadamente a partir de «declarações dos presidentes do Zaire, Congo e Gabão, a favor da independência» -, ditaram a urgência da cimeira.

Miguel Ferreira

Os 65 anos do condutor
Miguel Ferreira

O soldado condutor Miguel da Cruz Ferreira festeja 65 anos a 10 de Maio de 2017. Nasceu em 1952!
Cavaleiro do Norte da CCS e natural de Sande, da freguesia de Lomba, no concelho de Gondomar, lá regressou a 8 de Setembro de 1975, depois da jornada africana do Uíge angolano. Faz vida como motorista profissional e foi o organizador do encontro da CCS de 2014.
Um abraço de parabéns para ele, neste dia da bonita idade dos 65 anos!

3 758 - O fim da IAO no RC4 e mais 7 mortos em combate!

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   Cavaleiros do Norte de Zalala, todos milicianos e no encontro de Águeda,
 em 1996: furriel Plácido Queirós, capitão Davide de Oliveira Castro Dias (que
 amanhã faz 71 anos), alferes Lains dos Santos e furriel Mota Viana
O clarim José António Cardoso Caetano (que amanhã
 fará 65 anos, embora só registado a 25 de Maio de 1952)
 e o furriel Viegas, há 2 anos no Estádio do Bessa


A 10 de Maio de 1974 terminou a Instrução Altamente Operacional (IAO) do Batalhão de Cavalaria 8423 e estava cada vez mas próxima a data de partida para Angola. 
A CCS voaria para Luanda a 27 de Maio, e dia a dia, seguir-se-iam as três companhias operacionais. Afinal, tudo foi adiado por... dois dias!
Parada da CCS do BCAV. 8423 no Quitexe. Os Cavaleiros
do Norte preparavam-se para actividades desportivas
O Portugal desse tempo continuava embriagado pela revolução, pelos pregões e slogans que engravidavam os entusiasmos populares, as reivindicações e a exigência de... «nem mais um soldado para o ultramar». O Presidente da República (General António de Spínola) e o Conselho de Revolução continuavam a diligenciar a formação de um Governo Provisório, mas havia dificuldades nas negociações.
O princípio assentava em ter representantes de «todas as correntes políticas anti-fascistas, desde os antigos deputados liberais, agora reunidos no Partido Popular Democrático, até ao Partido Comunista». Partido Popular Democrático, o PPD, é o actual PSD. Mas havia a dificuldades em dividir as várias pastas ministeriais, embora fosse consensual o nome do 1º. ministro: Adelino da Palma Carlos.
Notícia de mais sete militares mortos em combate,
na Guiné (2), em Angola (3) e em Moçambique (2)

Mortos em combate
na terra de Angola

Angola, para onde o BCAV. 8423 iria partir dentro de duas semanas, continuava no centro de atenções dos futuros Cavaleiros do Norte. A 10 de Maio de 1974, as notícias não era as melhores: continuam a morrer soldados em combate. 
O Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, em comunicado e para além de iguais casos na Guiné (2) e Moçambique (2), dava conta da morte, em combate, de três soldados: António José Lopes Neto, de Novo Redondo, e João Maria, da Maconda (ambos do recrutamento local), e de Américo Dias Sá, natural de Fornos, da Vila da Feira.
Capitão Castro Dias
em 1974/65 (Angola)

Capitão Castro Dias
festeja 71 anos

O capitão miliciano Castro Dias festeja 71 anos a 11 de Maio de 2017. Está tão jovem como quando, há 43/42 anos, coman-
dou os Cavaleiros do Norte de Zalala! A ª. CCAV. 8423!
Davide de Oliveira Castro Dias era residente em Rio Tinto (Gondomar) e assistente da Universidade do Porto. Mobiliza-
do para Angola, jornadeou por Zalala, Aldeia Viçosa e Ponte do Dange, Songo e Carmona. Regressou a Portugal a 9 de Setembro de 1975 e continuou a carreira de professor, mais tarde também como dirigente sindical. Aposentado, continua a ser presença inevitável e imprescindível nos vários encontros que, anos atrás de anos, os «zalalas» organizam para refrescar memórias e alimentar as saudades que não querem deixar morrer.
Parabéns!!! Ver AQUI


