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Channel: CAVALEIROS DO NORTE / BCAV. 8423!
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1 697 - Cavaleiro «furado» na auto-estrada, a caminho de Arganil

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O bolo do Encontro da 3ª. CCAV. 8423, em Arganil, a 8 de Junho de 2013 (em cima). 
O Reino e o Ribeiro (furriéis) e o (alferes) Carlos Silva, Cavaleiros do Norte de Santa Isabel (em baixo) 

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O Mendes era (en)cantou o encontro, com os sons do acordeon, olhado, à direita, pelo Manuel Deus, (capitão) Fernandes, o Friezas e o (alferes-médico) Honório Campos e esposa. 
O Pavanito (fotos em baixo), de muletas, foi o azarento do dia: furou na auto-estrada


Cabrito assado em forno de lenha e um arrozinho de fessura, depois de uma sopa serrana,  bem à moda arganilana, aí esta a ementa que consolou bravos Cavaleiros do Norte de Santa Isabel, que se encontraram a 8 de Junho deste 2013 que nos vai esmagando. Número 13 que é de azar e  ano que de azares é para os portugueses, cada vez mais espremidos pela crise, a crise que não será tanta como o que se diz, mas estará longe do alcance governamental, para ser ultrapassada. Grande demais, para quem da política faz profissão, dela pouco entende e nos aperta dos calos e esvazia os bolsos. 
Os santaisabelianos puseram-se a estrada para Arganil, mas nem todos com a sorte de boa viagem. O Pavanito, que em 2012 foi anfitrião em Azeitão, deu-se a azares e furou em plena auto-estrada. Teve de pedir apoio e lá seguiu ele, mortinho por chegar. E abraçar! E saudar! E memoriar os tempos de Santa Isabel. «Reviver as nossas histórias de Angola, que por lá vivemos e não esquecemos», como disse o João Cardoso.



1 698 - Há Friezas como e para todos os Encontros...

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O Friezas (de barbas) e a família no Encontro de Arganil. O casal Marília e João Cardoso, organizador da confraternização dos Cavaleiros de Santa Isabel 

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O Flora, o Cardoso e o Belo. Quem são os dois da esquerda?

O Friezas não é gente mole!!!! Verga a mola nos campos ribatejanos de Coruche e, por lá, não há tarefa que lhe amedronte a vontade e o gosto de trabalhar a terra. DE a revoltar e fazer criar!! É a sua vida!!! A vida dos seus! A vida da terra que engravida, cria, produz e multiplica a sementeira - para a colheita que alimenta o corpo e tranquiliza a alma!
O Friezas, ao tempo um jovem mancebo do Coruche ribatejano, achou-se pelo Campo Militar de Santa Margarida nos idos Janeiros de 1974, incorporado na 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel. Como auxiliar de cozinha!!
Assim foi, pelas terras do Uíje angolano, por Santa Isabel, pelo Quitexe, por Carmona e, finalmente, por Luanda. É um dos Cavaleiros do Norte que, a 8 de Junho de 2013, se juntaram em Arganil para fazer a memória da jornada angolana. Ele, mulher, a filha, o genro e a neta. Três gerações de Friezas, que a Arganil foram agricultar a saudade e a memória. E se fez, o Friezas, um belo exemplo de como se faz a história dos Cavaleiros do Norte!
«Pode até faltar alguma coisa durante o ano, Pode!!! Até pode!!!... Mas não vai  faltar, nunca, nunca vai faltar nada para vir ao encontro», disse ele, peremptório, assertivo, convicto, sem dúvidas, consolando a alma no encontro que o rejuvenesce, o faz maior, entre os seus maiores.
Os «mordomos» de 2014 já são conhecidos: o Flora (de azul e óculos, na foto de baixo) e o Belo (à direita, de barbas). Vão ter muitos Friezas na jornada de Castelo Branco. Ai vão, vão!!

1 699 - O Faustino fez 16 800 quilómetros para estar em Arganil

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O Faustino voou 16 800 quilómetros para estar no Encontro de Arganil!! Foi obra!!! Aqui o vemos, com o Abíio Gonçalves, à sua direita) e o (furriel) Fernandes, - na foto de cima. O dr. Honório Campos (em baixo)  também apareceu. Foi uma grata "estreia"
O Faustino, mecânico auto-rodas por terras de Santa Isabel, fez 16 800 quilómetros, em voo desde a longínqua Austrália dos cangurus e com «pousos» em outros aeroportos para, ao fim de 38 anos, se juntar aos companheiros que foram seus irmãos por 1974 e 1975.  Na jornada militar angolana.
«Valeu a pena!!!», disse ele, quase comovido e não escondendo a fartura da  alegria que lhe engravidou a alma de felicidade!!
O dr. Honório Campos, por lá alferes médico, apareceu também, com a sua «mais que tudo» Ondina,  também oficial de medicina. Pela primeira vez e recordando tempos em que, por Santa Isabel e depois Quitexe, não houve mal de corpo que não curasse e uma ajuda não desse às dores de alma e de saudade do Portugal Europeu e do chão e do lar de cada um. Não havia receita para tais dores, ou remédio, mas havia a palavra amiga! Ali o vemos, na imagem, mai-la a sua Ondina, senhora e dona do seu coração e que, por  certo, nunca em tão marciais ambientes se sentiu, como neste de Arganil de 2013.
O Faustino veio da Austrália, onde trabalha, e não lhe cabia uma agulha no peito de emoções que se lhe encheu em Arganil. Em verdade, verdade se pode dizer, e deve!!!, que paixões da tropa ficam para uma vida. Como agora se confirmou, em terras de Arganil, onde de acharam os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel. 
- HONÓRIO. António Honório de Campos, alferes 
miliciano médico. Aposentado, reside em Coimbra.
- FAUSTINO: Victor Manuel Faustino, soldado 
mecânico auto-rodas, emigrado na Austrália.

