Tropas da FNLA no Caxito. À esquerda, o português José Victor Carvalho.A foto é da sua tomada
da vila (a 50 kms. de Luanda), não da situação citada neste post. Em baixo, noticia do DL sobre Angola
Muitos de nos, procuram avisar as famílias da antecipação, sem conseguirem. Não era o meu caso, que queria aparecer de surpresa. Mas o Neto, ligou para Portugal - pelo telefone, coisa rara e difícil, ao tempo... -, e combinou com a família que alguém nos iria buscar a Lisboa. Com a obrigação de não avisarem a minha.
Luanda vivia momentos tensos e balbuciava-se, à boca calada, que a FNLA poderia entrar na cidade. Estava no Caxito, a uns 50 quilómetros, e a leitura do DL desse dia refresca-nos a memória:«Embora as notícias sejam pouco claras, atribui-se a vitória ao MPLA, cujas forças teriam logrado cercar as tropas rivais, ocupando agora a barragem de Mabubas», o que, a confirmar-se, afastava temporariamente o risco de ser cortado o abastecimento de água à capital, a partir da central de Quifangondo.
Há notícias de combates no Cubal e Ganda, entre MPLA e UNITA - movimentos que, recordemos, aparentemente negociavam aproximação política. Embora, em Kinshasa, o secretário geral adjunto da UNITA dissesse que «a guerra em Angola não terminaria enquanto a UNITA e a FNLA não recuperassem as zonas de influência do MPLA» - e cito do DL, como se pode ler na imagem.
Aos Cavaleiros do Norte, faltavam quatro dias para «fugir» do ambiente marcial que que se vivia em Angola.
- PUTO. Assim se designava Portugal (continental).
- MFA. Oficiais sargentos e praças de Angola denunciam a legitimidade
dos militares presentes na Assembleia do MFA. VerAQUI