Cavaleiros do Norte das Transmissões de Zalala: António Lago e Rogério Raposo
(de pé), Fernando Coelho, 1º. cabo Hélio Cunha, 1º. cabo Ângelo Lourenço, José
Aires e Carlos Costa (Carlitos)
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A Estrada do Café, no Quitexe, em foto de By Bembe, em Julho de 2010. O edifício da bandeira era a Geladinha do Quitexe do tempo dos Cavaleiros do Norte |
A 22 de Outubro de 1974, Daniel Chipenda, em Kinshasa, apelou às outras duas tendências do MPLA, no sentido de, com a UNITA e a FNLA, criarem uma frente comum «em vista das próximas negociações da independência de Angola com Portugal».
Chipenda liderava um terceira e anunciou o seu regresso a Angola, para «tratar separadamente com os portugueses», considerando que «os acordos de Brazzaville estavam há muito ultrapassados, já» devido ao que considerou«atitude de Agostinho Neto», que, segundo disse,«não conseguia reunir a direcção provisória» do MPLA. Ao mesmo tempo, o Governo Português continuou negociações com o MPLA - o único movimento que ainda não tinha declarado o cessar fogo. O Jornal A Província de Angola desse dia dava conta que«um representante pessoal do dr. Agostinho Neto avistou-se no Luso com o número 2 da Junta Governativa», o comodoro Leonel Gomes Cardoso.
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Uma ração de combate do tempo da guerra colonial, anda embalada |
Ao tempo, Holden Roberto, presidente da FNLA foi recebido por Mobutu Sese Seko, presidente do Zaire.
Um ano depois, e cada vez mais próximos do dia da independência, a situação política e militar não tinha sofrido grandes alterações. O Diário de Lisboa noticiava que «as forças populares, após a descompressão da área dos conflitos, adoptaram um dispositivo de defesa em toda a linha que liga a estrada de Caxito a Catete, passando pela Funda-Banza Quitel e Quiminha».
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As FAPLA, exército do MPLA, reforçou a sua posição na frente norte, há 40 anos, nas vésperas da independência de Angola |
A contra-ofensiva das FAPLA´s, nos dias anteriores, relatava o Diário de Lisboa, «fizera recuar os importantes efectivos de mercenários para posições a norte do rio Dange, em direcção ao Caxito». Efectivos mercenários eram, na linguagem do MPLA, as forças da FNLA.