1 700 - Ao que aqui veio o Novo?

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O Novo, de azul vestido, com o casal Cardoso (em cima). Em baixo, o Carlos 
Feliciano, Floro Teixeira, Manuel Deus, Abílio Cunha, Ribeiro e (capitão) Fernandes
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O Deus e o (capitão) Fernandes a verem a exibição acordeonística do 
«benjamim» Mendes (em cima). O Abílio Gonçalves, em baixo, ao lado do Faustino

O Cardoso, sabiamente apoiado pelo clã feminino lá de casa, aprimorou tudo, nos conformes e também nos gostos! Como «o enorme gosto» de reunir alguns dos seus «irmãos» das transmissões: o Deus, o Abílio Gonçalves e o Novo. «Foi um grande gosto, pá!!!!...», exultou ele, na conversa com o blogue. O Abílio, que se pode ver ao lado do Faustino, na foto aqui mais abaixo, fez-se à estrada desde Cucujães, onde empresaria na área do calçado. E aquilo é que foi dar à sola, até chegar a Arganil. O Deus, faz vida por Lisboa e «distrai-se» em longos passeios de bicicleta. Dominicais e bem saudáveis! 
O Novo foi de S. João da Madeira e está bem nutrido, como se vê. Dele falamos em particular, por mercê do louvor que lhe enfatizou «a perfeita compenetração da missão que lhe foi confiada», como rádio-telegrafista, «quer elos seus actos quer pelas palavras»
O documento proposto pelo (então) capitão Fernandes sublinha-lhe, também, o «espírito franco e leal, disciplinado, correcto de trato e incansável trabalhador, dedicado à sua missão com elevado espírito de sacrifício e meticuloso cuidado e zelo, que fez com que se distinguisse dos demais, sendo por esse motivo apontado como exemplo a todos  os seus camaradas».
Bravo, ó Novo!

1 701 - O Carvalho da Mealhada que veio de França....

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Belo, Novo e Carrilho (atrás), Carlos Silva, Carvalho 
e Fernando Pereira, o Reguila). O Abílio Cunha (em baixo)


Atirador de cavalaria, o Carvalho «atirou-se» à estrada e viajou desde França para estar no convívio dos Cavaleiros do Norte de Santa Isabel. Não podia faltar! Há casos de verdadeira epopeia, de gente que se faz cedo à estrada (outra até que viaja de véspera) para encontrar os amigos que foram irmãos da jornada africana do Uíge angolano.
O Abílio Pinto Cunha, por exemplo, galgou quilómetros atrás de quilómetros, desde Chaves. Podia lá faltar, este homem que por Santa Isabel era mestre no clarim?!!!
Não pôde estar o (1º. sargento Marchã, que a idade vai-lhe avançada (nos oitentas!!!!) e a viagem desde Campo Maior não lhe seria fácil. E o (alferes) Mário Simões, por razões de saúde. Outros, por razões diversas. A vida não vai fácil para ninguém e estes gostos de abraçar e conviver com amigos da tropa, não sendo custosos por aí além, afectam sempre a algibeira de alguns.
Pessoal dos quadros, não faltaram o capitão Fernandes, o alferes Carlos Silva e os furriéis milicianos Cardoso (o organizador), Flora e Belo (que organizarão em 2014), Fernandes, Querido, Carvalho e Reino.
Para o ano, o 2014 que se deseja melhor para todos, mais haverá - lá para os lados de Tinalhas. em Castelo Branco.
- SIMÕES. Mário Jorge Barros Simões, alferes miliciano atirador de cavalaria, da 3ª. CCAV. 8423. Professor e residente nas Caldas da Raínha.
- MARCHÃ. Francisco António Gouveia Marchã, 1º. sargento, aposentado. Reside em Campo Maior.
- CARVALHO. Carlos Alberto Baptista de Carvalho, soldado atirador de cavalaria da 3ª. CCAV. Natural do Barcouço (Mealhada) e emigrante em França.
ABÍLIO. Abílio Pinto da Cunha, soldado clarim. Aposentado da GNR e morador em Chaves.

1 702 - O encontro de Santo Tirso 2013!!!

