Quem é este Cavaleiro do Norte, aqui à esquerda? Depois, estão o Salgueiro e o Oliveira. E quem está a seguir? Tudo malta de transmissões? O da direita é o enfermeiro Florindo. Em baixo, o (1º. cabo) Manuel Deus, da 3ª. CCAV., frente à sede da FNLA do Quitexe, depois de um ataque do MPLA
Os dias de Dezembro de 1974 foram sendo riscados do calendário e, passado o bem consoado Natal, aproximou-se a passagem do ano - a primeira passada fora de casa, pela grande generalidade dos Cavaleiros do Norte. Uma das curiosidades do tempo era conhecer e contactar com os elementos da FNLA, MPLA e UNITA que iam aparecendo nas áreas dos aquartelamentos, de forma mais ou mesmo informal, mas também organizadamente - nas camadas secretarias. Em Carmona, dispunham de delegações.
A FNLA era, claramente, o movimento/partido mais implantado na nossa zona. Depois, o MPLA, muito menos a UNITA. Cada qual, procurava semear as suas ideias políticas e sociais e tenho ideia de até a comunidade europeia os aceitar com alguma tranquilidade, muito embora, como frisa o Livro da Unidade, «pensando com reservas sobre o seu futuro».
Os bons momentos de companheirismo dos Cavaleiros do Norte podem confirmar-se na foto de cima, que nos chegou do (1º. cabo) Luís Oliveira. Uma, das milhares, que se por lá se tiravam e que, capeadas em envelopes de via aérea, chegavam a Portugal para matar as saudades à família e convencê-la do nosso bem-estar.
A de baixo, com o Manuel Deus (que no-la enviou em Julho de 2010) mostra a sede da FNLA, atacada pelo MPLA em data imprecisa de 1975 - seguramente depois de 2 de Março, o dia da saída da CCS, para Carmona. Atacada num dos vários momentos de conflito que desaproximou os dois movimentos, periclitando o processo angolano de descolonização. Havia, refere o Livro da Unidade, «uma reserva latente entre os dois movimentos».
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