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Channel: CAVALEIROS DO NORTE / BCAV. 8423!
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4 990 - O BCAV. 8423 a «ganhar corpo e orgânica» interna no RC4

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O PELREC: 1º. cabo Almeida (falecido a 28/02/2009, de doença), Messejana (f. a 27/11/2009, de doença),
Neves, 1º. cabo Soares (f. am 2018,) Florêncio, Marcos, 1º. cabo Pinto, Caixarias e 1º. cabo Florindo

 (enfermeiro). Em baixo, 1º. cabo Vicente (f. a 21/01/1997), furriel Viegas, Francisco, Leal (f. a 18/06/2007, de 
doença),1ºs. cabos Oliveira (TRMS) e Hipólito, Madaleno e furriel Neto. 

Cavaleiros do PELREC. De baixo e no sentido dos ponteiros
 do relógio, Botelho (de bigode), Francisco (braços cruzados),
 Madaleno. Aurélio (a espreitar), Florêncio (de bigode), Messe-
jana e 1ºs. cabos Soares e Vicente (ambos de bigode). Atrás
 deles e de garrafa na mão, Ferreira, depois o 1º. cabo Almeida,

Leal (à frente dele), dois NN´s (canto superior direito), NN (a
olhar para a direita), NN (para a esquerda), 1ºs. cabos Silvestre 

e Almeida (ambos de bigode), Gomes e alferes Garcia

A ordem de serviço nº. 64/1974, do RC4, dá conta de várias transferências internas do Batalhão de Cavalaria 8423. 
O BCAV. ganhava corpo e orgânica, a cada dia que passava.
Um delas, a 28 de Fevereiro e para o PELREC, foi a do 1º. cabo Joaquim Figueiredo de Almeida, atirador de Cavalaria do 1º. EI e natural de Pedrogão, em Penamacor - onde, de doença, faleceu a 28 de Fevereiro de 2009.
A 1 de Março, da 3ª. CCAV. 8423, todos para o PELREC da CCS e todos atiradores de Cavalaria, foram os seguintes:
- Fernando Manuel Soares, 1º. cabo, da Cova 
Cavaleiros do PELREC: AFerreira (atrás), 1º.
 cabo Pinto (cabelo rapado), Madaleno (garrafa
na mão) e João Marcos (de copo não mão)
da Piedade. Falecido em Março/Abril de 2019, em Almada.- Ezequiel Maria Silvestre, 1º. cabo, do Laranjeiro, em Almada.
- João Augusto Rei Pinto, 1º. cabo. Morador no Alto do Moínho, em Corroios.
- Albino dos Anjos Ferreira, 1º. cabo. Morador em Casal de Cambra, em Sintra. Falecido a 23 de Janeiro de 2017.
- José Manuel de Jesus Cordeiro, 1º. cabo. Natural da Portela do Vale de Espinho e morador em Bezerra, Porto de Mós. 
- Augusto de Sousa Hipólito, 1º. cabo. Morava em Azinhaga da Flamenga, Marvila, em Lisboa. Está emigrado em França.
- Francisco José Matos Madaleno. Da Estrada do Cimeiro, em S. Francisco, agora morador na Saudade, na Covilhã.
- Francisco Alves Miranda, que não seguiria para Angola, por troca. Foi ciclista profissional e vencedor da Volta a Portugal em Bicicleta de 1980.
- Raúl Henriques Caixaria. Natural e residente em Sarge, de Torres Vedras.
- João Manuel Lopes Marcos. Natural e residente no Pego, em Abrantes.
- Francisco Fernando Maria António. De Abrançalha de Cima, freguesia de S. Vicente, concelho de Abrantes.
Cavaleiros do Norte do PELREC: Ferreira, 1º. cabo Vicente (fa-
lecido a 21/01/1997, de doença, em Vila Moreira, Alcanede) e
 Francisco (atrás, de garrafa na boca). Depois, Marcos (meio ta-
pado), furriéis Neto (bigode e braçadeira) e Monteiro (à civil),
 1º. cabo Almeida (f. 28/02/2009, em Penamacor) e NN (cortado);
 Aurélio (Barbeiro) e Leal (f. 18/06/207, de doença e em Pombal)

Da 2ª. CCAV. 8423

- Jorge Luís Domingues Vicente, 1º. cabo. Era de Vila Moreira, em Alcanede, onde faleceu, de doença cancerosa, a 21 de Janeiro de 1997.
- José Coutinho das Neves. De Rio Mouro e morador em Cabriz, concelho de Sintra.
- Virgílio J. C. Caretas. Desconhecido.
 - Carlos A. Cardoso. Julgado incapaz, não seguiu para Angola.
- Augusto Florêncio. Natural do Midaqueiro, em Santiago de Montalegre, no Sardoal.
- Dionísio Cândido Marques Baptista. Natural da Amora e agora com residência no Seixal, depois de estar emigrado na Suíça.
- Aurélio da Conceição Godinho Júnior. O Barbeiro, de Telheiro, freguesia de Pias, concelho de Ferreira do Zêzere. 
- João Manuel Pires Messejana. Natural da Augusto Machado, em Lisboa. Lá faleceu, de doença, a 27 de Novembro de 2009. Terá sido agente da PSP.


Afonso e Barbosa de Zalala, em
festa de anos no Montijo e França

O atirador de Cavalaria Afonso Figueira da Silva, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, comemora 71 anos a 9 de Março de 2020. 
Natural do Montijo, lá regressou, ao nº. 24 do Largo Gomes Freire e a 9 de Setembro de 1975, no final da comissão em Angola. Mais nada sabemos dele. Felicitamo-lo!
O soldado Júlio de Araújo Barbosa, também atirador de Cavalaria da 1ª. CCV. 8423, festeja 68 anos a 9 de Março de 2020. Regressou a Arcos de Valdevez no mesmo dia 9 de Setembro de 1975 e de lá emigrou para França. O pouco que se sabe dele é o nosso desejo de parabéns, embrulhado num abraço!

4 491 - Cavaleiros do Norte a adaptarem-se aos «combates» da cidade de Carmona!

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Grupo de Cavaleiros do Norte na fase de preparação para a comissão em Angola, aqui no Campo Militar
de Santa Margarida. Da esquerda para a direita, Farinha e Guilherme, da 1ª. CCAV. 8423, João Lino, da
 3ª. CCAV. e que faleceu há 37 anos, e NN (quem será?, alguém identifica?)
Os 1º. cabos Victor Florindo, o primeiro da esquerda (enfermeiro)
Luís Oliveira (3º.) e Jorge Salgueiro (4º.), ambos de TRMS. Quem
identifica os outros companheiros da jornada africana do Uíge?


A adaptação dos Cavaleiros do Norte à cidade de Carmona - a actual Uíge e há 45 anos... - decorreu relativamente tranquila, com novos hábitos e serviços, é verdade e até surpreendente mais exigentes, mas serenamente executados, apesar da hostilidade, indiferença e provocações de uma parte da comunidade civil.
O dia 10 de Março de há 1975, não no Uíge na capital  Luanda, foi tempo de uma manifestação de apoio à reabertura do programa «Kudi-
benguela», que tinha sido suspenso
Notícia do Diário de Lisboa
pela Emissora Oficial de Angola, «por ter feito a trans-
crição de parte do livro de Marcelo Caetano», que aludia a UNITA e o presidente Jonas Savimbi.
 O Alto Comissário (general Silva Cardoso) e os ministros Lopo do Nascimento e Rui Monteiro assistiram à manifestação da varanda do Palácio Governamental e ouviram o orador Manuel Bento «exprimir, em nome do povo, a sua discordância com algumas medidas toma-
das recentemente pelo Governo de Transição».
João Lino O. Silva

Atirador João Lino
faleceu há 35 anos!

O soldado João Lino de Oliveira Silva, soldado atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, faleceu há 37 anos, vítima de um acidente de viação etrês meses depois do casamento.
Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isabel e cumprida a jornada africana do Uíge Angolano, regressou a Casais dos Arciprestes, em Alcanhões, depois mudando-se para Torre do Bispo, S. Vicente de Paul (Santarém). Trabalhou numa empresa de PVC (a Ipetex, em Vila Chão de Ourique, no Cartaxo), e compunha o rendimento familiar na sua  oficina de reparação de motorizadas e com outros oficiais da área. 
A 10 de Março de 1983,  foi atropelado por um camião, em S. Pedro, na Portela das Padeiras e quando seguia na sua motorizada, no cruzamento de Santarém para Rio Maior. O camião passou-lhe por cima e teve morte imediata. Aqui o lembramos hoje, quando faria 66 anos! RIP!!!
Carlos Carvalho,
1º. cabo de Zalala


Carvalho de Zalala, 68
anos em S. Paio de Oleiros

O 1º. cabo Carvalho foi enfermeiro da 1ª. CAV. 8423 e commemora 68 as no dia 11 de Março de 2020.
Carlos Moreira de Carvalho foi Cavaleiro do Norte de Zalala - e Vista Aegre/Ponde do Dange, Songo e Carmona. Regressou a Portugal a 9 de Setembro de 1975, fixando-se em Feitaria, na freguesia de Bairros, concelho de Castelo de Paiva. Foi técnico de farmácia, agora aposemntado, e participante activo dos encontros dos «zalala´s», e reside em S. Paio de Oleiros, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

4 992 - Cavaleiros de Aldeia Viçosa em rotação para Carmona!

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O capitão António Oliveira, comandante da CCS, e os milicianos António Albano Cruz, Jaime Ribeiro,
António Garcia (alferes), Viegas (furriel)e Mário Simões (alferes) na sanzala Canzenza, arredores
imediatos do Quitexe. Atrás e destacada, vê-se a Igreja de Santa Maria de Deus

Aldeia Viçosa a 24 de Setembro de 2019, dia da passagem do
furriel Viegas: o quartel, à direita, a igreja e, à esquerda,
as actuais instalações da Polícia Nacional de Angola


A 2ª. CAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, concluiu a 11 de Março de 1975 a sua rotação para Carmona, onde, passou a integrar a força militar do BC12. No dia 2, já tinha rodado um seu grupo de combate, com a CCS, a do Quitexe.
Os Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa eram comandados pelo capitão miliciano José Manuel Cruz, de Esmoriz (Ovar), e que, se me lembro bem, era atleta internacional de voleibol.  É, nos dias de hoje, professor de educação física aposentado, para além ex-empresário comercial. Ali tinham chegado a 10 de Junho de 1974, directamente do Campo Militar do Grafanil - onde tinham aquartelado a 4 do mesmo mês, idos do Regimento de Cavalaria 4 (RC4), no Campo Militar de Santa Margarida, no Portugal Europeu. A subunidade do BCAV. 8423, esta de Aldeia Viçosa, teve associado o Grupo Especial 222 (GE´s). 
Os capitães José Manuel Cruz e José Paulo
 Fernandes Fernandes e o alferes João Machado,
 milicianos do BCAV. 8423

Os Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa eram comandados pelo capitão miliciano José Manuel Cruz, de Esmoriz (Ovar), e que, se me lembro bem, era atleta internacional de voleibol.  É, nos dias de hoje, professor de educação física aposentado, para além ex-empresário comercial.  Ali tinham chegado a 10 de Junho de 1974, directamente do Campo Militar do Grafanil - onde tinham aquartelado a 4 do mesmo mês, idos do Regimento de Cavalaria 4 (RC4), no Campo Militar de Santa Margarida, no Portugal Europeu. A subunidade do BCAV. 8423, esta de Aldeia Viçosa, teve associado o Grupo Especial 222 (GE´s). 
A colocação em Aldeia Viçosa fora decidida a 27 de Maio de 1974, aquando da deslocação do comandante Almeida e Brito, do capitão José Paulo Falcão (oficial adjunto) e do alferes José Leonel Hermida (oficial de operações), para, segundo o Livro da Unidade, «os primeiros contactos, os quais foram muito superficiais» e depois de reuniões de trabalho em Carmona, na Zona Militar Norte (ZMN) e no Comando do Sector do Uíge (CSU).
Os três oficiais tinham viajado de Luanda, via Negage, em meios da Força Aérea Portuguesa. Já no Quitexe, foram recebidos, nesse 27 de Maio de 1974, pelo comandante do BCAÇ. 4211, «batalhão que iria ser substituído na ZA pela nossa unidade», como relata o Livro da Unidade.
Os furriéis Pires e Rocha
das transmissões da CCS
Furriel João Dias

Capitão Oliveira e furriéis
apresentados no RC4 !