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Rocha, Monteiro e esposa (em cima), Pires de Bragança, esposa e Neto (em baixo). Clicar as imagens para as ampliar ou reduzir

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As amazonas Margarida Cruz e Violtina Luz (em cima). O Monteiro a 
espreitar entre as amazonas Hermínia Viegas e Dulcínia Pires (Bragança), em baixo


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JOSÉ AUGUSTO MONTEIRO
Texto
Ao fazer um balanço do encontro de Santo Tirso, só posso começar por dar parabéns à equipa que o organizou. Estiveram excelentes e incansáveis, para que tudo estivesse pelo melhor, para que tudo tivesse corrido bem, como correu. Parabéns ao Cruz, parabéns ao Machado, parabéns ao Malheiro.
É sempre um dia diferente para mim. Recordo momentos bons, momentos difíceis e emoções que jamais esquecerei para o resto da vida.
È bom saber que continuamos a contar com um bom número de camaradas, que, com familiares, fazem questão de dizer presente, ano após ano. Também compreendo aqueles que gostariam de marcar presença, mas por motivos óbvios não puderam rumar até Santo Tirso.
Gostei do nosso encontro/convívio. Ao dar uma olhadela bem atenta, pude constatar a alegria e a felicidade que invadiam os corações daqueles bravos cavaleiros. É sempre a satisfação do reencontro de amigos que somos. As nossas mulheres também já não dispensam este dia e fazem questão de estar presentes, para também elas poderem matar algumas saudades do ano que passou.
Foi maravilhoso e espero, já com alguma ansiedade, o encontro do próximo ano.
Para terminar, dizer que este encontro começou maravilhosamente bem. Gostei que tivéssemos começado a festa com missa solene, com a homilia que o sacerdote fez e que, lembrando os momentos difíceis que passámos,  não deixou de recordar que os combates que estamos a travar na sociedade a que pertencemos também não são menos importantes. Para a frente cavaleiros, que o futuro pertence-nos.
Foi também com grande emoção e alguma nostalgia que o Machado nos fez lembrar os amigos que já partiram. Que Deus os tenho em paz e que nós os possamos sempre recordar como grandes homens, grandes militares, grandes camaradas. Um dia lá nos encontraremos.
Um grande abraço com emoção e amizade a todos os militares do B.Cav 8423.
O amigo,
Monteiro

1 706 - A primeira operação dos Cavaleiros do Norte! Há 39 anos!

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Parada do aquartelamento do Quitexe, de onde, há precisamente 
39 anos, saíram os Cavaleiros do Norte, para a sua primeira operação militar em Angola

A 20 de Junho de 1974, hoje se fazem 39 anos, iniciou-se a Operação Castiço DIH, a primeira dos Cavaleiros do Norte em terras do Uíge angolano. 
Passados estes anos todos, não é difícil lembrar a expectativa e os constrangimentos emocionais das horas que antecederam a nossa saída do quartel do Quitexe, eram quatro da madrugada! Nem os suores frios das primeiras (cerca de) duas do tempo de transporte em unimogs, pelas picadas vermelhas do chão norte-angolano. Ou os primeiros passos, a galgar os trilhos que se abriam e nos escondiam na mata densa -enquanto já se rasgava o dia. Estão na memórias os ruídos da floresta, inabituais aos nossos ouvidos e que nos assustavam e arrepiavam. 
A operação prolongou-se «até Julho», envolvendo, à vez, todas as subunidades orgânicas do BCAV. 8423, mas, segundo relata, o livro «História da Unidade»,«não se viu grande compensação do esforço desenvolvido pelas NT». Na verdade, ainda segundo esse relato,«salvo uma emboscada sem consequências, no Tabi, só teve por reacção IN a materialização de tiros de aviso».
O mesmo não aconteceu à 41ª. Companhia de Comandos, pois, na Central do Negage, «foi accionada uma mina e um soldado sofreu a amputação de um pé». A 41ª. CC haveria de abandonar a operação apenas 18 horas depois de nela ter entrado.
«Não teve esta operação resultados que não fossem - para o BCAV. 8423 - o conhecimento da ZA, um primeiro contacto com a mata, um conhecimentos das reacções humanas e acabou até por ser defraudada», devido ao abandono da Companhia de Comandos. Há 39 anos!!!

1 707 - Os óculos de 48 anos do sargento Eira...

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O sargento Eira exibe os óculos que usa há 48... anos! (em cima). Na cara e 
na foto. Pormenor dos mesmos óculos em 1965 (em baixo)