O clarim José Caetano
em imagem recente
Clarim José Caetano
65 anos em VN de Gaia

O clarim Gomes nasceu a 11 de Maio de 1952, mas só foi re-
gistado duas semanas depois (a 25). É um privilegiado: faz anos das vezes por ano! Já vai nos 130!
José António Cardoso Caetano era da freguesia de S. Nicolau, no Porto, e lá voltou a 8 de Setembro de 1975. Actualmente, e, agora já aposentado, mora em Mafamude, concelho de Vila Nova de Gaia, para onde vai o nosso abraço de parabéns pelos 65 anos que amanhã festeja! Com repetição no dia 25, sem falta!

3 759 - Alegre, o poeta de Abril, anos de Albino Capela e Freitas Ferreira!

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A chegada de Manuel Alegre a Águeda, a 11 de Maio de 1974. O antigo al-
feres miliciano em Angola regressava do exílio de 10 anos, em Argel, e
foi recebido em apoteose pelos amigos e povo da sua terra natal - Águeda!


O padre Albino Capela no baptizada de Elisabete,
filha de Alfredo Rei. O grupo está na frente da Igre-

ja de Santa Maria de Deus do Quitexe

O dia 11 de Maio de 1974 foi um sábado e, de fim de semana depois da Instrução Altamente Operacional (IAO), fui a Águeda, para algumas despedidas. Aproximava-se a partida para Angola - a pouco mais de duas semanas - e, de sítio em sítio (dos frequentados pelas minhas tertúlias), ficaram os abraços de adeus. O dia foi O também o da chegada de Manuel Alegre, vindo do exílio de dez anos, que o levara a Argel
O furriel miliciano Freitas Ferreira em
um momento musical em tempo de guerra
A então vila engalanou-se com bandeiras e col-
chas, andando Alegre aos ombros de antigos com-panheiros de escola e amigos, aplaudido pelo povo - embriagado pelo fervor abrilino

O poeta exilado e
os soldados na guerra

A Praça da República encheu-se e a romaria alar-
gou-se pela Luís de Camões, até aos Paços do Con-
celho - de cuja varanda se ouviram eufóricas in-
tervenções, prolixas e apaixonadas, quase incen-
diárias..., centradas na revolução dos cravos, nos militares da revolução e no governo provisório de Palma Carlos, no exilado Manuel Alegre que regressava aos cheiros do seu (e nosso) Botaréu e nos soldados que se batiam no ultramar e nos que para lá iriam. Como eu!
Uma das sugestões mais apontadas e aplaudidas era a de que não devia ir mais tropa para a guerra colonial e virem de lá, e rapidamente, todos os que lá estavam. Não iria ser assim, como seria bom de ver. 

A «graça» da chegada de Alegre tinha a ver com o facto de ele mesmo ter estado em Angola, como alferes miliciano. A mesma Angola para onde eu ia.
A certa altura, reconhecendo-me alguns amigos no meio da multidão (foto) e sabendo que eu era militar, quiseram fazer de mim outro «herói» do momento, levantando-me ao ar. Confesso que não gostei da brincadeira mas acabámos a beber champarrion no Café Jardim - depois de ouvirmos Manuel Alegre a discursar na varanda dos Paços do Concelho.



Mais 7 mortos em combate
nas 3 frentes de guerra

O Serviço de Informação Pública das Forças Armadas anunciou, a 11 de Maio de 1974, a morte de mais dois militares em combate e em Angola.
Ambos eram soldados e do recrutamento local: Julão Ambrósio Moçâmedes, natural de Novo Redondo; e Salomão Joaquim, de Porto Amboim.
O mesmo comunicado dava conta de mais 5 mortos em combate: 4 na Guiné (Vicente Rodrigues, Policarpo Augusto Gomes, Nulasso Augusto Gomes e Samper Mendes, todos do recrutamento local) e 1 em Moçambique (José Henriques Jesus Pessoa, natural de Alto do Estanqueiro, no Montijo).