O dia 11 de Março de 1974, há precisamente 46 anos, foi o da apresentação de futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, no RC4 e em Santa Margarida.
Os seguintes:
- OLIVEIRA: António Martins de Oliveira, capitão do SGE e futuro comandante da CCS. Rodava da Escola Central de Sargentos, em Águeda, onde era professor. Morava em Ovar.
Furriel Cardoso
Furriel Rebelo
E os furriéis milicianos, rodados do BC5 e todos especialistas de transmissões:
- ROCHA: Nelson dos Remédios da Silva Rocha, natural de Vila Nova de Gaia e para a CCS, do Quitexe.
- PIRES: José dos Santos Pires, de Bragança e para a CCS, do Quitexe.
- DIAS: João Custódio Dias, de (Vila Nova de) Ourém e para a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
- REBELO: António Augusto faria Novais Rebelo, de Guimarães e para a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa.
- CARDOSO: João Augusto Martins Cardoso, de Arganil e para a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel.

4 993 - Obedecer ao lema «Perguntai ao Inimigo Quem Somos»

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Cavaleiros do Norte num momento de boa disposição quitexana. Atrás, NN ( de bigode, quem reconhece?),
 NN (meio tapado), 1º. cabo Porfírio Malheiro (camisa clara). Alberto Ferreira (boina no ombro) e 1º.
 cabo Almeida. Há, depois, frente a Malheiro, NN, alferes Jaime Ribeiro (?, tapado), 1º. cabo Teixeira,
 estofador (de boca aberta) e José Frangãos, o Cuba (de óculos e meio tapado). À frente, Mi-
guel (?, condutor), furriel Norberto Morais, alferes Cruz (de óculos) e 1º. sargento Joaquim Aires

Cavaleiros do Norte operadores-cripto em passeio «civil»:
  os 1º.s cabos Manuel Deus (da 3ª. CCAV., a da Fazenda

 Santa Isabel), Abel Felicíssimo e Ângelo Lourenço (ambos
 da 1ª. CCAV. 8423, da Fazenda Zalala)

Aos 12 dias de Março de 1974, os Cavaleiros do Norte continuavam a receber especialistas e a fomentar o espírito de grupo que o comandante Almeida e Brito tanto sublinhava.
«Ser-se da Cavalaria não é ser-se me-
lhor nem pior, é ser-se diferente. Ser-se do RC4 é obedecer ao lema «Perguntai ao Inimigo Quem Somos» (...). O soldado Português é dos melhores do mundo», lia-se na documentação que era entregue aos homens do BCAV. 8423. 
O Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, nesse dia, dava conta de mais 6 mortos em combate: dois na Guiné, um em Moçambique e três em Angola. Neste caso, todos do recrutamento local.
Uma nota da véspera, no Diário de Lisboa, dava conta da necessidade de Angola importar arroz, 2000 toneladas para «garantir o regular abastecimento em condições económicas para o consumidor». A importação iria ser assegurada pelo Instituto de Cereais de Angola, a partir dos portos de Luanda e Lobito.
O furriel José Fernando Carvalho, da 3ª. CCAV.
 8423, aqui já no Quitexe e em princípios de 1975

Especialistas no RC4
e para o BCAV. 8423

O Campo Militar de Santa Margarida e em particular o Regimento de Cavalaria nº. 4 (RC4) e especialmente o Destacamento (deste) onde se aquartelava o BCAV. 8423, continuava a receber, por apresentação e «por irem servir no ultramar», mais militares especialistas. Especialistas que se juntavam a outros, já entretanto chegados: os enfermeiros, os rádio-telegrafistas, os operadores de mensagens e os operadores-cripto, rádio-montadores, condutores, escriturários e cozinheiros, padeiros, sapadores de infantaria e analistas de águas, mecânicos-auto, operadores de combustíveis, bate-chapas e electricistas, mecânicos electricistas e mecânicos de armamento ligeiro, apontadores de morteiros de várias distâncias, carpinteiros, clarins, de tudo um pouco..., para, na frente de combate, minimamente se estabelecerem as bases mínimas de segurança manutenção do dia-a-dia). E também aos atiradores de Cavalaria que lá tinham feito a Escola de Recrutas, já com os quadros milicianos mobilizados - os futuros alferes (aspirantes a oficiais milicianos) e furriéis (1ºs. cabos milicianos), na instrução militar ministrada entre 8 de Janeiro e 22 de Fevereiro desse ano de 1974.
Os especialistas que se apresentaram no RC4 e para as respectivas companhias, ampliando e solidificando o corpo do batalhão, há precisamente 43 anos e no dia 12 de Março de 1974, uma terça-feira, foram os seguintes:
1º. cabo C. Mendes

CCS, a Companhia
do Quitexe

- Carlos Alberto de Jesus Mendes, 1º. cabo mecânico electricista, transferido do Grupo de Companhias de Trem Automóvel (GCTA), em Lisboa. Natural da freguesia de Santa Isabel, em Lisboa. Morava na rua Presidente Arriaga e faleceu a 21 de Abril de 2010, em Lisboa (nos Prazeres), vítima de doença. RIP!

- 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala
Carlos Costa

- Carlos Alberto dos Santos Costa, soldado de transmissões de infantaria, transferido do Regimento de Infantaria nº. 1 (RI 1), em Queluz. Ao tempo do regresso a Portugal, morava na Avenida 24 de Julho, freguesia de Santos, em Lisboa.

2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa

- Joaquim António Almeida Martins (ou Rodrigues), soldado de transmissões de infantaria, transferido do Regimento de Infantaria nº. 1 (RI 1), em Queluz
- Carlos Alberto de Abreu Costa, soldado da transmissões, transferido do Regimento de Artilharia Ligeira nº. 1 (RAL 1), em Lisboa
- Joaquim S. Santos, soldado, transferido do transferido do Regimento de Artilharia Ligeira nº. 1 (RAL 1), em Lisboa. Destino desconhecido.
1º. cabo M. Deus

3º. CAV. 8423, a de Santa Isabel

- Abílio Pimenta Gonçalves, 1º. cabo operador-cripto, transferido do Batalhão de Reconhecimento de Transmissões (BRT), na Ajuda, em Lisboa. Natural do lugar de Costa, em Cucujães, concelho de Oliveira de Azeméis.
- Manuel Ramos Deus, 1º. cabo operador-cripto, também transferido do BRT. Ao tempo do regresso a Portugal, morava na Rua do Cardal da Graça, em Lisboa.

4 994 - A Polícia Militar na uíjana capital Carmona de há 45 anos!

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Um bem animado grupo de Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e no Quitexe de 1974, 
todos furriéis milicianos: Bento, Rocha, Viegas, Flora, Lopes (enfermeiro), Capitão
 e Ribeiro (atrás), Carvalho, Belo, Lopes (Grenha) e Reino
A Estrada do Café na saída de Carmona (actual Uige)
para o Quitexe, imediatamente depois da rotunda. Imagem
de 25 de Setembro de 1974


Os Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 rodaram para Carmona a 12 de Março de 1945, o que, segundo o livro «História da Unidade» levou à «necessidade de promulgação de novas NEP, ou alteração das mesmas».
A situação na cidade capital do Uíge, por esse tempo de há 45 anos, e actualmente assim denominada, levou de resto e por esse tempo de há 45 anos, «à necessidade de execução de um serviço de PM nas ruas da cidade».
O objectivo era «garantir a melhor apresentação do pessoal militar», sobretudo, acentua(va) o HdU, «com vista a procurar, através deste meio, prever a resolução das muitas quezílias existentes entre a população civil e as NT, devido à animosidade que aquela tem a estas». Que era, na verdade, notória e sensível, vá lá saber-se porquê!
O Neto e o Viegas (que se aprestava a entrar de férias), ambos da CCS, e o Guedes (da 2ª. CCAV. 8423) fomos alguns dos furriéis milicianos (não me lembro dos outros) que foram chamados a executar a tarefa e para ela recebemos instruções directas do capitão José Paulo Falcão e, creio, até do comandante Almeida e Brito. 
A saida de Carmona para o Negage
a 25 de Setembro de 2019

Revolução em Lisboa
e política em Angola

Ao tempo, e a Carmona, continuavam a chegar notícias da intentona de 11 de Março, mas a elas pouca importância dava a guarnição, muito mais interessada no seu dia-a-dia que preocupada com as labaredas (contra)revolucionárias de Lisboa. 
A 3ª. CCAV. 8423, a do capitão José Paulo Fernandes, continuava no Quitexe, ali mantendo a soberania portuguesa - enquanto as delegações dos movimentos/partidos procuravam sensibilizar a população para os seus programas políticos. O mesmo acontecia em Vista Alegre e Ponte do Dange, onde o capitão Davide Castro Dias liderava a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala. 
Carmona e o BC 12 aquartelavam a CCS (do capitão SGE António Martins de Oliveira) e a 2ª. CCAV. 8423 (do capitão José Manuel Cruz.
Os 1ºs. cabos J. Estrela e A. Medeiros
O 1º. cabo J. Pires


Apresentações no RC4
de mais especialistas

O dia 13 de Março de 1974 foi o de apresentação de mais especialistas do BCAV. 8423, no RC4, em Santa Margarida e para a CCS.
- Operadores-cripto: 1º. cabos João Francisco Lavadinho Estrela (morador na Amadora) e António Carlos Fernandes de Medeiros (que faleceu, de doença, a 10 de Abril de 2003, no Porto).
- Parque-auto: 1ºs cabos Domingos Augusto Teixeira (estofador, no Porto), Carlos Alberto de Jesus Mendes (electricista, que faleceu a 21 de Abril de 2010, de doença e em Lisboa) e ) e Carlos Alberto Serra Mendes (bate-chapas, em Abrantes) e o soldado José Domingos da Encarnação Guerreiro. 
- Sapadores: 1ºs. cabos Gabriel Alves Mendes (da Covilhã), José Adriano Nunes Louro (falecido a 23 de Julho de 2008, em Tomar) e Albino Jorge de Oliveira Pires (emigrado nos Estados Unidos).
Os furriéis milicianos
Viegas e Miguel Santos

Miguel, furriel «pára»
69 anos em Setúbal !