O 2º. sargento Eira chegou à 2ª. CCAV. 8423 em Abril de 1975. Usava uns óculos, ao tempo, já com 10 anos!!! Óculos de bons aros, em osso escolhido e modelo bem de moda. O espantoso é que ainda os usa, em 2013!!! Nada mais nada menos que 48 anos depois de os comprar. «Os mesmíssimos...», disse-nos ele, de sorriso rasgado, e feliz!, no encontro de Santo Tirso e sob o olhar cúmplice da esposa - que confirmou a «façanha» oculística.
O então furriel miliciano Eira cumpriu a sua primeira comissão militar em Moçambique, entre 1965 e 1968! Foram tempos bravos, nada fáceis, até amargos, apenas adocicados pela lembrança de amores e amigos deixados por Vila Real. Regressou e continuou a tropa, como 2º. sargento. Voltou a África, mas a Angola, em 1971, cumprindo a sua segunda comissão! Já com os óculos. E a Angola voltou, quando, em 1975, se achou "adido" na 2ª. CCAV. 8423. Por brevíssimos dias em Aldeia Viçosa, até que, a 26 de Abril de 1975, a companhia do capitão José Manuel Cruz rodou para Carmona. Aqui, no BC12, inventariou a farmácia do aquartelamento e com a 2ª. CCAV. viajou para Luanda, a 4 de Agosto, integrando a épica coluna militar desses dificílimos dias.
Já em Portugal, entrou para  Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, e por lá fez carreira profissional, durante mais de 20  anos, até à reforma e sempre como enfermeiro.
Os óculos, que já (re)vimos em imagens de anteriores encontros dos Cavaleiros do Norte, continuaram a afeiçoar-lhe os olhos até Santo Tirso, este ano. E aqui deixamos nós esta história: a dos óculos do sargento Eira, que já vão nos 48 anos de vida. É obra!!! Assim todos fossem e faliriam as indústrias e comércios do sector.
- EIRA. Manuel Alcides de Costa Eira, 2º. sargento 
miliciano enfermeiro da 2ª. CCAV. 8423. 
Aposentado, mora em Vila Real.



1 708 - Explicar o MFA no Clube do Quitexe

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O Clube do Quitexe, na estrada do café - que liga(va) Carmona a Luanda

A 22 de Junho de 1974, o comandante do BCAV. 8423 reuniu, no Clube do Quitexe, com os comerciantes da vila, para lhes dar nota do que era e quais eram os objectivos do MFA. O objectivo era «preparar e mentalizar as populações» para o programa do Movimento. O mesmo aconteceu no dia 29. 
As mesmas razões levaram às (normais) reuniões com a Comissão Local de Luta de Contra-Subversão (CLCS), a 19 e 26. A 17, foi com os comerciantes e autoridades da vila.
Era, na prática, o desenvolvimento da actividade psicológica que preparasse as populações para os efeitos práticos (locais) do MFA - no plano militar, no político e no social. 
Simultâneamente, recordemos, desenvolvia-se a operação Castiço DIH, iniciada às 4 horas da madrugada de 20 de Junho e que se prolongaria até Julho - rotativamente envolvendo todas as sub-unidades orgânicas  do batalhão.

1 709 - O Teixeira das transmissões de Santa Isabel

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O soldado Teixeira das transmissões de Santa Isabel (1974)


O Teixeira foi soldado de transmissões em Santa Isabel, na 3ª. CCVAV. 8423, ado capitão miliciano José Paulo Fernandes. Também passou pelo Quitexe - onde os santa-isabelianos foram contemporâneos da CCS de 10 de Dezembro de 1974 a 2 de Março de 1975.
«O que mais guardo do tempo da tropa é o prazer termos criado grandes amizades, grandes e bons amigos», disse ao blogue, directamente de Alverca do Ribatejo, onde reside e é empresário, com várias lojas de calçado.  
O maior susto da comissão apanhou-o a 6 de Agosto de 1975, em Viana, às portas do campo Militar do Grafanil.
«Fomos mandados parar pelas forças angolanas, que nos apontavam as armas, mas felizmente tudo se resolveu», recorda Ângelo Teixeira, embora frisando que «não foi fácil».
A viatura em que seguia era uma das últimas das mais de 700 que, desde Carmona, formavam a grande e epopeica coluna de evacuação militar e civil, que foi engrossando a cada terra que passava - o Negage, Camabatela, Samba Cajú, Vila For, Lucala, Salazar, Dondo, por aí fora.
Coluna que chegou ao Grafanil às 12,45 horas de 6 de Agosto de 1975, com milhares de civis «atrelados», mais de 570 quilómetros percorridos, numa odisseia de 58 horas e três quartos após a saída de Carmona. 
«Foi uma viagem inesquecível, por todas as razões», disse o Ângelo Teixeira.

1 710 - O capitão miliciano da vistosa camisa vermelha...

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 Aquartelamento de Zalala «a mais rude escola de guerra». Castro Dias, a 1 de Junho de 2013, à esquerda, com outros «zalala´s»: o Famalicão, o Mota Viana, o Queirós e o Rodrigues. De barba, à direita, o Afonso Henriques, sapador da CCS


