Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV, 8423, a de Zalala. Foto do saudoso Manuel Dinis Dias, cedida pela filha, Ana Filipa. Identificações de João C. Dias (em cima). Alguém pode ajudar a identificar os restantes? Lúcio Lara, do MPLA, em baixo
O dia 9 de Novembro de 1974 foi sábado, como hoje. No Quitexe, a guarnição dos Cavaleiro do Norte - a CCS e o Pelotão de Morteiros 4281 - mantém«a actividade desenvolvida do antecedente», como se lê no Livro da Unidade. O mesmo acontecia nas outras sub-unidades, em Zalala, Aldeia Viçosa e Santa Isabel, onde estão as companhias comandadas pelos capitães milicianos Castro Dias (a 1ª. CCAV. 8423), José Manuel Cruz (2ª.) e José Paulo Fernandes (3ª.), respectivamente. Os zalala´s, porém, já preparam malas para a rotação para Vista Alegre e Ponte do Dange. Na véspera, os Caçadores da 309 tinham abandonado o Liberato.
A «apeótica recepção ao MPLA» em Luanda, na véspera, dá lugar a um encontro de Lúcio Lara (o chefe da delegação), nessa manhã, com a Junta Governativa de Angola, presidida pelo almirante Rosa Coutinho. É anunciado que Lara dará um conferência de imprensa na segunda-feira (dia 11) e fala-se das 50 000 pessoas que tinham aclamado os dirigentes do movimento/partido de Agostinho Neto (em conflito com Daniel Chipenda). Lara era a cara do partido político que durante quase 14 anos combatera as forças armadas portuguesas.
São conhecidos novos problemas em Cabinda, onde a FLEC conquista o Morro de Salço Bendje, junto ao Massabi, reforçada com desertores das tropas especiais e mercenários franceses, comandados por Jean Eugéne Kay. O combate provocou dois mortos e a prisão de 16 militares da guarnição. Reféns, ficaram 7 polícias e 6 civis.
Um dia, mais um dia para o parto da nova nação.