O furriel miliciano paraquedista Miguel festeja 69 anos a 13 de Março de 2020.
Miguel Peres dos Santos, de seu nome completo, integrou a CCS do BCAV. 8423 durante vários meses, tendo sido um dos «assistentes» dos Grupos Especiais (GE). Regressou a Portugal em data desconhecida, depois de rodar dos Cavaleiros do Norte para Luanda.
Sabemos que mora em Setúbal e trabalhou na área da construção civil. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!

4 995 - Há 59 anos: «centenas de portugueses e milhares de angolanos mortos» no Quitexe

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Quitexe. A capela (igreja) da Mãe de Deus, onde pastoreava o padre Albino 
Capela - da Missão local. Repare-se nas placas da frontaria,  com 
os nomes dos mortos da tragédia de 15 de Março de 1961
A Igreja da Mãe de Deus do Quitexe,
ao fundo. Indicada pela seta amarela, a casa que
 foi o comando do BCAV. 8423, os Cavaleiros do Norte

 O Quitexe, há 59 anos, foi cenário de brutal da primeira intervenção (revolta) da União dos Povos de Angola (UPA), a futura Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), de Holden Roberto. 
O trágico «saldo» humano foi de «centenas de portugueses e milhares de angolanos mortos», como recordam João Nogueira Garcia e António Manuel Pereira Guerra, no texto «HÁ 50 ANOS – QUITEXE, A VILA MÁRTIR» - de que nos socorremos.
A guerra prolongar-se-ia por 13 longos anos, até 1974 e já no tempo da comissão do Batalhão de Cavalaria 8423 (os Cavaleiros do Norte) e «continuaria de outra forma, até ao novo milénio»
A zona do Quitexe, há 59 anos, «foi das primeiras a ser confrontada com este cortejo de desgraças» e os autores descrevem «as situações dramáticas que viveram e episódios que ajudam a compreender os caminhos que levaram àquela tragédia imensa». 
Capa do livro de João Nogueira
Garcia, sobre o 15 de Março de 1961
 no Quitexe
«São textos fundamentais para a compreensão do conflito, escritos de forma impressiva, a que não ficamos indiferentes, devido à magnitude do drama humano e social então vivido, à sinceridade que se pressente no que os autores nos dizem e à forma simples, viva e directa como estão escritos», refere João Garcia, filho de João Nogueira Garcia, o autor do livro «Quitexe, uma tragédia anunciada - O velho Cazenza e outras histórias».
O blogue Cavaleiros do Norte / Quitexe, hoje, dá a palavra, por inteiro, ao texto dos dois autores, que faz memória da tragédia que há precisamente 59 anos enlutou o Quitexe e o fez a vila-mártir onde, 13 anos depois, começámos a nossa jornada africana do Uíge angolano.
Ver AQUI
   
António Lago
Lago de Zalala, 69
anos em Lisboa !

O rádio-telegrafista António Henriques Nunes Lago, da 1ª. CCAV. 8423, festeja 69 anos a 14 de Março de 2020.
Cavaleiro do Norte da Fazenda de Zalala e ao tempo morador na Pontinha, em Odivelas, então do município de Loures, lá regressou a 9 de Setembro de 1975 - quando terminou a sua jornada africana do norte de Angola. Profissionalmente, trabalhou na arte de  joalharia e mora em Lisboa, para onde «telegrafamos» o nosso abraço de parabéns.
O capitão Castro Dias
e Mário Amaro


Amaro de Zalala, 68
anos no Fundão !

O Mário Manuel  das Neves Amaro, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, festeja 68 anos a 14 de Março de 2020.
Cavaleiro do Norte especialista como atirador de Cavalaria, voltou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se na seu natal terra de Monte do Bispo, da freguesia de Caria, no município de Belmonte. A vida «levou-o» mais para sul do país, uns 30 quilómetros abaixo, morando agora no Fundão - para onde vai o nosso abraço de parabéns!


Rodrigues de Santa Isabel,
68 anos em  Braga !

O 1º. cabo Rodrigues, cozinheiro da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, festeja 60 anos a 14 de Março de 2020 e em Braga.
José Barbosa Rodrigues é das Quintas de Vila Verde, na freguesia de Travassós, do município de Vila Verde. Foi lá que chegou a 11 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do Uíge angolano. Mora agora em Braga, na Costa Gomes, para onde «mandamos o nosso abraço de parabéns!

4 996 - Inspecção operacional e rotações no BCAV. 8423!

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O PELREC da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. De pé, 1º. cabo Almeida, Messejana, Neves, 
1º. cabo Soares, Florêncio, António (?) Marcos,1º. cabo Pinto, Caixarias e 1º. cabo Florindo (enfermeiro).
Em baixo, 1º. cabo Vicente, furriel Viegas, Francisco, Leal, 1ºs. cabos Oliveira (TRMS) e Hipólito,
Aurélio (Barbeiro), Madaleno e furriel Neto
Cavaleiros do Norte do PELREC, todos atiradores de Cava-
laria e há 46 anos transferidos da 3ª. CCAV. 8423: 1º. cabo

 João Pinto, Francisco Madaleno e João Marcos. Atrás
 e à esquerda, o Carlos Ferreira

O dia 15 de Março de 1974, há 46 anos, foi tempo de o BCAV. 8423 «receber a primeira inspecção da Instrução Operacional», no caso, pelo coronel tirocinado Lobato Faria.
Os futuros Cavaleiros do Norte estavam aquartelados no Destacamento do RC4 e a preparar-se para a jornada africana de Angola - que, e ainda não o sabiam, ia ser vivida por terras do Uíje.
A Ordem de Serviço nº. 61 do RC4, do mesmo dia, entretanto, publicava «a relação dos soldados que foram transferidos da 3ª. CCAV.» para outras companhias do BCAV. 8423 - a CCS, a 1ª. CCAV. 8423 e a 2ª. CCAV. 8423.
A transferência ocorrera já no dia 1 de Março e os futuros Cavaleiros do Norte rodados, todos atiradores de Cavalaria de especialidade,  foram os seguintes, para as seguintes companhias:
Os 1ºs. cabos Cordeiro e Sil-
vestre, atrás, soldado Go-
mes e alferes Farcia
Francisco Miranda

CCS e PELREC,
a do Quitexe

- Fernando Manuel Soares, futuro 1º. cabo. Morava na Cova da Piedade e depois no Laranjeiro, em Almada. Faleceu em Março/Abril de 2019.
- João Augusto Rei Pinto, futuro 1º. cabo. Morava na Quinta de Nossa Senhora de Fátima, no Alto do Moinho, na
Marcos e Caixaria
Amora, concelho do Seixal. 
- Ezequiel Maria Silvestre, futuro 1º. cabo. É de Cercal do
Alentejo e reside no Laranjeiro, em Almada.
- Augusto de Sousa Hipólito, futuro 1º. cabo. É transmontano de Vinhais e morava na Azinheira da Flamenga, em Marvilha (Lisboa). Está emigrado em França (em Reims).
- Albino dos Anjos Ferreira, futuro 1º. cabo. Natural do Cardal, em Ferreira do Zêzere, faleceu a 23 de Janeiro de 2017, de doença e em Almargem do Bispo, concelho de Sintra.
- José Manuel de Jesus Cordeiro, futuro 1º. cabo. É da Portela do Vale de Espinho, freguesia de Arrimala, e mora em Bezerra,  Porto de Mós. 
- Francisco José Matos Madaleno. Morava na Estrada do Cimeiro, freguesia de S. Francisco, e reside agora na Covilhã.
- Francisco Alves Miranda. Não seguiu para Angola, tendo sido «substituído» por Armando Domingos Gomes (foto). Foi ciclista profissional e, entre outras vitórias, ganhou a Volta da Portugal em Bicicleta de 1980, ao serviço do Lousa.
- Raúl Henriques Caixaria. É de Sarge, em Torres Vedras, onde vive.
Albino Ferreira,
1º. cabo do PELREC,
faleceu a 23/01/2017
- João Manuel Lopes Marcos. É e reside no Pego, em Abrantes.
- Francisco Fernando Maria António. É de Abrançalha de Cima, freguesia de S. Vicente, concelho de Abrantes.

1ª. CCAV. 8423, 
a de Zalala !

- Almiro Brasil dos Reis Maciel. É açoriano da ilha de S. Jorge e está emigrado no Canadá.
- Carlos Alberto Lopes Fernandes Mendes. É de Quartos, 
Almiro Brasil
freguesia de Álvaro, concelho de Oleiros.
- Carlos Augusto Farinha. É de Várzea de Cavaleiros, concelho da Sertã. Vive e trabalha em Setúbal, na área da construção civil.
- Domingos Maria Guilherme. É de Aramanha, da Várzea, em Santarém, onde reside e é funcionário da Junta de Freguesia. 

2ª. CCAV, 8423, a
de Aldeia Viçosa !

- José Gonçalves Vargas. É natural do lugar de Cabos, freguesia de Fráguas, no concelho de Rio Maior. Lá regressou a 10 de Setembro de 1975 e supomos que lá viverá.
- Luciano M. B. Serrasqueira. Não seguiu para Angola e desconhecemos a razão e o seu destino.
Rodrigo Manteigas

Manteigas de Zalala, 68
anos em Idanha-a-Nova!

O 1º. cabo Rodrigo António do Carmo Manteigas, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, festeja 68 anos a 15 de Março de 2020.
Clarim dos Cavaleiros do Norte e chegou mais tarde a Angola, em Julho de 1974, e voltou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, a Salvaterra do Estremo, em Idanha-a-Nova. 
Profissionalmente, fez carreira na GNR e, já aposentado, mora na sua terra natal, para onde vai o nosso abraço de parabéns!


