Holden Roberto em Ambriz, a 32 quilómetros de Luanda, em Setembro de 1975
Aos 16 dias de Setembro de 1975, já se faziam oito desde a nossa chegada de Angola - a CCS dos Cavaleiros do Norte. Sucessivamente, chegaram a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala (a 9), a 2ª. CCAV., de Aldeia Viçosa (10) e a 3ª., de Santa Isabel (a 11).
Havia notícias de Angola: «Mantém-se calma a situação nas frentes de combate», noticiava o Diário de Lisboa.
As agências internacionais davam conta de ser provável que o MPLA estivesse a «reagrupar as suas forças, para um grande ofensiva na frente norte, a Ambriz e Carmona, principais bastiões da FNLA». Esta, ainda segundo as agências, «encontra(va)-se isolada e em grandes dificuldades de reabastecimento, dado que as principais vias utilizadas para o efeito se encontravam sob controlo do MPLA».
Luanda, noticiava o Diário de Lisboa, era «a calma é total».
Ambriz, era onde estava o estado-maior da FNLA, incluindo o presidente Holden Roberto. Preparavam o ataque a Luanda e seria desta cidade portuária do Bengo que, a 11 de Novembro de 1975, às zero horas, também ele declarou a independência de Angola - logo depois, Agostinho Neto, do MPLA, em Luanda; e Jonas Savimbi, da UNITA, em Nova Lisboa (Huambo).
Valeria a de Agostinho Neto. Por cá, acompanhávamos o evoluir dos acontecimentos com alguma ansiedade intranquilidade. Aquelas terras e aquelas gentes estavam-nos na alma!