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2 024 - Problemas no Uíge denunciados em Lisboa

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Nito Alves (foto) viria ser acusado de liderar um golpe de Estado, em 1977, 
e supostamente assassinado e atirado ao mar. As suas declarações de há 39 anos (em baixo) 


Estamos a 9 de Maio de 1975 e, lá por Carmona, andamos avisados de«podem haver problemas». A tropa portuguesa, os Cavaleiros do Norte, com as Forças Mistas, «manteve permanente patrulhamento nos centros urbanos e nos itinerários». E iam surgindo problemas, ora com militares e militantes dos movimentos, ora com a população - nomeadamente e branca.
Ao mesmo tempo, em Lisboa (na Casa de Angola), Nito Alves fazia alarmantes declarações: «Impossível o cumprimento dos Acordos do Alvor». O então comandante e dirigente do MPLA, «sem ilusões», apontou o dedo à FNLA,«aliada à reacção europeia instalada em Angola» e, falando do (nosso) Uíge, afirmou que «a situação é particularmente delicada e grave».
«Está a realizar-se no Norte de Angola toda uma operação de captura, uma operação de enforcamento, por parte do ELNA, contra militantes do nosso movimento. Há outra situação extremamente grave em Angola: é a ofensiva que, a nível governamental, as forças da reacção resolveram montar», disse Nito Alves.
Esta ofensiva, segundo ele,«procurava «bloquear a acção dos ministérios controlados pelo MPLA, com especial incidência o da Comunicação». Em Angola, afirmou, «os jornalistas honestos não podem  informar». Radical, apontou «única saída, uma luta armada prolongada, contra o inimigo, tal qual aconteceu no Cambodja e no Vietname»
Isto sublinhou Nito Alves, «a menos que o Alto Comissário Português, general Silva Cardoso, o Governo Português e particularmente o MFA, assumam posições firmes na defesa do cumprimento do Acordo do Alvor».

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