Almeida e Brito, segundo a contar da esquerda, com
o furriel Reino, o soldado clarim Mendes e o capitão Falcão
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ANTÓNIO A. GUEDES
Texto
A companhia de paraquedistas fechava a coluna que, de Carmona, a capital do Uíge, arrancou para Luanda a 4 de Agosto de 1975. Logo, não poderia deixar ninguém para trás. Era essa a sua missão.
A missão dos grupos militares, aliás, estava perfeitamente definida: Companhia de Comandos a abrir e Companhia de Paraquedistas a fechar. A 2ª. e a 3ª. Companhias do BCAV. 8423 foram estrategicamente distribuídas pela coluna.
O comando pertencia ao comandante do BCAV. 8423, tenente coronel Almeida e Brito, e, certamente, dada a envergadura e sensibilidade da operação em curso, a coordenação foi eficaz, pois chegámos todos a bom porto.
Julgo que não devemos misturar o que se passou na cidade, em Carmona - eu também retenho algumas imagens menos próprias... -, com o decurso da operação Carmona/Luanda.
Operação cheia de riscos, muitas contrariedades, mas resolvida com êxito.
E quero aqui frisar que qualquer negociação, se é que assim podemos designar os diálogos que aconteceram ao longo do percurso e com as várias forças dos movimentos, tiveram sempre a intervenção do Comandante do BCAV. 8423, comandante e responsável pela coluna. A última decisão seria sempre sua.
Todos sabemos em que mares navegavam as forças militares, na altura. Mas este Batalhão de Cavalaria - o 8423, os Cavaleiros do Norte! - graças a um brilhante exercício de Comando, manteve-se sempre coeso e disciplinado e, consequentemente, firme e hirto.
Deu provas disso no terreno.
Mesmo nos momentos em que se esqueceram que aquela força militar se encontrava no norte de Angola.
ANTÓNIO A. GUEDES
Furriel miliciano da 2ª. CCAV. 8423