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Channel: CAVALEIROS DO NORTE / BCAV. 8423!
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Comício da FNLA em Aldeia Viçosa, entre 1974/75, data desconhecida.
A foto é do furriel António Carlos Letras, da 2ª. CCAV. 8423, sendo no-
 tória a participação de jovens, aqui a entoar o Hino da FNLA




Os MVL´s que de Carmona para Luanda, foram impedidos de sair a 13 e 21 de Julho de 1975 e a situação motivou muito mau-estar na guarnição dos Cavaleiros do Norte, pouca disposta (nada disposta...) a ceder à «ressaca da FNLA», no território do Uíge, face «aos desaires de Luanda, Salazar e Malanje».
O tenente-coronel Almeida e Brito não era comandante militar para aceitar qualquer tipo de imposições, tinha, porém, ordens do Comando do Sector do Uíge (e outros comandos militares de Carmona) mas sabia, e isso era certinho como um relógio suíço, que os seus homens cumpririam o que ordenasse.
Não teriam hesitações, não recuariam a nada, para defender a soberania portuguesa, enquanto Portugal a detivesse em território angolano, apesar de as NT serem «perigosamente alvo das queixas e ataques da FNLA», queixas que o livro «História da Unidade» recorda, acrescentando que os homens da Holden Roberto reivindicavam «os desequilíbrios de outros locais». - fosse Luanda, fosse Salazar ou Malanje, ou qualquer localidade do imenso território angolano.
O Uíge, recordemos, era a terra da FNLA e o HdU também lembra que os Cavaleiros do Norte, por esse tempo de há 44 anos,«mais do que nunca, estão a viver no reino da FNLA, isoladas, preocupadas, e quase sem encontrar motivações justificativas da sua estada» no Uíge».

Reunião com FNLA
para sair de Carmona!

Os dirigentes da FNLA reuniram-se a 23 de Julho de 1975 com «os comandos militares de Carmona», para analisar discutirem a situação e depois os vários incidentes desse mês: cerco ao quartel do Negage, onde estava a CCAÇ. 4741, e pedido de armas (a 13), afirmações no comício da movimento, envolvendo dirigentes e militares do seu ELNA (nesse mesmo dia), o afluxo de refugiados da FNLA a Carmona (começado a 14) e pedidos de armas no BC 12, rejeitado pelo comandante Almeida e Brito (a 15).
Outro preocupante problema era o da saída dos MVL´s, impedidos a 13 e 21 e que, segundo o relato do HdU,«culminaram com as imposições feitas» na referida reunião de 23 de Julho de há 43 anos, com os comandantes militares portugueses. Que, obviamente, não foram aceites, fosse quais fossem - o HdU não as discrimina.
Esposa e filho
do Louro (74),
quando estava
em Angola
José Louro,  1º.
cabo, em 1974

Louro, 1º. cabo sapador,
faleceu há 10 anos !

O 1º. cabo sapador José Adriano Nunes Louro, da CCS do BCAV. 8423, faleceu há precisamente 10 anos, a 23 de Julho de 2008, de suicídio.
Cavaleiro do Norte do pelotão comandado pelo alferes miliciano Jaime Ribeiro, o Louro regressou a Portu-
gal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se na sua terra natal o 
José AN Louro
em forma civil
Casal do Pinheiro, freguesia de Casais, concelho de Tomar.
Por lá fez vida (trabalhou como operador de máquinas retro-esca-
vadoras...), constituiu família e teve um filho (que é o sargento ajudante Sérgio Manuel Braz Louro, de Administração Militar). 
Há 10 anos, uma doença cancerosa «roubou-lhe» a esposa e, pouco depois, já com a dor da viuvez, foi-lhe diagnosticado problema do mesmo foro médico, o que o «levou» à media limite: o suicídio. A 23 de Julho de 2008.
O José Louro, corajosamente, deixou carta a explicar a sua dramática decisão: «Para não sofrer e não fazer sofrer a família». 
O filho, ele mesmo nos narrou esta trágica decisão de seu pai e nosso nosso saudoso companheiro. Que hoje recordamos, em memória de um Cavaleiro do Norte de quem temos saudades. RIP!!!  


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