Monumento aos mortos do Liberato. A última guarnição portuguesa abandonou a mítica fazenda
há 39 anos, a 8 de Novembro de 1975. O capitão Victor, comandante da CCAÇ. 209, ladeado
pela esposa e pelo furriel Oliveira
há 39 anos, a 8 de Novembro de 1975. O capitão Victor, comandante da CCAÇ. 209, ladeado
pela esposa e pelo furriel Oliveira
A fazenda do Liberato foi abandonada pelas Forças Armadas Portuguesas a 8 de Novembro de 1974 - há precisamente 39 anos. Hoje se completam.
A CCAÇ. 209 foi a última guarnição! Era comandada pelo capitão miliciano Vitor e com quadros (sargentos e oficiais) maioritariamente europeus. Um deles, o furriel José Marques de Oliveira, vagomestre, tinha sido meu companheiro na Escola Industrial e Comercial de Águeda - e aqui vive. Os praças eram angolanos! Os soldados e os 1º.s cabos!
Os "caçadores" do Liberato ficaram na história dos Cavaleiros do Norte por terem sido a companhia que, em 27 Setembro desse mesmo ano de 1964, tentou «invadir» Carmona. A CCS do BCAV. 8423 mobilizou-se para suster o seu avanço e o confronto esteve iminente, no troço da estrada do café, entre o Quitexe e Aldeia Viçosa. Felizmente, não avançaram para o confronto - confronto que, a acontecer, poderia resultar numa tragédia. Tinham o PELREC pela frente, fortemente armado e disposto a tudo! Ver AQUI e AQUI.
O dia 8 de Novembro desse distante 1974 foi assinalado, no processo de descolonização de Angola, pela abertura da primeira delegação oficial do MPLA em Luanda. Era liderada por Lúcio Lara. Já por lá estava a FNLA, na avenida do Brasil.
O dia foi também o do envio de uma carta de Holden Roberto, presidente da FNLA, ao general Fontes Pereira de Melo, chefe da Casa Militar do Presidente da República - o general Francisco Costa Gomes. Sobre quê? O processo de descolonização, obviamente.
Assim se ensaiavam os primeiros passos do novo país!
- CCAÇ. 309. Companhia de Caçadores 309,
pertencia ao RI21, de Nova Lisboa.