O comandante Bundula, da FNLA, e o capitão Cruz, da
2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa (1975). De costas, o alferes Machado
2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa (1975). De costas, o alferes Machado
O mês de Maio de 1975 parecia que iria correr tranquilo.«O fim tácito de vários anos de guerra em Angola traria como consequência, situações de acalmia em todo o território», admitia-se ao tempo, como se lê no Livro da Unidade. Aparentemente, assim se desejava e assim seria, os movimentos emancipalistas fariam enraizar nas populações os seus ideários políticos e sociais e caminhar-se-ia para a paz e a independência.
«Daí, com maior ou menos facilidade, conduzir-se-iam as suas acções no decurso do processo de descolonização», previa Almeida e Brito, o comandante dos Cavaleiros do Norte.
Ao tempo, fomentava-se a criação das chamadas forças mistas - que deveriam ser (e não foram) o futuro Exército Nacional de Angola - e as posições militares portuguesas eram ocupadas pelos nacionalistas. Assim aconteceu com Vista Alegre e Ponte do Dange, de onde saiu a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, do capitão miliciano Castro Dias, a 24 de Abril de 1975. E Aldeia Viçosa, a 26, comandada pelo capitão José Manuel Cruz.
Os "zalalas» rodaram para o Songo, com um destacamento em Cachalonde. Os Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa para Carmona, instalando-se no BC12 - onde, desde 2 de Março, já estava a CCS. Foi por estes dias que, ido de Luanda, se apresentou na 2ª. CCAV. o alferes miliciano Fernando Ramos, atirador de infantaria.