4 997 - Insígnias e meias especialistas para os Cavaleiros do BCAV. 8423

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Cavaleiros do Norte do parque-auto a CCS do BCAV. 8423, destacando-se, a amarelo o 1º. sargento Joaquim
 Aires e, todos milicianos, o alferes António Albano Cruz (de branco), o 1º. cabo José Frangãos, 
o Cuba (que seapresentou no RC4 há 45 anos) e o furriel Norberto Morais 
Cavaleiros do Norte com insígnias de educa-
ção física, 16 valores, há 45 anos: João Mar-
cos e Raúl Caixaria, ambos do PELREC
Rafael Farinha, 1º.
cabo mecânico

O BCAV. 8423, há precisamente 46 anos, continuava no Destacamento do RC4, em Santa Margarida, e a receber mais especialistas para a jornada africana de Angola.
A Ordem de Serviço nº. 61, do RC4 e de 16 de Março de 1974, publicou a «relação dos soldados que tem direito às insígnias de educação física», todos do Batalhão de Cavalaria 8423.
As insígnias, de que não nos lembramos, significariam algo de suficientemente importante e os galardoados, todos atiradores de Cavalaria, foram os seguintes, das seguintes companhias: 
CCS, a do Quitexe e ambos do PELREC: João Manuel Lopes Marcos (com 16 valores), natural e residente no Pego, em Abrantes; e Raul Henriques Caixaria (16), natural e residente em Sarge, no concelho de Torres Vedras.
- 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala: José J. P. Murraças, da 1ª. CCAV. 8423 (18 valo-
res), que não terá ido para Angola; e Franklin S. Ribeiro (16), idem. 
- 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel: José Valdemar Guinote Mendes Antunes (18 valores). É de Beco dos Abraços, no Pragal, em Almada; José António dos Santos Neves, 1º. cabo (16), da freguesia de Socorro, em Lisboa; António Carvalho Moi-

ta (17), do Campo de Santa Clara, também de Lisboa; António Manuel da Silva Matias (16) e Jaime F. Reis (17). 
A Ordem de Serviço nº. 60/74
 do BCAV. 8423, com as
apresentações de vários
mecânicos-auto 

Especialistas «auto»
para o BCAV. 8423 

Os especialistas da área da mecânica chegaram ao RC4 e ao BCAV. 8423 a 1 de Março de 1974, segundo a OS nº. 60, de 13 do mesmo mês.
Todos rodavam da Escola Prática de Serviço de Material (EPSM), em Sacavém, e foram
os seguintes, para as Companhias indicadas:
Dorindo Santos
1º. cabo de Zalala
- CCS, a do Quitexe: José das Dores Caeiro dos Frangãos, o Cuba, 1º. cabo mecânico-auto, natural e residente em Cuba (Alentejo); e Rafael Serra Farinha, 1º. cabo mecânico-auto, da Serra da Luz, em Odivelas.
- 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala: Dorindo Santos, 1º. cabo mecânico-auto. Natural e residente em Ílhavo; António Filipe Louro Lucas, soldado mecânico-auto. Natural de Cardosas, em Arruda dos Vinhos, mora em Castanheira do Ribatejo; e Justino da Silva Azevedo, soldado mecânico-auto, de Farilhe, freguesia
João Teodósio
em 2018/19
de Canidelo, em Vila do Conde.
- 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa: João Francisco Ribas Teodósio, 1º. cabo mecânico-auto. É natural e residente em Almeirim.
- 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel: José Maria da Costa Carrilho, 1º. cabo mecânico-auto. É de S. João Baptista, em Camo Maior.
José Carrilho,
1º. cabo de SI

Tomaz de Santa Isabel
faria hoje 68 anos !

O soldado António Francisco Tomaz, dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, faria hoje 68 anos, mas faleceu em 1983.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e natural de Termas do Vimeiro, da freguesia de A-dos-Cunhados, no concelho de Torres Vedras, e lá voltou a 11 de Setembro de 1975. Sabemos que faleceu a 1 de Janeiro de 1983, aos 32 anos. Hoje o recordamos com saudade. RIP!
Cozinheiro Baião da CCS, 68
anos em Ermidas de Mira !

O soldado Antero Lourenço Baião, que foi da CCS do BCAV. 8423, festeja 68 anos a 16 de Março de 2020.
Cozinheiro de especialidade, é natural de Ermidas de Mira, em Mira, e foi desmobilizado em Novembro de 1974, por razões doença - tendo regressado a Portugal e à sua natal terra de Mira.
Mora nas Ermidas e diz-nos o Albino Marques Dias, soldado sapadpr que é de Oliveira de Azeméis e também foi evacuado, que está de boa saúde. O nosso abraço de parabéns!

4 998 - A 1ª. CCAÇ. 4911 e a CCAÇ. 4741/74 nos Cavaleiros do Norte

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Cavaleiros do Norte das Transmissões da CCS, no Quitexe. De pé, 1º. cabo José Mendes, furriel José
Pires, 1º. cabo Luís Oliveira e José Costa. Em baixo, Felicísimo (?), Humberto Zambujo (que se 

apresentou há 46 anos) e o 1º. cabo Jorge Raposo. Na parada e em frente às oficinas e casernas
Os furriéis milicianos José Augusto Monteiro e João
 Domingos Peixoto (à civil), na messe de sargentos da
 CCS, no Bairro Montanha Pinto, em Carmona

A mudança do dispositivo militar da Região Militar de Angola (RMA) e, em particular, da área da Zona Militar Norte (ZMN),  implicou que, a 17 de Março de 1975, a CCAÇ. 4741/74, aquartelada no Negage, e a 1ª. CCAÇ. do BCAÇ. 4911, em Sanza Pombo, passassem «a depender operacionalmente» do BCAV. 8423.
A CCAÇ. 4741/74 foi formada nos Açores e dela era o furriel João Domingos Faria Taveira de Peixoto, mais tarde transferido para a CCS do BCAV. 8423. 
O 1º. cabo Victor Cunha, enfermeiro, e o furriel miliciano
Fernando Mota Viana num momento musical da fazenda
de Zalala, a da 1ª. CCAV. 8423
Ainda rodaria para Cabinda e fez carreira profissional como professor do ensino secundário, agora aposentado e morador em Braga.
A 1ª. CCAÇ. 4911, aquartelada em Sanza Pombo e por sua vez, foi a unidade para onde foi transferido o furriel miliciano Fernando Manuel Mota Viana, atirador de Cavalaria, em Outubro de 1974. Era nosso companheiro da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Zalala. Trabalhou na área gráfica, desenho e orçamentação e, já aposentado, reside em Gualtar (Braga).
Um ano antes, segundo a Ordem de Serviço nº. 61, de 19 de Março de 1974 (do RC4), foram transferidos vários rádio-telegrafistas «nomeados para servir no ultramar e no BCAV. 8423» e nas respectivas companhias. As seguintes:
Zambujo em 1974


CCS, a do Comando,
no Quitexe

- Arménio Augusto Vinhais, 1º. cabo. Não consta da lista de embarque para Angola.
- Humberto Mora Zambujo, soldado. Natural e residente em Sines. É empresário do sector de recursos humanos.
A. Lago (em cima)
e 1º. cabo Hélio Cunha
- João Orlando Machado da Silva, soldado. Natural da freguesia de S. João, em Lisboa.

1ª. CCAV, 8423, 
a de Zalala

- Hélio Rocha da Cunha, 1º. cabo. Natural do lugar de Mampuros, freguesia de Mamouros, em Castro Daire.
- Jorge Manuel da Silva, 1º. cabo. Do lugar do Corvo, freguesia de Carquere, em Resende.
- Fernando Jesus da Costa Coelho, soldado. natural de Campanhã, na cidade do Porto.
- António Henriques Nunes Lago, soldado. Natural da Pontinha, em Odivelas.


O 1º. cabo José
Maria Beato
2ª. CCAV. 8423, a
 de Aldeia Viçosa

- Jorge S. Martins, 1º. cabo. Não consta da lista de embarque.
- José Maria Pedrosa de Pinho Beato, 1º. cabo. Então residente na Cedofeita, Porto. Agora, em Valongo.
- João Carlos Santana Palongo, soldado. Natural e residente em S. Sebastião, em Setúbal.
- Domingos Maciel de Faria, soldado. Natural de Durães, 
José O. Novo
freguesia concelho de Barcelos. Esta(rá) emigrado na Venezuela.

3ª. CCAV. 8423, a 
de Santa Isabel

- António João Malhado Rodrigues, 1º. cabo. Natural da freguesia de S. Pedro, em Elvas.
- Aníbal Amadeu Rocha dos Santos, 1º. cabo. Natural da freguesia do Lumiar, em Lisboa.
- Jerónimo Maria Rafael Soares, soldado. Então residente em Massamá, Sintra.
- José de Oliveira Novo, soldado. Natural de Vale Riço, lugar da freguesia de Souto, no concelho de Santa Maria da Feira. 
Silva, o Pigbó, 1º. ca-
bo enfermeiro de Zalala

Pig-Bó e Palongo 
em festas de anos!

O dia 17 de Abril de 2020 é data de festa de anos de dois Cavaleiros do Norte: Silva (Pig-Bó) e Palongo.
António Augusto Alves da Silva, o popularizado Pig-Bó, foi 1º. cabo enfermeiro da 1ª. CCAV. 8423, a de ZalalaNatural e residente em S. Pedro da Cova, esteve
João Palongo
da 2ª. CCAV. 8423
ainda em Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, está agora reformado e hoje comemora 69 anos! A especialização em enfermagem era longa e os militares de incorporações mais antigas.
João Carlos Santana Palongo foi soldado rádio-telegrafista da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e, depois, de Carmona. Vive na sua Setúbal natal e de sempre, festejará os 68 anos.
Parabéns para ambos!!
- «O furriel Peixoto». - Ver AQUI

4 999 - Cavaleiros do Norte com «todo o pessoal» em licença de normas

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a
Cavaleiros do Norte do PELREC: 1º. cabo Hipólito, furriel Monteiro (à civil), 1ºs. cabos Almeida (fale-
 cido a 28/02/2009, em Penamacor) e Vicente (f. a 21/01/1997, em Vale Moreira, Alcanede). Em baixo, al-
feres Garcia (f. a 01/11/1979, de acidente, era de Carrazeda de Ansiães), Manuel Leal da Silva (f. a 18/06/
/2007,  de doença súbita e em Pombal, que se apresentou há 46 anos), furriel Neto e Aurélio (Barbeiro)
Alberto Ferreira, à esquerda, que se apresentou há 46 anos,
 1º. cabo João Pinto, Francisco Madaleno e João Marcos,
todos eles atiradores de Cavalaria do PELREC

Os futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 entraram na chamada «licença de normas» a 18 de Março de 1974, uma segunda-feira de há precisamente 46 anos.
A licença, a «todo o pessoal» mobilizado era de 10 dias e concedida imediatamente antes do embarque para o ultramar - embora, na altura, não soubéssemos ainda a data da partida,
O 1º. cabo José Almeida (cozinheiro), Carlos Lajes, que se
 apresentou há 46 anos, e furriel António Flora. Em baixo,
os furriéis Luís Costa, Armindo Reino e José Carvalho
que, de resto, viria a ser
marcada e adiada. 
A licença era de 10 dias mas, seria até 28,  recorda o livro «História da Unidade», «acabou por por ser aumentada, de tal modo que só a 22 de Abril de voltou a reencontrar todo o pessoal do Batalhão, para dar efectivação à instrução operacional». E de novo interrompida, na quinta-feira seguinte, devido ao movimento do 25 de Abril, de tal modo que só a 2 de Maio se decidiu nova data - agora entre 3 e 10 de Maio.
As duas primeiras semanas do mês de Março de há 43 anos foram de grande actividade do BCAV. 8423, sucedendo-se apresentações em Santa Margarida. 
A Ordem de Serviço nº. 60, do dia 13 desse mês, deu conta de mais transferências entre sub-unidades - reportadas ao dia 1. Também estas, de soldados atiradores de Cavalaria e para as respectivas companhias:
Victor Francisco
em 1974/1975

CCS, a do Comando,
no Quitexe

- Carlos Alberto Aguiar Lages, do Pátio da Bica, em Lisboa. Era o impedido do bar e messe de sargentos do Quitexe.
- Victor José Ferreira Francisco, de Outeirinhos, da freguesia e município da Marinha Grande.
- Alberto dos Santos Ferreira, da Sobreda da Caparica, freguesia do Monte da Caparica,  município de Almada.
- Manuel Leal da Silva, de Caixaria, freguesia do Carriço, concelho do Pombal. Faleceu de doença súbita e em casa, a 8 de Junho de 2007.
- António C. L. Pires não consta da lista de embarque, nem dele nos lembramos.
Joaquim Verde da
2ª. CCAV. 8423
Adelino Santos

2ª. CCAV. 8433, a
de Aldeia Viçosa

- Manuel Pereira de Oliveira, natural e então residente o lugar de Aparícios, freguesia de Santa Eufêmia, concelho de Leiria.
- Joaquim Henrique Ferreira Pereira Verde, de Casal da Cortiça, freguesia de Barreira, também em Leiria.
- Adelino Vieira dos Santos, de Fontes, freguesia de Cortes, e mora na Caranguejeira, em Leiria.
- Vidal Pereira Chagas, do Bairro 25 de Abril, em Setúbal. Falecido em 2014.
- Guilhermino Domingues da Mota, do Outeiro de Raínha, Vermoil, em Pombal.
- Carlos Alberto Machado André, natural de Chamboeiros, freguesia de S. João das Lampas, concelho de Loures.