A 23 e 24 de Junho de 1974, o comandante Almeida e Brito visitou a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala! Ao tempo, e o testemunho é do (então) capitão Castro Dias, e bem recente (de 13 de Abril deste ano), as relações com os civis europeus (gerentes) da fazenda não eram as melhores, por razões que vinham de trás.
Os contactos de Almeida e Brito (denominados de«operacionais», na História da Unidade) visariam, pois, estreitar afinidades.  
«O anterior comandante de Zalala, não ia à bola com o gerente da fazenda, que era genro do dono, nem se falavam...», contou-nos Castro Dias. Que ficou encarregado, por Almeida e Brito, de quebrar tal gelo. E assim fez.
Uns domingos depois, com as relações normalizadas, entendeu Castro Dias deslocar-se ao Quitexe, para "prestar contas"
«Fui com o genro do gerente, na avioneta dele, e aterrámos na pista, onde nos foram buscar. Apresentei-me ao comandante, com o gerente, fazendo prova da normalização institucional, bebemos e conversámos, mas, depois, chamado ao lado, não me livrei de uma chamada da atenção do comandante», narrou-nos o líder militar de Zalala.
E porquê? «Ó Castro Dias, você é militar, é sempre militar...», recordou-lhe Almeida e Brito.
Castro Dias, em domingo social e feliz por ter resolvido o «diferendo», aparecera no Quitexe vestido à civil, com uma vistosa camisa vermelha, bem domingueira, berrante e bem distante do sóbrio colorido do camuflado. E calças a condizer!
«Você nunca deixa de ser militar...», "admoestou" o comandante - que era pouco dado, muito pouco dado, a desvios das obrigações do RDM.
A insólita situação, 39 anos depois, foi (é) recordada com largos sorrisos. De ironia, prazerosos e até de saudade. Eram outros, os tempos!
Ver AQUI, dados actualizados.

1 711 - Em dia de S. João não há...guerra!!!

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Aquartelamento de Zalala, nos finais da presença portuguesa (1974). José Alberto Almeida (alferes), Davide Castro Dias (capitão) e Acácio Luz (tenente, agora capitão), a 1 de Junho de 2013, em Santo Tirso


A senhora dona Maria Dulce, do alto e sabedoria dos seus 92 anos e meio, pregou um susto à família e achei-me hoje, ao princípio da tarde, no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, querendo dar-lhe o conforto e o afecto que bem merece. Irregateável! Foi quem, já lá vão mais de 60 anos, me trouxe ao mundo.
Foi lá onde fui «apanhado» pelo (capitão) dr. Castro Dias que, solicitado por mim (durante a manhã), veio dar pormenores sobre a história da camisa que levou ao Quitexe, em dia de S. João de 1974, a 24 de Junho desse ano - que foi uma segunda-feira e não um domingo. Para começar, a camisola não era vermelha. Era de seda e castanha, às bolinhas!!! Castanha, às bolinhas!!! Imaginemos!!! Bem mais espalhafatosa que o que a minha memória recordava. E, nem de propósito, Castro Dias apresentou-se no Quitexe de calças bege!!! Podemos imaginar a cara de Almeida e Brito. Uiiiii!!!!...
Outros pormenores da história: 
- A fazenda de Zalala chamava-se Maria João e era propriedade de Ricardo Magalhães Gaspar - empresário popularizado pelo acrónimo RIMAGA, gente grande do Uíge, com interesses localizados em vários sectores económicos e com busto a entrada de Carmona, na rotunda que chegava do Quitexe.
- O gerente, ou gestor de negócios (dir-se-ia agora), da  fazenda (ou roça) Maria João era um genro, de nome Magalhães. Foi com ele, «rapaz da mesma idade», que Castro Dias acertou o relacionamento institucional - de tropa para civis. Disso fora incumbido por Almeida e Brito, com a promessa que viria embora quando tal conseguisse. Conseguiu, é verdade - e disso foi dar novidade na avioneta de Magalhães - em camisa de seda, castanha e às bolinhas... - mas a verdade é que por lá continuou, até à retirada final da guarnição portuguesa, a 25 de Novembro de 1974. 
- No Quitexe, foi é questionado pelo comandante: «Então, à civil?!!!...»
A que respondeu Castro Dias: «Hoje é dia de S. João, não há guerra!!!...».
Podem imaginar as gargalhadas que se soltaram pelo Quitexe sanjoanino de 1974!!!
- PS. Estas notas complementam e
corrigem os dados de ontem, por
mim citados de cor. - CV



1 712 - A extinção do Destacamento de Luísa Maria...

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Destacamento de Luísa Maria, em 1974: Hipólito e Viegas (atrás), Caixarias, Ezequiel e Francisco (foto de cima).  Um grupo de militares em casa de José Craveiro (foto do meio, em 1971) e oficiais a falar com Craveiro, em Outubro de 1969 (foto de baixo).



