GRAFANIL. Entrada do Campo Militar, foto de Jorge Oliveira, em 1973 (em cima).
Notícia do Diário de Lisboa, sobre fuzilamentos em Luanda, em 1975 (imagem em baixo)
A 27 de Agosto de 1975, seis elementos das FAPLA - braço armado do MPLA - «foram julgados por um tribunal popular de Luanda e executados».
A notícia foi publicada na edição do Diário de Lisboa do dia seguinte, sublinhando que «o julgamento decorreu no bairro suburbano de Sambizanga, em Luanda, sendo os seis elementos das FAPLA acusados de violarem, roubarem e assassinarem 11 pessoas».
«O tribunal popular pronunciou-se contra os réus, que foram executados em público», acrescentava o DL, precisando, ainda, que«o Estado Maior General das FAPLA publicou um comunicado em que chama a atenção de todos os militantes do MPLA, sob sua autoridade, para a necessidade de cumprirem, integral e conscientemente, as disposições contidas na lei da disciplina das FAPLA», frisando, também, que «toda a infracção a essa lei será punida com justiça e com a rigidez que ela permite e que a gravidade do caso impuser».
Os Cavaleiros do Norte, por esse tempo e cada vez mais próximos do regresso a Lisboa e às suas casas, nem saberiam destes casos. Aquartelados no extinto Batalhão de Intendência de Angola, no Campo Militar do Grafanil, cumpriam «missões de unidade de reserva da RMA» -o que, na prática, equivalia a serviços internos (poucos), caldeados de saltos à cidade de Luanda e aos ses pontos de atracção - as praias, a ilha, os bares e os restaurantes, a noite!
O dia 8 de Setembro estava cada vez mais próximo.