Jorge Grácio, o Spí-
nola, falecido a 2 de 
Julho de 1975, em 
Angola e de aci-
dente de mota 

3ª. CCAV. 8423, a
de Santa Isabel

- Francisco Raúl de Sousa Costa Ferreira, de A-da-Beja, em Belas, concelho de Sintra.
- Raúl Rosa da Graça, da Mousinho da Silveira, no Barreiro.
- Diamantino Rodrigues Tobias, de Pernalhas, nos Parceiros, em Leiria.
- Jorge Custódio Grácio, conhecido por Spínola, natural de Casal de Raposas,  em Vieira de Leiria, na Marinha Grande, onde está sepultado. Faleceu a 2 de Julho de 1975, em Angola e vítima de acidente de viação (de motorizada). 
Ernesto Simões, ati-
rador da 3ª. BCAV. 
- Armando Moreira de Carvalho, natural do lugar de Texugueira, freguesia de Milagres, concelho de Leiria.
- Joaquim dos Santos, do lugar de Famalicão, em Cortes, Leiria.
- Carlos Alberto Jesus dos Santos, de Fernão Ferro, no Seixal.
- Albertino Moreira Duarte, do lugar do Pilado,  Marinha Grande.
- Bernardino Fernando Carlos Alcobia, da Quinta do Bacalhau, freguesia de Santa Engrácia, em Lisboa.
- Ernesto Dias Simões, do Casal de João Bom, em Torres, freguesia do Vale Todos, em Ansião.
- Joaquim R. Noivo: não consta a lista de embarque para Angola.
- José Maria Luís, do lugar de Melriça, em S. Tiago da Guarda, Ansião.
- Manuel Cordeiro Pedroso, do Casal do Arqueiro, na Batalha.
- Elvino Corado Romão: em situação desconhecida.

5 000 - O momento 5 000 do blog «Cavaleiros do Norte» do BCAV. 8423!

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O post de hoje tem o número 5000! O blogue «Cavaleiros do Norte» por 5 000 vezes aqui fez memória
da histórica jornada africana dos Batalhão de Cavalaria 8423 por terras do norte uíjano de Angola: por
Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa e Santa Isabel, Santa Isabel, Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona
 
Ao lado, a primeira de 6 páginas do jornal
«Sol» e do seu suplemento «B.I.» sobre a
viagem do blog a terras dos Cavaleiros do
Norte do BCAV. 8423. Em cima, a sexta
spágina, vendo-se o que resta do edifício
do Comando e a Igreja do Quitexe. Na
foto de baixo, a avenida e a secretaria
e messe de oficiais


post 5000 do blogue Cavaleiros do Norte, que desde 9 de Abril de 2009 por aqui vem fazendo memória(s) da histórica comissão de todos os militares do Batalhão de Cavalaria 8423!
A tarefa tem sido assumida com gosto, com prazer e honra, mas também com sacrifício, compensado com os milhares de mensagens escritas, telefónicas e pessoais que, ao longo destes anos, nos tem incentivado. E a colaboração desprendida que temos recebido, a ajudar este «almanaque» diário de histórias que são a memória dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 que, entre 1974 e 1975, a Angola foram participar, activamente e desprendidamente, com coragem e risco de vida, na construção de um País novo.
Também num tempo, o descolonizadr, de uma guerra sangrenta, entre irmãos que combatiam pela independência.
O furriel Viegas e o engº. Eugénio Silva, um dos
refugiados do BC12 nos dramáticos e sangrentos
 dias da primeira semana de Junho de 1975

Cavaleiros do Norte
voltaram a Angola !

O momento mais alto destes 5000 momentos, entre outros, que por aqui historiaram os dias de Angola dos Cavaleiro do Norte foi o do nosso regresso aos chãos de Luanda e do norte uíjano, onde fomos em Setembro e Outubro de 2019.
O da chegada, por exemplo, quando fui surpreendido por um dos milhares de angolanos de Carmona que, na trágica primeira semana do Junho de 1975, foram refugiados no BC12, salvando-se da matança que foram os dramáticos os combates de sangue que regaram a cidade de sangue e de mortes.
O engº. Eugénio Silva, ao tempo jovem estudante de Carmona, teve a gentileza de nos surpreender no aeroporto, recebendo-nos com forte abraço e viva memória daqueles dias de Carmona, no blog fazendo o corpo dos Cavaleiros do Norte: «Salvaram-nos a vida!».
Foi um momento emotivo, várias vezes repetido, que nos fez tremer e recuar a essses trágicos dias carmonianos do Uíge! 
Os furriéis Viegas e Mosteias no varandim
da Casa dos Furriéis do Quitexe

Os Cavaleiros do Norte
na diáspora portuguesa!

O «redescobrir» de antigos companheiros da jornada angola, espalhados pelo Portugal de hoje e pela diáspora dos tempos modernos: nos Estados Unidos e Canadá, Brasil, Venezuela, Espanha, França, Suíça, Andorra, Luxemburgo, Alemanha, Suécia, Áustria, Itália e Alemanha, Marrocos, Senegal, Guiné-Bissau, Moçambique e... Angola, de Macau e da longínqua Austrália, de Macau, até da China!
Neste momento, não posso esquecer, não quero deixar de lembrar os companheiros da nossa jornada africana do norte de Angola que já partiram, desde o comandante Almeida e Brito ao mais modesto Cavaleiro do Norte! No inesquecível Mosteias, faço memória evocativa de todos eles - generosos, bravos e garbosos de uma missão que nos orgulha e nos fez angolanos!
Chegámos, hoje, aos 5000 momentos postados em blogue, sobre a história e as estórias do Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. 
Um dia, pararemos, pousando sobre as memórias que aqui vão ficando para o futuro!
Carlos Ferreira
1º. cabo de Zalala
 
Ferreira, 1º. cabo de Zalala,
67 anos em Moçambique !

O 1º. cabo Carlos Ferreira, Cavaleiro do Norte de Zalala, festeja 68 anos a 19 de Março de 2020.
Carlos Alberto Pereira Tavares Ferreira especialista de mecânica de armamento ligeiro da 1ª. CCAV. 8423, é natural de Albergaria-a-Velha e lá regressou, semanas depois dos «zalala´s», enveredando pela política revolucionária do tempo.
Actualmente, mora em Maputo, a antiga Lourenço Marques, capital de Moçambique, onde é empresário do sector de sistemas de segurança. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!



5 001 - Cavaleiros do Norte:Tenham orgulho no que fomos e no que seremos até ao fim!»

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Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423: os milicianos furriel José Fernando Melo, alferes Jorge Capela
e João Machado, comandante Almeida e Brito, comandante do Batalhão, e capitão miliciano José
Manuel Cruz, comandante da 2ª. CCAV. 8423. No Natal de 1974, em Angola 
Cavaleiros do Norte em Carmona, todos milicianos: o
alferes Pedrosa de Oliveira e os furriéis Manuel Machado,
José Lino, Nelson Rocha e António José Cruz

O país, o mundo, as grandes cidades, as grandes metrópoles, as pequenas aldeias rurais, os grandes e pequenos bairros onde se acaseiram as famílias, todos se atormentam e amedrontam com os efeitos letais do COVID 19.
O alferes miliciano João Machado fala hoje, neste blogue, das duas guerras da nossa geração: a do ultramar (a colonial) e a do vírus que pode causar infecções que, associadas ao sistema respiratório, podem ser mortais.
O mundo inteiro está dependente desta síndrome respiratória aguda grave, que não se vê mas ataca traiçoeiramente. E mata.
João Machado «compara» as duas guerras e aqui fica, para memória futura, o seu comentário de hoje:
João Machado
alferes miliciano

A nossa geração foi «condenada» e ninguém deu nada por ela. Falo no reconhecimento dos ex-combatentes.  Mas a verdade é nua e crua: enfrentar 2 guerras não é nada fácil ! 
Uma no principio da vida com armas, sangue, suor e lágrimas. Éramos novos, lá se passou. Agora, já mais no fim, não era «necessário» esta guerra biológica, mais matreira, manhosa e traiçoeira, emboscada não se sabe onde. Somos atacados mas não sabemos de onde vem esse ataque e o mais triste é que temos de «fugir, «escondermo-nos» sem saber onde. 
Fazemos a tal «queda na mascara», mas quando tencionarmos mudar de local, devemos ter sempre presente os ensinamos antigos, que vinham naquelas «fichas de combate». A recordar, saber sempre: "para onde" )o destino), "quando"  (tempo da acção) e "por onde"  (o caminho a utilizar). 
Ainda se lembram. grandes Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!
Grande Geração !!! 
Tenham orgulho em quem fomos e em quem seremos até ao fim. 
Um abraço!
JOÃO MACHADO

Manuel Dinis Dias
furriel de Zalala

Dias, furriel de Zalala, 
faria 68 anos !

O furriel miliciano Manuel Dinis Dias, da 1ª. CCAV. 8423, faria 68 anos a 19 de Março de 2020, mas faleceu a 20 de Outubro de 2011, vítima de doença.
Mecânico-auto de especialidade militar, era natural de Oliveira do Hospital, mas já estava a trabalhar e morar em Lisboa, quando foi mobilizado para Angola. A Lisboa regressou a 9 de Setembro de 1975 e por lá continuou a vida, até que traiçoeira doença o «roubou da vida, deixando viúva e filha enlutadas com a sua partida.
Hoje, o recordamos com saudade! RIP!!!
Victor Cunha
1º. cabo

Cunha, 1º. cabo sacristão,
68 anos na Vidigueira !

O 1º. cabo Victor Manuel da Cunha Vieira, da CCS do BCAV. 8423, festeja 68 anos a 19 de Março de 2020.
Cavaleiro do Norte do Quitexe, era auxiliar de serviços religiosos (Sacristão, como era conhecido, ou como Vidiguêra) e prestou serviços como quarteleiro de material, funções que «desempenhou com  a maior boa vontade, dedicação e honestidade», o que lhe valeu louvor do comando do BCAV., que também sublinhou o facto de «ser simultâneamente um bom camarada».
Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à sua alentejana Vidigeira natal, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
Jaime Rego

Jaime Rego, condutor de 
Zalala faleceu em 2011 !

