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Cavaleiros do Norte da CCS no Topete: João Monteiro (Gasolinas), NN, José Coelho e Calçada (sapadores) e NN. Quem são os NN? Alguém se lembra dos nomes? |
O Comando Militar de Carmona teve, a 23 de Julho de 1975, há 46 anos, uma difícil e delicada reunião com os dirigentes políticos e militares da FNLA, que persistiam com ameaças e imposições - particularlarmente pedindo (ou exigindo, para sermos mais rigorosos) a «entrega de armas retidas» no BC12 e provavelmente na ZMN.
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Furriéis milicianos Querido, Guedes e Fernandes, da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel |
O dia foi também tempo para mais «uma reunião de trabalho» do Comando do BCAV. 8423 com«elementos do Quartel General da Região Militar de Angola», para preparar a operação de retirada dos Cavaleiros do Norte e toda a restante guarnição do Uíge- de Carmona para Luanda -, que estava prevista para começar a 3 de Agosto seguinte.
O objectivo era«obter os meios necessários à execução de tal operação» que, segundo o livro «História da Unidade», «começou a materializar-se em 31 de Julho, com a chegada de viaturas e tropas de reforço».
Cessar-fogo entre MPLA e FNLA
e ataque à bomba a um jornal
O dia 23 de Julho de há 46 anos foi assinalado pela assinatura de (mais um) um acordo de cessar-fogo entre o MPLA, do presidente Agostinho Neto, e a FNLA, de Holden Roberto, depois de uma reunião com a Comissão Nacional de Defesa, presidida pelo general Silva Cardoso, o Alto-Comissário. Ambos os movimentos aceitaram manter as suas tropas nas suas posições, até pelo menos a reunião entre os três Chefes dos Estados Maiores. Desconhecemos as razões por que a UNITA de Jonas Savimbi não fez parte deste acordo.
A noite de véspera registou um ataque à bomba ao «Jornal de Angola» (o anterior «A Província de Angola»), que era tido por os seus trabalhadores terem«posições próximas da FNLA».
Os prejuízos foram«muito elevados», tendo as portas e janelas ficado «destruídas pela explosão», assim como as duas rotativas. Estava pouco pessoal nas instalações, mas, ainda assim, «ficaram feridos um polícia militar e um tipógrafo».
e ataque à bomba a um jornal
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Agostinho Neto, Holden Roberto e Jonas Savimbi, respectivamente presidentes do MPLA, FNLA e UNITA |
O dia 23 de Julho de há 46 anos foi assinalado pela assinatura de (mais um) um acordo de cessar-fogo entre o MPLA, do presidente Agostinho Neto, e a FNLA, de Holden Roberto, depois de uma reunião com a Comissão Nacional de Defesa, presidida pelo general Silva Cardoso, o Alto-Comissário. Ambos os movimentos aceitaram manter as suas tropas nas suas posições, até pelo menos a reunião entre os três Chefes dos Estados Maiores. Desconhecemos as razões por que a UNITA de Jonas Savimbi não fez parte deste acordo.
A noite de véspera registou um ataque à bomba ao «Jornal de Angola» (o anterior «A Província de Angola»), que era tido por os seus trabalhadores terem«posições próximas da FNLA».
Os prejuízos foram«muito elevados», tendo as portas e janelas ficado «destruídas pela explosão», assim como as duas rotativas. Estava pouco pessoal nas instalações, mas, ainda assim, «ficaram feridos um polícia militar e um tipógrafo».
1º. cabo sapador Louro !
O 1º. cabo sapador José Adriano Nunes Louro, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, faleceu há 13 anos, a 23 de Julho de 2008, vítima de suicídio.
Natural de Casal do Pinheiro, freguesia de Casais, no concelho de Tomar, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano - que nos levou ao Quitexe e a Carmona.
O 1º. cabo sapador José Adriano Nunes Louro, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, faleceu há 13 anos, a 23 de Julho de 2008, vítima de suicídio.
Natural de Casal do Pinheiro, freguesia de Casais, no concelho de Tomar, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano - que nos levou ao Quitexe e a Carmona.
Há 13 anos, ficou viúvo, pela morte da esposa (de doença cancerosa). Enlutado e de alma a sofrer, foi-lhe despistada doença do mesmo foro - muito pouco tempo depois. Foi isso que o levou ao suicídio, para, como corajosamente deixou escrito, «não fazer sofrer a família» - como ele próprio tinha sofrido com a dolorosa doença da esposa. Assim nos contou o filho, que é 1º. sargento do Exército.
Hoje o recordamos com saudade!