Albino Capela

Albino Capela festeja
75 anos em Barcelos!

O 11 de Maio de 1974, no Quitexe que ainda não conhecíamos, foi dia dos (então) jovens 32 anos do padre Albino Capela. 
António Albino Vieira Martins Capela pertencia à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e, na altura, missionava na Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe - de onde partia para comunidades da região uíjana. Regressado a Portugal, deixou o sacerdócio e enveredou pelo ensino, constituiu família e vive em Arcozelo, no concelho de Barcelos.
Hoje, completa 75 anos - são os anos de diamante de um vida de serviço!... - e, marido apaixonado e pai e avô felicíssimo, é companheiro activo dos encontros da CCS. Para ele vai um grande abraço de parabéns, embrulhado no afecto partilhado de todos os Cavaleiros do Norte! Ver AQUI
Freitas Ferreira


Furriel Freitas Ferreira,
65 anos em Guimarães!

O furriel miliciano Freitas Ferreira está hoje em festa, a dos 65 anos. Dia 11 de Maio de 2017!
José Maria Freitas Ferreira foi furriel miliciano atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423,  de Aldeia Viçosa. Na sequência do acidente que sofreu a 1 de Julho de 1974, numa curva do Quibaxe e no decorrer de um patrulhamento militar, foi reclassificado como amanuense e transferido para Luanda - onde concluiu a sua jornada angolana.
Profissional da área da auditoria, consultadoria fiscal e contabilidade, mora em Costa, freguesia do concelho de Guimarães. Lá organizou no encontro de 2016.
Parabéns, neste dia bonito da vida. Ver AQUI

3 760 - Paz fictícia no Uíge e não da FNLA à Cimeira

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Cavaleiros do Norte da CCS, grupo de Transmissões: 1º. cabo José da Fon-
seca Mendes (que amanhã faz 65 anos em Lisboa), Soares, furriel Pires, 1º.
cabo Oliveira e Costa. Em baixo, NN (quem é?), Zambujo e 1º. cabo Salgueiro
Cavaleiros do Norte de Zalala: o 1º.sargento Fialho
Panasco e os furriéis milicianos Américo Joaquim
Rodrigues e Plácido Jorge Queirós
 

Os dias de Maio de 1975 iam sendo riscados no calendário, já íamos a 12, e Carmona e o Uíge continuavam a já aqui falada «paz fictícia» que historia o Livro de Unidade.
«Pareceria que o fim tácito de vários anos de guerra em Angola traria como consequência, situações de acalmia em todo o território, procurando os diversos movimentos emancipalistas, através da ideologia

político-social que defendem, fazer enraizar nas populações esses seus ideais e, daí, com maior ou menor facilidade, conduzir-se-iam as suas acções no decurso do processo de descolonização», lê-se no Livro da Unidade.
O problema era que, sublinha este documento, «o Uíge, a bem ou a mal, terá que terra da FNLA e, consequentemente, não será bem aceite no seu solo qualquer outra opção política, donde resultam permanentes quezílias entre movimentos, as quais dia a dia vão tendendo a aumentar»
Os Cavaleiros do Norte, sempre disponíveis e embora com inúmeros sacrifícios - devido à multiplicação de tarefas que lhes enchiam o dia-a-dia! -, por lá se mantiveram firmes e obstinados, sem recuar ante qualquer problema, qualquer incidente, fosse de que natureza fosse!
Agostinho Neto (presidente do MPLA), Holden Roberto
 (da FNLA) e Jonas Savimbi (da UNITA