O 1º. cabo Jaime de Jesus Rego, condutor-auto dos Cavaleiros do Norte de Zalala, faria 68 anos a 20 de Março de 2020 mas faleceu a 6 de Abril de 2000, há quase 20 anos!  
Natural de Casal de Laranjeira, da freguesia e município do Cartaxo, lá regressou a 9 de Setembro de 1975, por lá continuando a vida, até que a morte o «roubou» do convívio de familiares e amigos. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!

5 002 - A (não) formação e especialização do Exercito de Angola

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Grupo de militares daquele que seria (e não foi) p Exército Nacional de Angola, formado por homens do
 MPLA, FNLA e UNITA. Aqui, em marcha na parada do BC12 - quartel onde recebiam formação de
especialidades, dada pelos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423
Militares do que (não) seria o Exercito Nacional de Angola
na parada do BC12, em Carmona (agora cidade do Uíge)



A actividade dos Cavaleiros do Norte, neste tempo de 1975, estava operacionalmente concentrada na formação do futuros quadros do Exército de Angola - «um Exército integrado, com os movimentos emancipalistas». Seria, mas não chegou a ser, o futuro Exército de Angola.
A acção começou, experimentalmente, a 15 de Março de 1975, nas comemorações do feriado da FNLA. Continuou com carácter regular a partir da noite de 26 para 27 e o plano incluía formação específica: cada especialista português dava a respectiva instrução aos angolanos indicados pelos três movimentos - a FNLA, o MPLA e a UNITA. Fosse como atiradores, como escriturários, ou mecânicos-auto, electricistas e operadores de transmissões, enfermeiros, sapadores, condutores, cozinheiros e padeiros..., todas, no fim de contas, as especialidades de uma unidade militar.
Lamentavelmente e principalmente devido aos muitos desentendimentos políticos e militares entre os movimentos angolanos de libertação, o que no Acordo do Alvor, e nesta delicadíssima matéria, tinha sido estipulado, não passou do papel e das boas intenções.
Eurípedes Pavanito,
condutor da 3ª. CCAV. 
Manuel Friezas
cozinheiro de SI


Nomeados para servir
a 3ª. CCAV. 8433

A 5 de Março de 1974, segundo a Ordem de Serviço nº. 55 (do dia 7), apresentaram-se 6 novos «nomeados para servir no Ultramar e no BCAV. 8423», todos destinados à 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel.
Gabriel Morais,
da 3ª. CCAV. 8423
Os seguintes:
- Saúl Francisco Moreira dos Santos, 1º. cabo mecânico-auto. Natural do Carregal, freguesia de Canelas, concelho de Vila Nova de Gaia. 
- António Joaquim Pestana Chambelo, condutor. Natural da Penha Longa, em Linhó, concelho de Sintra.
- Eurípedes Jacinto Pereira Pavanito, condutor. Natural e residente no Bairro das Casas do Povo, freguesia do Torrão, concelho de Alcácer do Sal.
- Gabriel José Figueiredo Morais, condutor. Residente no Casal da Vinha, freguesia do Catujal, em Loures, está(eve) emigrado em França e tem residência no Barcouço, no concelho da Mealhada (Bairrada).
- Manuel José Friezas, auxiliar de cozinheiro. Natural do lugar das Zervedinhas, freguesia do Monte do Pinheiro, do concelho de Coruche. 
- Mário Jorge da Costa Ferrão, cozinheiro. Natural do lugar de Vila Chã, freguesia e concelho de Seia.

Martins de Santa Isabel
65 anos em Chaves

O dia 22 de Março de 2017 é de o Martins, clarim da 3ª. CCAV. 8423, festejar 68 anos, em Chaves
João Martins, de seu nome completo, foi Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isabel - depois do Quitexe e de Carmona - e é natural do lugar de Cando, freguesia de Vale de Antes, no concelho de Chaves.
Regressou a Portugal a 11 de Setembro de 1975 e mora em Chaves, no Bairro das Lajes , da Seara Velha. Para lá  para ele vai o nosso abraço de parabéns!

5 003 - Novo comando da Região Militar de Angola; acidentes no Quitexe!

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Condutores da CCS do BCAV. 8423, aqui a parada do Quitexe: 
Manuel Alves (?, do Fundão), Alípio Canhoto (de Belmonte, atrás),
 Delfim Serra (Gondomar), António Picote (de Óbidos)

e António Gonçalves (de Lamego)


Alberty Correia
general e cmdt.
da ZMN

O Diário do Governo, II Série, de 22 de Março de 1974, há 46 anos, publicava o despacho da Presidência do Conselho (de Marcelo Caetano) com nomeação do general Joaquim da Luz Cunha para o cargo de Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas.
O oficial substituía Costa Gomes - que fora exonerado a 14 do mesmo mês e viria a ser Presidente da República. Até aí, Luz Cunha era o Comandante-Chefe das Forças Armadas em Angola, de onde regressara três dias antes e fora interinamente substituído pelo general Francisco Rafael Alves, em cerimónia que decorrera no largo fronteiriço à Fortaleza de S. Miguel (Luanda) e onde também esteve presente general Alberty Correia, que ia assumir o comando da Zona Militar Norte (ZMN), a dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. 
Angola onde, vítimas de acidente de viação e segundo a imprensa do dia, faleceram os 1ºs. cabos José Manuel de Oliveira, natural de Vilarinho da Lomba (concelho de Vinhais), e Ramiro Moura Teixeira, de Paranhos (em Valpaços) e o soldado Adelino Gomes Galvão, que era da Devesa (no concelho de Arcos de Valdevez). 
Os furriéis milicianos Farinhas (com o braço engessado,
 na sequência do acidente), Neto e Viegas, com o inesquecí-
vel Agostinho Papelino, o engraxador que não engraxava
coisa nenhuma. Fazia de conta que...

Dois acidentes na
CCS do Quitexe

Mortes por acidente eram muito mais vulgares que o que se possa imaginar, normalmente resultantes de um menor conhecimento e adaptação aos pisos - por parte dos condutores - mas sempre difícias e imprevisíveis picadas angolanas. A CCS dos Cavaleiros do Norte registou pelo menos dois nas primeiras semanas da jornada angolana do Uíge - um deles envolvendo o PELREC, pouco depois do cemitério do Quietexe, com capotagem de um UNIMOG conduzido pelo condutor auto-rodas António do Rosário Picote, felizmente sem consequências de maior. Outro, com o Pelotão de Sapadores e do qual saiu ferido num braço o furriel Joaquim Farinhas - como se vê na imagem, em que está com o Neto e o Viegas e o inesquecível e impagável Agostinho Papelino, que todos se lembrarão de ser engraxador (sem nada engraxar, fazia de conta) e exímio tocador de toques militares, com uma mangueira de jardim.
V. Francisco
em 1975
O furriel Viegas e o Victor 
Francisco na Marinha 
Grande e em 2013


Francisco, do PELREC, 68
anos na Marinha Grande !

O Francisco, atirador de Cavalaria do PELREC da CCS do BCAV. 8423, na vila do Quitexe, comemora hoje 68 anos - dia 23 de Março de 2020.
Victor José Ferreira Francisco foi sempre um bom soldado, sempre discreto e eficiente,  sem falhas de serviços, cumpridor, corajoso, sereno e muito disciplinado. Regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975 e fixou-se na sua natal Marinha Grande. Lá trabalhou, sempre na área do vidro, e, agora já aposentado, lá vive, com alguns problemas de saúde. Para lá, e para ele, vai o nosso forte abraço de parabéns!

5 004 - A Polícia Militar (PM) em Carmona para «evitar» quezílias com a comunidade civil!

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Grupo de Cavaleiros do Norte da CCS. Da esquerda para a direita, alferes Garcia, Domingues, 1ºs. cabos
Cordeiro e Silvestre, Marcos (de bigode e a espreitar), NN (de lado), Leal (boina no ombro), 1ºs cabos Al-
meida (atrás do Leal), Vicente e Soares (ambos de bigode), Messejana, Alberto (de cervaja na mão), Flo-
rencio, Aurélio e Botelho (de bigode). Atrás e à esquerda, de pé, um trio não identificado (sapadores?). À
direita, em baixo, o Madaleno e o Francisco (de braços cruzados). O alferes Garcia, os 1ºs. cabos Al-
meida, Vicente e Soares e os soldados Leal, Domingues e Messejana já faleceram. RIP!!!
Messejana, 1º.s cabos Soares e Vicente, soldado
 Leal e 1º. cabo Almeida: 5 Cavaleiros do
 Norte do PELREC que já faleceram
Alferes A. Garcia e soldado
A. Gomes, do PELREC,
já faleceram


O dia 23 de Março de 1975, pelas bandas do Uíge ango-
lano, foi tempo de iniciar «um serviço de PM nas ruas da cidade» de Carmo-
na, onde se aquartelava parte do BCAV. 8423.
A mudança para a cidade, de acordo com o livro «História da Unidade», «levou à necessidade de promulgação de novas NEP, ou alteração das mesmas», tendo em conta «o modo de garantir a melhor apresentação do pessoal militar, sobretudo com vista a procurar, através deste meio, prever a resolução das muitas quezílias existentes entre a população civil e as NT, devido a animosidade que aquela tem a esta».
A tarefa dos PM´s do BCAV. 8423 não era nada fácil na verdade, pois a comuni-
dade civil, cada vez mais inquieta e insegura quanto ao seu futuro, «debitava» sobre a tropa todos os seus desabafos e iras - que muitas vezes andaram pela ofensa verbal e, mais raramente, pelas ameaças físicas. Que, todavia, não passaram disso - embora se repetissem pequenos incidentes nas ruas, nas esplanadas, cinema e outros espaços públicos da capital do Uíge. 
A ordem da tropa era «não reagir» e às equipas de PM cabia manter a ordem e a segurança da cidade, aprudentando o bom comportamento dos Cavaleiros do Norte. E, neste capítulo, sem quaisquer problemas a registar.
P. Malheiro e esposa na
Lomba de Gondomar (2015)
P. Malheiro
em 1974/75

Malheiro, o caçula, 64
anos em Santo Tirso !

O 1º. cabo Malheiro  foi especialista de reparação e manutenção de material, às ordens do (seu) conterrâneo alferes miliciano António Albano Cruz.
Porfírio Tomás Malheiro de Jesus era o mais novo (o caçula) Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423 e jornadeou nas oficinas-auto da CCS, no Quitexe e em Carmona. Festeja 65 anos a 24 de Março de 2020.
Regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975 e fixou-se no lugar de Foral, freguesia e concelho de Santo Tirso, e mora agora na cidade. É motorista de transportes internacionais e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

5 005 - Comandantes do Uíge: Almeida e Brito na ZMN, Themudo Barata no BCAV 8423!