A 26 de Junho de 1974, os comandantes da Zona Militar Norte (brigadeiro Altino de Magalhães) e do Comando do Sector do Uíge (coronel tirocinado Bastos Carreiras) visitaram a 2ª. CCAV. (a de Aldeia Viçosa) e a 3ª. CCAV. 8423 (em Santa Isabel), a CCAC. 4145 (em Vista Alegre) e o Destacamento de Luísa Maria. Nem de propósito, chegaram-nos às mãos várias fotos de datas anteriores à nossa passagem por lá, mas desta guarnição - enviadas por Carlos Laranjeira Craveiro, filho de José Dias Craveiro, que lá era empregado.
José Dias Craveiro é o civil da foto de baixo, em conversa com oficiais (cujos nomes desconhecemos), sabendo-se a data: Outubro de 1969. O filho admite que a conversa teria a ver com «eventuais movimentações estranhas»
A foto do meio, mostra o sr. Herculano, recentemente falecido e que era vizinho do gerente de Luísa Maria - Eduardo Bento da Silva.
As visitas de Altino de Magalhães, sempre acompanhado pelo tenente-coronel Almeida de Brito (comandante do BCAV. 8423), destinavam-se a «estreitar relações entre a autoridade militar e administrativa», razão, de resto, que os levou a estar presentes em "todas as reuniões de mentalização" realizadas nesse mês de Junho - o mês da nossa chegada ao chão do Uíge angolano.
A 26 desse Junho, hoje se passam 39 anos, as autoridades militares foram acompanhadas pelo administrador do concelho do Dange (com sede no Quitexe), pois Altino de Magalhães (acumulando  funções) também era Governador do Distrito do Uíge.
O Destacamento de Luísa Maria foi extinto a 14 de Dezembro de 1974, quando a última guarnição recolheu à sede da 2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa.
- EDUARDO. EDUARDO BENTO DA SILVA, gerente da Fazenda Luísa Maria, faleceu a 11 de Setembro de 2011. Faria 81 anos a 10 de Outubro desse ano, tinha um mini-mercado em Taveiro e morava em Condeixa-a-Nova. 

1 713 - Os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel em Arganil

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A 3ª. CCAV. 8423 esteve reunida a 8 de Junho, em Arganil, e do dia já aqui falámos abundantemente . relatando algumas das muitas emoções que «varreram» as almas dos Cavaleiros do Norte santaisabelianos. A gentileza do (ex-furriel) Ribeiro permite-nos, hoje, publicar a foto com as respectivas identidades.
Aqui à frente, sentados, o Armando, o Cardoso e o Eusébio (de braços cruzados). De pé, da esquerda para a direita, Deus (1), Carlos Feliciano, (alferes) Honório Campos (médico), Floro Teixeira, José Manuel Fernandes (capitão), Abílio Pimenta (cripto), Baptista, Arlindo Novo (fato e gravata), (furriel) Reino, Abílio Pimenta, (furriel) Fernandes, Vitor Novo e Friezas (11).
Fila de quatro, à esquerda: Caroço e (ex-furriéis) Carvalho, Ribeiro (de vermelho) e Querido. Os dois, do lado direito (alferes), Carlos Silva (de braços cruzados) e Francisco Pereira (Reguila). Atrás, Ramos, Teixeira, (furriel) Belo (com a mão sobre o neto), Carrilho (de azul) e José Oliveira Novo.


1 714 - O 1º. sargento Falho Panasco...

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Queirós, Rodrigues e Fialho Panasco, em Vista 
Alegre, norte de Angola (1975). Na foto de baixo, na confraternização de Águeda (1995)


O 1º. sargento Fialho Panasco faleceu a 28 de Junho de 2005! Há 8 anos! Vítima de doença do foro oncológico, em Carnaxide, arredores de Lisboa. Foi responsável administrativo da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e mereceu louvor do Comando Territorial de Carmona, por proposta comandante Almeida e Brito.
O louvor foi publicado na ordem de serviço nº. 174  e sublinha que «na espinhosa missão de responder por uma subunidade, sempre demonstrou o maior zelo e inexcedível sentido de responsabilidade», de que resultou «creditar-se como excelente auxiliar na administração da sua companhia».
As vários rotações da 1ª. CCAV. 8423 - de Zalala para Vista Alegre e Ponte do Dange, primeiro, depois para Carmona e finalmente para Luanda -,«em muito dificultaram o controlo de toda a vida administrativa», mas isso«não lhe mereceu reparo, antes pelo contrário, em todas essas situações mostrou a melhor prontidão, dedicação e espírito de sacrifício, superando desse modo as dificuldades vividas».
O 1º. Fialho Panasco era «disciplinado, de trato correcto, de elevado sentido de colaboração, vincada lealdade para o comando que serviu», razão por que, regista o louvor, «tem de considerar-se ser digno do conceito em que era tido e agora novamente confirmou», cotando-se como «precioso auxiliar e conselheiro do seu comandante, motivos esses que levam a garantir a sua eficiência em qualquer outra situação militar que viva». O comandante de Zalala era o capitão miliciano Davide Castro Dias.
O 1º. Fialho Panasco foi pai de um casal e avô de três netos - uma rapariga de 23 e dois gémeos de 18 anos.
«Foi um bom pai e um bom marido», disse-nos a viúva, Ivone Susete Maurício Vigares Panasco.
Aqui fica a nossa memória por ele!
- PANASCO. Alexandre Joaquim Fialho Panasco, 1º. sargento, chefe 
da secretaria da 1ª. CVCAV. 8423. Nasceu a 17 de Outubro de 1935, 
em Santo Aleixo (Monforte). Faleceu, já aposentado, como  sargento-mor.