Recusa da FNLA à
cimeira com MPLA e UNITA

A FNLA, soube-se nesse dia, recusou-se a participar na Cimeira dos 3 movimentos, sugerida pelo Governo de Portugal.
A razão, segundo o comunicado divulgado pela France Press, assentava na decisão de «recusar categoricamente tomar parte  numa reunião dos 3 movimentos angolanos, em que esteja associado um representantes» do Governo Português». E isto, acentuava o movimento de Holden Roberto, devido à «evidente parcialidade e falta de objectividade de que certos membros do Governo de Lisboa dão provas em relação à FNLA».
«Uma tal reunião correria o risco de terminar na confusão, devido às intrigas que não deixariam de ser urdidas por aqueles que tem interesses em pescar em águas turvas», sublinhava a FNLA. Ver AQUI
José Mendes, 1º. cabo TRMS da CCS, com o furriel
Viegas, há um ano em Lisboa, Falava, ao telefone,
com o furriel José Pires, também TRMS

Mendes, 1º. cabo TRMS,
faz 65 anos em Lisboa

O 1º. cabo Mendes comemora 63 anos a 13 de Maio de 2017. Em Lisboa, onde é empresário do sector da restauração.
José da Fonseca Mendes é natural de Alvoco  d Várzea, em Oliveira do Hospital, mas «emigrou» para Lisboa aos 10 anos, foi ardina e electricista e merceeiro, até que, aos 18, entrou no ramo da restauração, colaborando com um irmão. De volta da jornada angolana, continuou na restauração, na Praça da Armada, e em 1987, abriu o (seu) Restaurante A Travessa, na Travessa das Necessidades, em Lisboa. Lá continua e com ele (foto) lá estivemos há um ano.
Parabéns e grande abraço, pelos 65 anos! 
José C. Neves

Atirador José Neves,
65 anos em Sintra

José Coutinho das Neves foi soldado atirador de Cavalaria do PELREC, da CCS dos Cavaleiros do Norte.
Residente em Rio de Mouro, no concelho de Sintra, lá voltou a 8 de Setembro de 1975. E por lá viverá, agora na Quinta do Alemão, em Manique de Cima. Infelizmente, não temos notícias precisas sobre ele, mas não lhe dispensamos o nosso abraço de felicitações.
                                 

3 761 - UNITA dá «nega» à Cimeira, vexame(s) em Carmona!

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Cavaleiros do Norte da CCS, no Quitexe: 1º. cabo João Monteiro (Gaso-
linas), NN, José Gomes Coelho (que faleceu  há 10 anos, 13 de Maio de
2007), António Calçada e NN. Quem são os NN´s? 



Furriéis milicianos no Quitexe: Fer-
nandes, Viegas e Belo (atrás), Ri-
beiro, Rabiço e Graciano

A cimeira angolana teve outra «nega», a somar 
à da FNLA e conhecida a 13 de Maio da 1975: a da UNITA. O movimento de Jonas Savimbi também não estava disponível para reunir com os diri-gentes portugueses. O que levou o ministro Melo Antunes a Luanda. 
«Crê-se que esta deslocação está ligada com a realização próxima de uma cimeira entre os 3 movimentos de libertação e que alguns meios já a indicam para Lusaka», lia-se no Diário de Lisboa desse dia de há 42 anos.
O dia foi também o da chegada a Lisboa de 400 refugiados de Angola, recebidos pelo Grupo de Apoio - pois ainda não funcionava o Instituto de Apoio aos Refugiados Nacionais (IARN).
O BC12, a última unidade do BCAV. 8423,
visto de Carmona, na estrada para o Songo.
Ali esteve de 2 de Março a 4 de Agosto de
1975. Há precisamente 42 anos!
O Grupo de Apoio era formado por apenas 7 pessoas e, tendo já recebido 2500 refugiados de Moçambique, o Diário de Lisboa admitia que «pode, de um momento para o outro, ficar sub-
merso, com a vinda de milhares de refugiados, se o clima continuar a agravar-se em Angola».