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O capitão de Cavalaria José Diogo Themudo, à di-
 reita e na varanda do BC12, com o alferes João Ma-
chado (à esquerda) e o capitão José Paulo Falcão
O tenente-coronel Carlos Al-
meida e Brito, comandante
do BCAV. 8423 



A 24 de Março de 1975, já lá vão 45 anos, o tenente-coronel Almeida e Brito assumiu o comando interino da ZMN. E o capitão Themudo o do Batalhão de Cavalaria 8423. Também interinamente e substituindo Almeida e Brito. 
O agora coronel aposentado José Diogo Themudo tinha chegado a Carmona dias antes, convidado pelo próprio comandante dos Cavaleiros do Norte a assumir as funções de 2º. comandante. Encontraram-se em Luanda, acidentalmente, e estando vaga a função, acabou por aceitá-la. Estava pela capital angolana sem atribuições, depois de a companhia para que fora mobilizado (em regime de rendição individual) ter regressado a Lisboa.
Um dia foi ao aeroporto para se despedir de um camarada de armas e foi lá que o tenente-coronel Almeida e Brito o achou. «Convidou-me para 2º. comandante do Batalhão e apesar de serem funções de major e eu ser apenas capitão, aceitei o convite. Resolvemos o problema no Quartel-General e fui para Carmona», historiou o agora coronel aposentado José Diogo Themudo.
Notícia do Diário de Lisboa sobre o recrutamento, pela
FNLA, de refugiados para as suas Forças Armadas

Incidentes em Luanda e
recrutamento da FNLA

Os tiroteios na área suburbana de Luanda continuaram a 23 de Março de 1975, envolvendo forças do MPLA e da FNLA - mesmo depois do acordo de sábado à noite (dia 21) e ante a propositada não intervenção das Forças Armadas Portuguesas. Por decisão do Comando de Sector de Luanda.
Ao mesmo tempo, a FNLA preparava o repatriamento de refugiados no Zaire, numa operação de três etapas, segundo noticiava a revista «Afrique-Asie»: 
1 - Uma primeira, já iniciada em Setembro de 1974, agrupando-os em quatro agrupamentos,  no Zaire (Nandulu, Kassai, Baixo Zaire e Shabi);
2 - Uma segunda, então em execução, instalando-os em 20 campos de alojamento ao longo da fronteira com Angola;
3 - Finalmente, uma terceira, envolvendo o transporte e instalação dos refugiados em Angola e em diferentes campos permanentes.
Samujel Abrigada

FNLA sem apoios
para os refugiados

A operação envolveria 400 000 refugiados (segundo a ONU), ou dois milhões (segundo a FNLA). E custaria qualquer coisa parecida com 20 milhões de dólares. 
O Zaire não financiaria a operação (por falta de tesouraria e depois de o FMI lhe ter recusado um empréstimo) e a revista «Afrique-Asie» noticiava que o ministro da Saúde do Governo Provisório (Samuel Abrigada, da FNLA) pediu, mas não teve, dinheiro de Igrejas Reformistas americanas.
Assim sendo, e ainda segundo a mesma revista, «certas empresas mineiras e fazendeiros do Norte de Angola estariam dispostos a financiar a operação». A FNLA, com esta medida, dizia a «Afrique-Asie», «mataria dois coelhos de uma só cajadada: poderia recrutar no Zaire um exército para ocupar o Norte de Angola e para apoiar os seus projectos de domínio no Governo de Luanda».
José Romão


Romão de Zalala, 68
anos em Setúbal !

O condutor-auto Romão, soldado da 1ª. CCAV. 8423, festeja 68 anos a 25 de Março de 2020.

Cavaleiro do Norte da Fazenda de Zalala, depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, regressou a Portugal em data desconhecida (o seu nome não consta da lista de embarque dos «zalalas», a 9 de Setembro de 1975, de Luanda para Lisboa), mas por informação do furriel João Dias (TRMS), sabemos que reside em Setúbal, para onde vai o nosso abraço de parabéns! 

5 006 - Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 encontram-se a 6 de Junho de 2020

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Os Cavaleiros do Norte da CCS vão este a,o confraternizar em Braga, com chancela organizativa
do furriel miliciano Manuel Machado. Será no dia 6 de Junho, um sábado, e na Abadia do Este
O furriel Manuel Machado, organizador do encontro
 de 2020,  e o alferes António Albano Cruz,
ambos milicianos da CCS do BCAV.8423
Os Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 vão reunir-se a 6 de Junho de 2020, em Braga. O organizador é o furriel miliciano Manuel Machado e tudo aponta para que a confraternização anual vá decorrer no restaurante Abadia de Este.
«A malta que se vá preparando, pois o local e magnífico e não podemos deixar morrer o que sentimos de Angola, as muitas saudades das suas gentes, com quem nos cruzámos num período épico e histórico e muito especial das nossas vidas», disse Manuel Machado, certamente recordado dos duros tempos de há 45 anos,  tempos muito, muito difíceis e delicados para os Cavaleiros do Norte, semanas e meses seguidos praticamente sem folgas (ai folgas!...) e enfrentando, no dia a dia, uma cada vez mais crescente e evidente animosidade da comunidade civil branca - muito hostil, na verdade, à tropa portuguesa.
O furriel Machado recebeu a «opa» de organizador do Joaquim Moreira, em 2019 e em Rans, Penafiel, e quem com ele quiser ir fazendo contactos , poderá fazê-lo pelo telemóvel 936408336, ou pelo endereço electrónico manuelafonsomachado@gmail.com
O alferes António Garcia, de Operações Especiais
(Rangers) na porta d´armas do BC12, em Carmona,
a actual cidade do Uíge

Calma em Carmona
e pelo Uíge fora

Os Cavaleiros do Norte, há 45 anos, continuavam a sua jornada em ambiente de relativa calma, embora carregados de serviços, nomeadamente os militares operacionais  - que, pela natureza da sua especialização, estavam encarrega-
dos da segurança de pessoas e bens, fossem civis ou fossem militares, para além da das várias instalações da Forças Armadas e serviços púbicos da cidade de Carmona.
Era muito curto o número de efectivos disponíveis, apenas os operacionais da CCS e da 2ª. CCAV. 8423 (a de Aldeia Viçosa), para tanta exigência de segurança, só na cidade.
A guarnição instalada no quartel do extinto BC12 desmultiplicava-se, por isso, em tarefas para «garantir os serviços solicitados ao BCAV., os quais comporta(va)m também as necessidades da Zona Militar Norte» - a ZMN, ao tempo já em fase «também em extinção».
Notícia do Diário de Lisboa de 25 de Março de 1975 sobre
 a situação em Angola: «Mais de 20 mortos nos combates
 entre as forças o MPLA e da FNLA», em Luanda. «A calma

 regressa a Luanda», antetitulava o jornal vespertino

Incidentes em
Luanda 
com 20 mortos

A 25 de Março de 1975, uma terça-feira, as autoridades militares portuguesas em Angola faziam o balanço dos incidentes entre o MPLA e a FNLA, de dois dias antes: 18 mortos entre os militantes deste movimento, o de Holden Roberto, «enquanto nenhum há a registar entre as forças do MPLA», reportava o Diário de Lisboa, porém, sublinhando que «no momento, é difícil determinar o número de vítimas». Sem esquecer os 2 civis.
Os incidentes entre as FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, o braço armado do MPLA) e o ELNA (Exército de Libertação Nacional de Angola), idem, da FNLA) tinham recomeçado na madrugada do dia 23, o domingo - depois de escaramuças a 21 (a 6ª.-feira anterior), «nalgumas zonas dos subúrbios e afectaram seriamente a vida da população» da cidade de Luanda.
Havia mesmo, segundo o Diário de Lisboa, «certas áreas interditas à normal circulação de pessoas e viaturas», como era o caso do Bairro Cazenga, «onde durante toda a tarde e noite de ontem se ouviram constantes disparos de armas automáticas e rebentamento de granadas». Ontem, que - recuemos no tempo... - foi o dia 24 de Março de 1975, uma segunda-feira.
O Alto-Comissário Silva Cardoso, à di-
reita, com o almirante Rosa Coutinho

Morte de 2 crianças
no bairro Cazenga

O bairro suburbano do Calemba também não escapou aos combates e, segundo o Diário de Lisboa, «foi palco de novos incidentes», os que, à data, «há 48 horas vem envolvendo forças das FAPLA (do MPLA) e do ELNA (da FNLA».
A chamada «cidade do asfalto», essa parecia longe de tais guerras. «A calma não tem sido perturbada. A vida de decorre serenamente, embora se note apreensão no rosto das pessoas», reportava ao Diário de Lisboa, acrescentando, porém, que, no Cazenga, «algumas pessoas foram atingidas pelas balas e duas crianças morreram devido ao tiroteio».
As Forças Armadas Portuguesas intervieram ao final da tarde do dia 23, após reunião do Conselho Nacional de Defesa (CND), e foi reposta a calma. Patrulhas mistas - formadas por militares portugueses e dos movimentos de libertação - colaboraram na «manutenção da ordem»
O CND, presidido pelo Alto-Comissário Silva Cardoso, general português, e os Estados Maiores do MPLA e da FNLA «ordenaram o regresso aos quartéis das tropas dos dois movimentos de libertação» - os dos presidentes, respectivamente, Agostinho Neto e o de Holden Roberto.
A Fazends Samta Isabel, onde se aquartelou
a 3<º. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte

Gonçalves de Santa Isabel,
67 anos no Barreiro !

Francisco Gestrudes Gonçalves foi 1º. cabo condutor auto-rodas da 3ª. CCAV. 8423 e festeja 68 anos no dia 25 de Março de 2020.
Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isabel e do capitão José Paulo Fernandes, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 e fixou-se na Rua Voz do Operário, na cidade do Barreiro. A vida levou-o para a freguesia de Verderena (na Rua Cândido de Oliveira) também no Barreiro, onde vive e para onde vai o nosso abraço de parabéns! 

5 007 - Patrulhamentos mistos em Carmona e granadas no jardim do Governador!

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Carmona, parada do BC12 - há 45 anos. Forças integradas de Angola a caminho da instrução
ministrada pelos especialistas instrutores, alferes e furriéis milicianos dos Cavaleiros do 
Norte da CCS do BCAV. 8423 

Cavaleiros do Norte ainda no Quitexe, em 1974, todos
furriéis milicianos: Flora, Costa (Morteiros), Belo,
Bento e Abrantes (adido à CCS)

O dia 26 para 27 de Março de 1975, em Carmona, foi o do início dos patrulhamentos mistos, envolvendo forças do Exército Português, da FNLA, do MPLA e da UNITA.
A medida ensaiava a formação do (seria e não foi) futuro Exército Unificado e, ao tempo, já vários instrutores dos Cavaleiros do Norte da CCS lhes ministravam formação militar - nas suas diversas especialidades.
A experiência «mista», aliás, «já havia sido experimentada em 15 de Março, aquando das comemorações do feriado
da FNLA» e, como aqui já dissemos, acontecera «exclusivamente em serviço de segurança dos locais das ditas comemorações». 
A experiência nem sempre correu bem, devido às rivalidades entre os combatentes dos 3 movimentos - que muitas vezes, e por nada, se envolviam em escaramuças que, muitas vezes,  só não tiveram consequências trágicas por prontas e determinadas intervenções dos Cavaleiros do Norte em funções operacionais. Os elementos dos três movimentos não se entendiam e não distinguiam as suas novas funções das que até aí assumiam.
O Diário de Lisboa de 26 de Março
de 1975 noticiou a explosão no
Palácio do Governador Geral

de Angoça

Granadas no jardim
do Palácio do Governo

O jardim do Palácio do Governador Geral, em Luanda, foi alvo da explosão de duas granadas, na noite anterior e sem provocar feridos.
Soldados da FNLA, de acordo com o Diário de Lisboa, tinham horas antes ocupado «posições no cimo de alguns prédios» e, de resto, «ouviram-se tiros de armas pesadas, durante a noite, embora se desconheçam os autores dos disparos»
Havia civis com armas e o Alto Comissário Silva Cardoso, em comunicado, fez saber que «as forças portuguesas e as forças mistas actuarão severamente contra todos os civis portadores de armas de guerra», frisando que «a sua presença vem sendo constantemente notada nos últimos incidentes».
José A. Moura,
clarim de Zalala

Moura, clarim de Zalala,
66 anos em Alijó!