1 715 - A posição das NT nos trágicos dias de Carmona

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Parada do BC12, em Carmona, Junho de 1975, com a chegada de refugiados acolhidos pelos Cavaleiros do Norte (em cima). O cadáver de um combatente do MPLA, nos incidentes destes dias de há 38 anos (em baixo)

Os dramáticos primeiros dias de Junho de 1975, em Carmona, já aqui foram reportados, mas, pela mãos, do Alfredo Coelho (Buraquinho), chegou-nos uma imagem que retrata o tempo de morte que então se viveu: o cadáver de um guerrilheiro do MPLA, esquartejado e amputado. Vimos  muitos, naqueles trágicos dias carmonianos.
A FNLA, por outro lado, releio na História da Unidade, não entendeu muito bem a protecção dada pelas NT aos refugiados, que considerou «discricionária e partidária», posição que «resultou num período seriamente preocupante para o BCAV. 8423» - ultrapassado (no que foi possível) quando «o ELNA reconsiderou a posição das NT».
O rescaldo da conflito ELNA/FAPLA redundou, na nossa área de intervenção (o Uíge), numa «mais vincada hegemonia da FNLA, pois que tudo o que se possa considerar combatente ou simpatizante do MPLA foi expulso do distrito», Isto, no melhor dos casos. Noutros, releio no livro «História da Unidade», «há a citar algumas dezenas e mortos».
- FNLA. Frente Nacional de Libertação de Angola, liderada por Holden Roberto.
- MPLA. Movimento Popular de Libertação de Angola, liderado por Agostinho Neto.
- ELNA. Exército Nacional de Libertação de Angola, força armada da FNLA.
- FAPLA. Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, do MPLA.
- NT. Nossas Tropas.

1 716 - O tenente Mora faria hoje 87 anos!!!

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Alferes Ribeiro e Garcia e tenentes Luz e Mora, na avenida do Quitexe. Atrás, à esquerda, o edifício do comando do BCAV. 9723. Em baixo, o tenente Mora e  os furriéis Neto e Viegas, frente à casa dos furriéis

O tenente Mora faleceu há 20 anos, a 21 de Abril de 1993. Fosse vivo e hoje, dia 30 de Junho de 2013, faria 87 anos. Foi adjunto do comandante da CCS do BCAV. 8423, que era o capitão Oliveira, e figura imortal e inesquecível da guarnição. Não há, entre os Cavaleiros do Norte, quem não se lembre do «nosso tenente Mora».
Era personagem invulgar, pelo trato, pelo comportamento, pelo rigor que gostava de impor nas suas coisas, invocando o RDM por tudo e por nada, as continências e os cumprimentos militares. Era o«nosso tenente Palinhas». Porque, sem exigir,«exigia» que, a troco de tudo, o saudássemos com a continência. E, não o fizéssemos nós, por qualquer razão, e batia-a ele antes de nós, a tal nos obrigando.
O tenente Mora dava para um monte de postagens. E já deu. Dele, já aqui falei na minha ida ao cinema do Quitexe, disfarçado de mulher. Onde quando se pôs a ouvir o que eu ouvia, deleitado e deitado no meu quarto do Quitexe:sinais e repeniques da minha igreja, gravados numa cassette. Há mais histórias do «nosso tenente Mora», já contadas neste blogue, como a de quando, supondo haver sabotagem na luz da vila, se pôs a rastejar na avenida. Outras há, por aqui publicadas.
Hoje, passando-se 87 anos sobre o seu nascimento em Pombal, evoco-o com saudade, com respeito e lembrando que como um companheiro, mais velho, que não quis ser diferente, antes igual. Até um destes dias, tenente Mora!
- MORA. João Eloy Borges da Cunha Mora, tenente 
do SGE, natural do Pombal e adjunto do comandante da CCS do 
BCAV. 8423. Faleceu em Lisboa, vítima de doença, 
a 21 de Abril de 1993.

1 717 - O encontro dos artilheiros da CCS da BART. 786

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A foto de "família" da CCS do BART. 786 aqui está hoje, atrasada, mas com afecto. É de 8 de Junho, mas o José Lapa teve avaria no PC e não a pôde enviar. «Avariado» como o dia, molhado e sem sol, pelo segundo ano consecutivo.  
«Será que o S. Pedro esta zangado com a malta?», interroga-se o José Lapa, sublinhando «uma palavra para todos quantos queriam estar presentes e que por motivos vários - esta maldita crise, que não nos larga -, não puderam»
«O tempo passa e cada vez vai ficando mais curto e depois, um dia, já não andamos por cá», acrescentou este artilheiro do Quitexe, realçando «a presença simpática  de algumas esposas que estiveram no convívio».«Elas - frisou - que também sofreram, como nós, aqueles dois anos de ausência em terras de Angola».
A CCS dos BART. 786 esteve no Quitexe entre 1965 (11 de Junho) a 1967 e os convivas de 8 de Junho são estes, atrás e da esquerda para a direita: Victor Filipe, capelão graduado em alferes (de Peniche), Raúl, 1º. cabo correeiro (de Vila Franca de Xira), João Lopes, soldado condutor (de Matosinhos, o organizador), Jacinto, 1º. cabo de  transmissões (do Porto), Silva, soldado maqueiro (de Braga), Santos, soldado condutor (do Porto), Artur, soldado condutor (de Santa Maria da Feira), J. Almeida,  soldado IOR (de Sesimbra), NN, soldado IOR (de???),  Domingos Costa, furriel miliciano vagomestre (do Porto), Alcino Teixeira,1º. cabo mecânico (do Porto), Ferreira da Cunha, alferes miliciano (Lisboa) e José Lapa, furriel miliciano (de Vila Nova de Gaia).
À frente, sentados, Quim Careca, soldado condutor (da Areosa, Porto), NN (???), Jacinto, furriel miliciano sapador (do Entroncamento), Mendes Moreira, alferes miliciano de transmissões (de Paredes),  Meireles, 1º. cabo, mecânico de armamento (de Braga),  Jorge, soldado sacristão (de Vila do Conde), António, soldado condutor (do Porto) e M. Silva, soldado IOR (de Braga).
O encontro decorreu na Nova Casa dos Leitões, no Peneireiro (Anadia).