Calma em Luanda e 
vexames em Carmona

O mesmo jornal noticiava que «a calma regressou a Nova Lisboa, onde se re-
gistaram incidentes entre FNLA e do MPLA, desconhecendo-se o número de vítimas». Em Luanda, por seu lado, «não houve novos incidentes», mas «as-
sistia-se a uma fuga desordenada dos técnicos europeus, devido à instabi-
lidade da situação e aos acontecimentos sangrentos das últimas semanas».
O Uíge, por onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte - na altura, em Carmona e Songo -, continuava sem incidentes especialmente graves, mas, e citamos o Livro de Unidade, «verifica-se uma enorme dificuldade em fazer vingar o papel de árbitro» que era atribuído ao BCAV. 8423.
«Procurando posição de isenção, foi a actuação das tropas orientada no cum-
primento da sua missão. Contudo, viu sempre escolhos diversos a vencer, viu e sentiu ameaças, foi alvo de vexames mas sobretudo foi sempre apelidada de partidária e, consequentemente, viu as suas actividades mal aceites, ainda que não suscitem quaisquer dúvidas quanto à sua isenção», narra o LU.            
José Gomes Coelho, sapador,
faleceu há 10 anos, a 13 de
Maio de 2027. RIP!!!

A morte do sapador
José Gomes Coelho

José Gomes Coelho, que pelos Cavaleiros do Norte, jornadeou pelo Uíge como soldado sapador, faleceu há precisamente 10 anos: a 13 de Maio de 2007.
Integrava o Pelotão de Sapadores, comandado pelo alferes Jaime Ribeiro, e, regressado a Portugal a 8 de Setembro de 1975, voltou à sua terra de Oldrões da Calçada, em Penafiel.
Trabalhou na Universidade do Porto,como carpinteiro, nas a doença antecipou-lhe a reforma por invalidez.
 «Teve um tumor cerebral. Nunca quis ser operado», disse Ângela Coelho, uma das duas filhas. A viúva, Maria Elisa Sousa Ferreira, foi quem nos deu a notícia da morte, quando, em 2009, organizámos o encontro de Águeda.
Faleceu aos 55 anos e ainda conheceu dois netos. Hoje o evocamos com saudade. Até um destes dias, Coelho! RIP!!!

3 762 - A morte do atirador Albino Ferreira, atirador de Cavalaria do PELREC!

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Quinteto de Cavaleiros do Norte do PELREC, no encontro de 2010, em
 Ferreira do Zêzere: Albino dos Anjos Ferreira (recentemente falecido), os
furriéis milicianos Viegas e Francisco Neto, e os soldados Francisco
António e Augusto Florêncio. Gente de garbo e muita coragem!

Alferes António Manuel Garcia e soldado
Manuel Leal da Silva: «PELREC´s»
que a morte  também já (nos levou!

O blogue abre hoje com uma notícia triste: a da morte do Albino Ferreira, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423.
Albino dos Anjos Ferreira foi 1º. cabo atirador de Cavalaria e assumiu, com muito garbo e enorme humildade, sempre disponível e colaborante, sempre bom companheiro, a sua (e nossa) jornada africana do uíjano angolano, onde integrou o inesquecível PELREC - o Pelotão de Reconhecimento (Serviço e Informação).
Os 1º. cabos Joaquim F. Almeida e Jorge Luís
Domingues Vicente, dois «PELREC´s» que
também já partiram e estão na nossa memória
Natural do Cardal, em Ferreira do Zêzere, lá regressou a 8 de Setembro de 1975. E de lá partiu para a zona de Lisboa, onde trabalhou na área da construção civil e, tanto quanto julgamos saber, ultimamente no sector dos automóveis usados.
A última vez que nos encontrámos foi no encontro de Ferreira do Zêzere, em 2010, no qual compareceu e participou com a alegria de sempre, muito bem apessoado, de fato e gravata a condizer, comungando a alegria de se partilhar com os companheiros da sua e da nossa saudade dos tempos da terra africana.
A morte surpreendeu-o num dia de Abril último (que não conseguimos apurar). Sabemos apenas, e sem pormenores, que foram difíceis os seus últimos anos de vida! De saúde e profissionais!
Recordamo-lo com saudade!
Alferes António
Manuel Garcia


