Rebelo, Martins, Mourato e Matos em Aldeia Viçosa (1974)
Faz tempo que (re)procurava o Rebelo, que foi furriel miliciano de transmissões, na 2ª. Companhia de Cavalaria 8423, a do capitão José Manuel Cruz, em Aldeia Viçosa.
O Rebelo era discreto, não muito dado às folias e gracejos da nossa juvenilidade de então - mancebos que éramos, de sangue na guelra e sempre dispostos a todas e mais algumas irreverências e brejeirices.
O Rebelo era circunspecto, de serenos gestos e calma acção. Nada lhe acelerava ou elevava a voz - a não ser quando se lhe falava de caça. Aí, o Rebelo quase se excedia.
Se comparado comigo, era de muito mais fino trato e esmero intelectual. Era de falas elegantes, poucas e serenas, sem mais um ai que o ai que a conversa precisasse. Conheci-o melhor, nos tempos de Santa Margarida, na formação do batalhão: sempre sem uma falha no relacionamento com os companheiros que, como ele e com ele, tinham guia de marcha para a guerra colonial. Para Angola!
Aos idos anos 90, contactei-o para os nossos encontros e falámos sobre a nossa jornada africana. De que ele, o Rebelo das transmissões, não gosta muito de falar. E, por via disso, não falámos para além do trivial. Direito dele. E meu. É tesoureiro da Câmara Municipal de Guimarães, sua casa de trabalho de sempre.
«Está bem, de saúde e de disposição», garantiu-me o irmão José - mais novo 13 meses e que também chegou a estar mobilizado, sem, porém, chegar a galgar os céus para a jornada africana.
- REBELO. António Augusto Faria Novas Rebelo, furriel
miliciano de transmissões. Natural e residente em
S. Torcato, Guimarães - onde é tesoureiro da Câmara Municipal.