1 718 - O S. João com fogueira de pneus...

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Alferes Hermida e esposa, destacados na caixa a vermelho. O furriel Cruz, no rectângulo a amarelo, e os 1ºs. cabos Tomás, à esquerda (no circulo) e Pais, atrás (círculo em branco) 

O Tomás veio ao blogue falar do tenente Mora, evocando a noite de S. João de 1974, no Quitexe - a primeira (de duas) de todos nós em terras de Angola:

Estávamos há pouco mais de 15 dias no Quitexe e a equipa de rádio-montadores passeava na avenida, junto à secretaria da CCS. Equipa formada pelo alferes Hermida, pelo furriel Cruz, pelos 1ºs. cabos Pais e Tomás e pelo soldado Silva. Cada um, à sua maneira, com as suas recordações, lembrando a sua terra e tradições de S. João. 
A dada altura, o tenente Mora acercou-se da rapaziada e saudou-nos: "Boa noite, está tudo bem? Gostaram da ideia de queimar pneus velhos, lembrando as fogueiras de S. João?".
A resposta foi do alferes Hermida, irónico: "Foi boa ideia, charlie-hotel-india-charlie-óscar!!!... Boa noite, meu Tenente!!!», disse o jovem oficial miliciano.
O tenente Mora voltou-se, já ia de costas, e começa a soletrar: «Charlie-hotel-india-charlie-óscar!!!  CHICO!!!», descobriu ele, assim se achando chamado.
Pouco conformado, como nos pareceu evidnete, porém aceitou a provocação com um sorriso! Fora do normal, mas um sorriso! Acabou por se ir embora e, entre nós, a gargalhada foi geral. Jamais vou esquecer esta passagem.
RODOLFO TOMÁS

1 719 - O alferes Rodrigues de Santa Isabel...

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Augusto Rodrigues, em foto recente, 38 anos 
depois (1974/75) da jornada africana dos Cavaleiros do Norte

O Rodrigues foi nosso companheiro de Penude, na difícil jornada do curso de Operações Especiais - os Rangers!!! - o segundo de 1973. Cadete por lá, foi aspirante a oficial miliciano e mais tarde alferes miliciano da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel. 
O Rodrigues, por onde anda o Rodrigues, por onde não anda, o que é feito dele, o que faz ou não faz? Sabia-se que trabalhava na metereologia do aeroporto de Lisboa, mas, por uma razão ou outra, escapava à rede do blogue, nesta «pesca» de Cavaleiros do Norte que vai em mais de 4 anos. Mas lá o achámos, numa conversa que puxou a saudades de Lamego e a nostalgias e curiosidades que nos aproximaram por amigo comum - o Nelson Tavares, empresário na área das máquinas e ferramentas industriais, em Águeda. Mas que nada tem ver com a tropa.
O que tem  a ver - e muito, muitíssimo!!!... - é o sobredito tempo de Lamego (em Penude) e, mais tarde, o da epopeica jornada africana do Uíge. Por lá,  foi o alferes miliciano Rodrigues comandante interino da 3ª. CCAV. 8423, tal função desempenhando «de forma impecável, não se furtando nunca a diligências e a total trabalho, de modo a bem cumprir». É o que atesta o louvor proposto pelo comandante Almeida e Brito e assinado pelo brigadeiro comandante do Comando Territorial de Carmona.
O documento, publicado na Ordem de Serviço nº. 174, enfatiza «o melhor do seu saber, do seu esforço, da sua vontade e do seu bem querer", citando-o como «voluntarioso e prestável, altamente considerado por todos os que com ele trabalharam», para além de ser «possuidor de raro dom de trato humano e espírito de missão, denotando forte formação». Por isso mesmo, frisa o louvor, «sempre se constituindo em exemplo para camaradas», pelo que «bem merece ser premiada a sua carreira militar»
Era assim, o nosso alferes Rodrigues!
- RODRIGUES. Augusto Rodrigues, alferes miliciano de Operações Especiais (Rangers). Natural de Vouzela e residente em Lisboa, onde trabalhou nos serviços de meteorologia do aeroporto. Está aposentado.   
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