Os lutos do PELREC
Alferes miliciano Garcia

O alferes miliciano António Manuel Garcia foi o primeiro Cavaleiro do Norte do PELREC a deixar-nos em luto e saudade!
Natural de Pombal de Ansiães, concelho de Carrazeda de Ansiães, comandou o PELREC e, transitoriamente, assumiu funções de Oficial de Operações. Foi louvado pelo comando da CCS, por  ser «possuidor de boas qualidades morais, humanas e militares»
Agente da Polícia Judiciária e faleceu num acidente de viação, em serviço e a 2 de Novembro de 1979 - quando investigava o chamado «Caso Ferreira Torres». Deixou viúva (Olga) e um filha, Marta Garcia Tracana.
Outros heróis do PELREC e da nossa saudade:
Joaquim Figueiredo
Almeida (1º. cabo)

1º. cabo  Almeida
de Penamacor 

Joaquim Figueiredo de Almeida, 1º. cabo atirador de Cavalaria e louvado por ser «militar cumpridor e consciente das suas res-
ponsabilidades, não descurando as suas funções operacio-
nais». Exerceu funções de padeiro e encarregado do refeitório dos praças da CCS, no Quitexe e em Carmona.
Natural de Pedrogão de S. Pedro, em Penamacor, lá regressou a 8 de Setembro de 1975. E por lá trabalhou na área da construção civil. Faleceu a 28 de Feve-
reiro de 2009, aos quase 59 anos (que faria a 5 de Dezembro seguinte, nascido em 1950), vítima de doença cancerosa, deixando viúva e dois filhos.
Jorge Luís Domingues
Vicente (1º. cabo)

1º. cabo Vicente
de Alcanena

Jorge Luís Domingues Vicente, 1º. cabo atirador de Cavalaria. Natural de Vila Moreira, em Alcanena, teve várias actividades profissionais ao longo da e faleceu a 21 de Janeiro de 1997, aos 45  anos e vítima de doença cancerosa, deixando viúva e duas filhas (tanto quanto julgamos saber).
Bom companheiro e militar disciplinado e disciplinador, sempre leal aos seus comandantes e colaborante activo do dia-a-dia, sempre muito disponível, foi grande entusiasta dos primeiros encontros da CCS.
Manuel Leal da
Silva (soldado)

Soldado Leal 
de Pombal

Manuel Leal da Silva, soldado atirador de Cavalaria, natural e residente em Caxaria, na freguesia do Carriço, em Pombal. 
Era o único «pelrec» já casado e pai - no tempo da jornada angolana. De uma menina já nascida e outra que crescia no ventre da mãe (grávida). 
Faleceu de doença súbita, a 18 de Junho de 2007, aos 55 anos, e deixou viúva, três filhos e vários netos, que, com genros e nora, apresentou, orgulhoso e feliz, aos Cavaleiros do Norte no encontro de 1996.
João Manuel Pires
Messejana
(soldado)

Soldado Messejana
de Lisboa

João Manuel Pires Messejana, soldado atirador de Cavalaria. Era natural do Alentejo (do litoral) e radicou-se em Lisboa (onde terá chegado a ser gente policial), ainda antes de ser incorporado no serviço militar. 
Faleceu de doença, a 27 de Novembro de 2009, aos 57 anos e depois de uma vida enlutada de alguns dramas pessoais e de saúde.
Armando D. Gomes
(soldado)

Soldado Gomes

de Torres Vedras

Armando Domingos Gomes foi atirador de Cavalaria e natural de Á-dos-Cunhados, concelho de Torres Vedras.
Integrou o PELREC, sempre colaborando com os comandos directos, e regressou a Á-dos-Cunhados a 8 de Setembro de 1975. Nada mais sabemos dele, para além de que a morte o levou a 3 de Setembro de 1989. 

3 763 - A morte do alferes Meneses Alves e do 1º. cabo José Louro!

