Entrada da vila do Quitexe, do lado de Carmona (em cima). Notícia do
Diário de Lisboa, de 6 de Janeiro de 1975, sobre a Cimeira MPLA/FNLA/UNITA
De Mombaça, chegavam notícias: as delegações do MPLA, FNLA e UNITA «chegaram a uma plataforma política comum, à luz da próximas negociações com o Governo Português, para a formação de um Governo Provisório que conduzirá Angola à sua independência total», como se lê no despacho da France Presse e da Reuters, publicado no Diário de Lisboa de 6 de Janeiro de 1975. Hoje se fazem 38 anos!
Os três movimentos propuseram a Portugal (as notícias mudavam de dia para dia) um Governo de Transição com 17 ministros, três de cada movimento e dois portugueses. Lisboa, dias antes, teria proposto 12 - três da cada partido e três portugueses.
Os movimentos, em declaração conjunta, deram conta de que iriam propor, também, a formação de um exército de 30 000 homens, 10 000 de cada movimento e com um comando conjunto. Portugal teria um igual número de militares, cujo corpo seria desmantelado 4 meses antes da independência.
MPLA e FNLA assinaram um acordo que poria fim às hostilidades que os separavam ou «pudessem impedir uma aberta e sincera colaboração das duas organizações». Assinado por Holden Roberto e Agostinho Neto, comprometia-os a «não intervir nas questões internas da outra parte e a opôr-se por tosdos os meios às manobras das forças reaccionárias que procuram manter as relações injustas herdadas do colonialismo, de maneira a combater todas as tentativas de desunião nacional».