Militares do BCAV. 8423 na coluna de Carmona para Luanda
Os Cavaleiros do Norte chegaram ao Grafanil pelas 12 horas de 6 de Agosto de 1975, após 570 quilómetros de problemas e 58,45 horas depois da saída de Carmona, «trazendo entre 700 e 800 viaturas», que demoraram 45 minutos a escoar. A coluna fora sobrevoada por dois aviões FIAT e um heli (com uma reportagem da BBC), antes de passar em Catete - a poucos quilómetros do Grafanil.
«Terminou, assim, a odisseia de milhares de civis que, à chegada a Luanda, choraram por se sentirem salvos», relata o Livro da Unidade.
O Diário Lisboa, na edição de 7 de Agosto e referindo-se à véspera, noticia, em despacho de Luanda e citando a 5ª. Divisão do EMGFA, que «chegou a esta cidade a coluna vinda de Carmona e Negage (...), constituída por 650 viaturas civis, que transportavam cerca de 3000 pessoas». Viaturas militares eram150, refere a nota, que«transportavam a escolta ida de Luanda, para proteger a coluna no regresso a esta cidade, e também as as forças do batalhão que não tinham sido evacuadas por via aérea».
Luanda, a 6 de Agosto de 1975, acordou com «alguns rebentamentos esporádicos na zona da Petrangol».
A FNLA, no mesmo dia e em Benguela, acordou em retirar da cidade - após o cessar-fogo com o MPLA. Já tinham sido acordados dois, ambos quebrados. O mesmo (cessar-fogo) acontecera em Malanje e Lobito, na véspera. Menos pacíficas estavam as coisas no Caxito, a apenas 60 quilómetros de Luanda, onde se registaram recontros entre os dois movimentos - que «utilizaram blindados e morteiros, numa guerra tradicional de posição».