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Cavaleiros do Norte, aparentemente ainda em Santa Margarida. O da esquer-
da, é o cozinheiro José Miguel Santos. É? E os outros, quem são eles? Alguém
ajuda a identificar estes companheiros da jornada africana do Uíge angolano?


Manuel Meneses Alves, alferes
miliciano atirador da 2ª. CCAV.
8423. Faleceu há 3 anos!

O dia 14 de Maio de está assinalado na memória dos Cavaleiros dos Norte pelo nascimento (em 1952) do futuro 1ºs. cabo José Louro. A 15, nasceram o sargento ajudante Luís Machado (1920) e o soldado sapador Brites (1952).
José Adriano Nunes Lopes foi sapador e regressou ao Casal do Pinheiro, na freguesia de Casais, em Tomar. Casou e teve um filho (1º. sargento do Exército). A doença «roubou-lhe» a esposa (cancerosa) e ele mes-
mo, pouco tempo depois - a 23 de Julho de 2008 -, de desgosto e com  a mesma doença igualmente incu-
rável (que lhe foi diagnosticada) optou pelo suicídio. 
José Adriano Nunes Louro, 1º.
cabo sapador da CCS. Nasceu
há 65 e faleceu há 9 anos!
Explicou a decisão num dramático e corajoso documento, que deixou escrito e nos foi contado pelo filho:«Para não sofrer, nem fazer sofrer a família».
A 15 de Maio de 2013, outra morte enlutou os Cavaleiros do Norte: a do alferes miliciano Meneses Alves, em 2013 e em Leiria - de onde era natural e onde residia, empre-
rio do sector das carnes. A doença incurável venceu-o, mas não sem que, antes (e por duas vezes), conhe-
cendo o seu destino, organizasse encontros de despedida da família e dos amigos. Ver AQUI.
Manuel Meneses Alves fez parte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa - para lá transferido em Fevereiro de 1975, ido de Cabinda, onde serviu na CCS do BCAÇ. 4519.
Notabilizou-se  a 13 de Abril desse ano, quando, já em Carmona, «durante uma manfestação não autorizada superiormente, na qual se verificou confronto entre elementos de movimentos emancipalistas, com uso de armas de fogo, na via pública, actuou de forma rápida, decidida e enérgica, não deixando dúvidas quanto à determinação do pequeno núcleo de tropa que comandava, com o que conseguiu a detenção de dois dos elementos em confronto e ainda, de imediato, ter feito abortar a referida manifestação» - como se lê no louvor do comando do BCAV. 8423.
Hoje, o recordamos com saudade! RIP!
Luís Ferreira Leite Machado,
sargento ajudante do BCAV. 8423.
Faria hoje 97 e morreu aos 80 anos!

Luís Machado, o nosso
sargento-ajudante

Luís Ferreira Leite Machado foi sargento ajudante dos Cavaleiros do Norte e, na secretaria do comando do BCAV. 8423, adjunto do tenente Luz.
Ao tempo com 54/55 anos, era o mais velho de todos os Cavaleiros do Norte e tinha algumas dificuldades de saúde e de audição - o que o «obrigava» a usar aparelho adequado. Privilegiava a discrição e culti-
vou sempre excelente relação com todos os furriéis milicianos, todos eles podendo ser seus filhos e que com ele partilhavam o dia-a-dia e os serviços do bar e da messe dos sargentos.
Hoje, dia 15 de Maio de 2017, faria 97 anos. Nasceu nesse dia do já distante 1920. Faleceu, vítima de doença, a 12 de Julho de 2000, aos 80 e em Évora - a sua cidade natal! RIP!

Brites, o sapador,
65 anos na Pesqueira

Baltazar Serafim Brites foi soldado do Pelotão de Sapadores da CCS do BCAV. 8423.
Natural de Serzedinho, em Ervedosa do Douro, concelho de S. João da Pesqueira, lá voltou a 8 de Setembro de 1975. Tem feito vida profissional na área da construção civil, numa grande empresa do sector, e hoje, dia 15 de Maio de 2017, festeja 65 anos. Parabéns!
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