O soldado clarim Moura, da 1ª. CCAV. 8423, a dos Cavaleiros do Norte de Zalala, festeja 68 anos a 26 de Março de 2020.
José de Azevedo Moura, de seu nome completo, foi por lá, por terras uíjanas, e além da sua função de especialidade, impedido da messe de oficiais e muito popular entre a guarnição. 
Natural de Casal de Loivos, concelho de Alijó, em Trás-os-Montes, lá voltou a 10 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana. Nada mais dele sabemos, mas, para onde quer que esteja, vai o nosso abraço de parabéns!

5 008 - Capitão Luz, Cavaleiro do Norte Maior, 91 anos de vida!!!

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O capitão Acácio Carreira da Luz e sua «mais-que-tudo», D. Violontina, a 25 de Março de 2020, a 3
dias de comemorar mimosos e festivos, e bem vividos,  91 anos de vida! É o Cavaleiro do Norte
Maior do BCAV. 8423!!! 
«Memória para sempre», o verso do quadro
caricatura dos 90 anos do capitão Luz, em 2019

O capitão Acácio Carreira da Luz, chefe da secretaria do Comando do BCAV. 8423, festeja 91 anos a 28 de Março de 2020. Bonitérrima idade!!!
Tenente, ao tempo da jornada africana do Uíge angolano, foi louvado porque «confirmando o conceito em que era já do antecedente tido, demonstrou qualidades militares e cívicas que o cotaram como precioso e desejado auxiliar do Comando que serviu».
Tenente, a esse tempo, foi louvado porque «confirmando o conceito em que
A caricatura do militar Luz
quando festejou 90 anos!
era já do antecedente tido, demonstrou 
qualidades militares e cívicas que o cotaram como precioso e desejado auxiliar do Comando que serviu».
Além dos serviços de pessoal a cargo, o tenente/capitão Luz «chamou a si a orientação de todo o serviço de justiça do Batalhão, com o que se tornou um precioso auxiliar do seus camaradas que, pela inexperiência, viram em tal serviço complexidade e melindre», sublinha o louvor.
Louvado também porque foi militar «disciplinado, de lealdade e correcção inexcedíveis, de elevadas qualidades militares, de total dedicação pelo servo, dotado de excelente educação e civismo (...), demonstrando ser um excelente oficial, que de igual modo o tornaram considerado elos camaradas e estimado pelos subordinados».
A CCS, no encontro de 2019, homenageou-o de forma singela, simbolicamente, com um quadro, em forma de caricatura, renomeando-o o «nosso» Cavaleiro Maior, e que lhe foi entregue na sua casa da Marinha Grande, onde os «embaixadores» Neto e Viegas foram recebidos por ele e por D. Violontina, seu amor de sempre e Amazona do Norte Maior! 
«Não sei  que dizer, hoje é um dia muito bonito da minha vida...», disse o capitão Acácio Luz, emocionado, a contemplar o quadro caricaturado com que foi homenageado pelos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!
Missão cumprida!!!

Amanhã, dia 28 de Março de 2020, o capitão Acácio Carreira da Luz festeja 91 anos e aqui, com amor e camaradagem lhe deixamos o abraço colectivo do povo da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV 8423.
Parabéns!!! Muitos, muitos parabéns!
C. Almeida e Brito,
«cmdt» do BCAV. 8423

Almeida e Brito e José Themudo,
comandantes na vila do Quitexe!

O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423 mas ao tempo a comandar interinamente a Zona Militar Norte (ZMN), deslocou-se ao Quitexe no dia 27 de Março de 1975, há 45 anos.
O objectivo foi apresentar o capitão José Diogo da Mota e Silva Themudo, oficial de Cavalaria, que no dia 24 assumira o comando, também interino, dos Cavaleiros do Norte, no BC12, em Carmona. A guarnição do Quitexe, a esse tempo, era formada pela 3ª. CCAV. 8423, do comando do capitão miliciano José Paulo de  Oliveira Fernandes e que da Fazenda Santa Isabel rodara a 10 de Dezembro de 1974.



5 009 - O dia de um(a) maior Luz, de 91 anos e na Marinha Grande!

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Os alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Garcia  (falecido a 2 de Novembro de 1979), e os tenentes 
Acácio Carreira da  Luz (que hoje comemora 91 anos, na Marinha Grande) e João Elóy Borges da
Cunha Mora (falecido, de doença e em Lisboa, a 21  de Abril de 1993, com 67 anos)
O capitão Acácio Carreira da  Luz,
em imagem de hoje, dia em que, na
Marinha Grande, festeja 91 anos!

(foto whatsapp)
Capitão Luz: a serenidade
 e lucidez em pessoa, no
dia dos seus 91 anos!!!

(foto whatsapp)

O dia 28 de Março de 1975, pelo Uíge angolano, foi tempo de, já em Carmona, o então tenente Acácio Carreira da Luz festejar juvenis 46 anos. 
Quem diria que hoje mesmo, 45 anos depois e quando comemora 91!!!..., jovial e de fresca e viva memória, pegasse no whatsapp e nos surpreendesse com agradabilíssima conversa, connosco comungando o seu natal de 2020?!!!
Pois foi isso que aconteceu, num largo momento de farta comunhão de felicidade comum, evocando a jornada africana do Uíge angolano, a alegria dos encontros da CCS e o (seu) desejo de se voltar a achar com os Cavaleiros do Norte da CCS. 
Será em Junho, será em Setembro? O que (nos) deixará fazer a epidemia covidárica que nos muda e mata a vida, forçando a muda dos nossos rumos? 
«Não esqueço a bonita homenagem do ano passado, queria agradecer-vos pessoalmente o carinho  com que me mimam», disse o capitão Luz, este ano a fazer 91 anos, lucidíssimos e serenos, e num tempo de epedemia que impede, até, a (sua) confraternização familiar.
Farto abraço, carérrimo capitão Luz!!
Vamos encontrar-nos em futuro muito, muito próximo, seguramente!!!, semeando e multiplicando juventude e cumplicidade, com toda a certeza! 
Parabéns!!!  Grandes e felizes 91 anos!!!
O capitão José Diogo Themudo, 2º. comandan-
 te e comandante interino do BCAV. 8423.
 Agora,  coronel e cavaleiro na Grande Lisboa

Comandantes do BCAV. 8423
em Vista Alegre

O dia 28 de Março de 1975, o dos 46 anos do então tenente Luz, foi dia de o comandante Carlos Almeida e Brito visitar a 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Zalala, mas ao tempo aquartelada em Vista Alegre.
Ao tempo, comandante interino da Zona Militar Norte (ZMN), o comandante do BCAV. 8423 (CAB) fazia-se acompanhar pelo também interino, mas dos Cavaleiros do Norte - o capitão José Diogo Themudo, que desde o dia 24 de Março era 2º. comandante do  BCAV. 8423. Na véspera, tinham estado no Quitexe, visitando a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel.
A 1ª. CCAV. 8423 também tinha um destacamento em Ponte do Dange e era comandada pelo capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias - a quem, e à guarnição, foi apresentado o capitão José Diogo da Mota e Silva Themudo.

Cavaleiros do Norte de Santa Isabel: furriel Graciano Silva
e alferes Mário Simões (atrás) e furriéis Luís Capitão (fale-
cido a 05/01/2010, em Ourém e de doença) e José F. Carva-
lho. Há precisamente 45 anos e com o seu pelotão (o 3º. da
3ª. CCAV. 8423),  reforçaram a guarnição de Carmona 
Reforço dos Cavaleiros
e Licença de Normas

Há 45 anos, a «impossibilidade de garantir os serviços solicitados ao BCAV., que comportam também os da ZMN, também em extinção» implicou o seu reforço, a 28 de Março de 1975, com «mais um grupo de combate, este da 3ª. CCAV. 8423, por ser a subunidade que, de momento, tem a sua vida menos sobrecarregada».
Grupo de combate (o 3º. pelotão) que tinha estado na Fazenda Maria Amélia e era comandado (ver foto) pelo alferes Mário Simões e incluía os furriéis milicianos Graciano Silva, José Fernando Carvalho e Luís Capitão - este infelizmente já falecido, de doença, a 5 de Janeiro de 2010, em Vila Nova de Ourém.
Um ano antes, terminava a Licença de Normas dos futuros Cavaleiros do Norte, iniciada a 18 de Março de 1974, a qual, todavia, e segundo o Livro da Unidade, «acabou por ser aumentada, de tal modo que só a 22 de Abril se voltou a reencontra todo o pessoal do Batalhão, para dar efectivação à Instrução Operacional».
Nesse período, os quadros milicianos (alferes e furriéis) iam prestar serviços de ordem ao aquartelamento de Santa Margarida - em escala previamente estabelecida. Os praças foram dispensados dessa obrigação.
O Diário de Lisboa e a notícia do
 acordo para cessar os combates 

Acordo em Luanda
para o cessar-fogo

A reunião dos ministros Almeida Santos e Melo Antunes com o Colégio Presidencial do Governo Provisório de Angola, há 45 anos, resultou na assinatura de um protocolo entre os três movimentos de libertação, pelo qual MPLA, FNLA e UNITA «se obrigam a cessar as hostilidades e a libertar até ao meio dia de hoje todas as pessoas que prenderam durante os últimos dias».
A UNITA tinha sido neutral nos trágicos acontecimentos desses dias, mas assinou o acordo, que se negociava desde a véspera e se concluiu na madrugada de 28 de Março de 1975.
A FNLA era acusada de dispor de soldados zairenses. «Os soldados todos falavam francês e muitos deles nem conhecem qualquer dialecto angolanos. Certos meios progressistas de Luanda dizem que não sabem até que certo ponto muitos deles não terão pertencido a exércitos convencionais», referia José António Salvador, no Diário de Lisboa, acrescentando que «os soldados da FNLA continuaram as suas acções de intimidação, durante o dia de ontem», aparentemente, frisava, «com apoio de alguns pides».
Um grupo de 12 médicos do Exército Português, entretanto, apresentou um abaixo-assinado à Comissão do MFA/Angola «protestando energicamente con-
tra a actuação da FNLA», que chegou a qualificar como «bestialidade nazi».
«O que parece definir a FNLA é o seu nacionalismo exacerbado, intolerante, que usa o terror como arma», referia o comunicado dos médicos militares portugueses. A FNLA, de Holden Roberto, a antiga UPA.


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