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1 748 - Julho, aos 31 dias de 1975, em Carmona...

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Parada do BC12, vista do edifício do comando, em meados de 1975


A 31 de Julho de 1975, a operação Luanda começou a materializar-se em Carmona com «a chegada de viaturas de de tropas de reforço» - uma Companhia de Comandos, que se aquartelou no BC12, e uma de Paraquedistas, que ficou na base aérea do Negage.
O percurso, já se sabia, seria pelo Negage e Salazar, pelo Dondo, a mais longa - em detrimento da conhecida estrada do café. O Caxito,a  53 kms. de Luanda, estava ocupado pela FNLA, também acantonado no Ambriz, onde o presidente Holden Roberto, segundo o Diário de Lisboa da época, declarava que «o assalto contra a capital angolana deveria verificar-se nos próximos dias».
A mesma fonte referia que as forças da FNLA, calculadas em aproximadamente 8000 homens, «faziam uma pausa e reagrupamento das suas bases (em rectaguarda), para o ataque à capital», embora enfrentasse «problemas de abastecimento das suas tropas, em munições e carburante (para os blindados) e alimentos».
Iria tentar entrar «numa região quase totalmente fiel ao MPLA», onde enfrentaria não só as FAPLA «mas igualmente uma população armada que, segundo certos meios, deverá opor uma grande resistência e onde Quifangongo e Cacuaco seriam os pontos fortes».
O Diário de Lisboa de 30 de Julho de 1975 dá também conta que «as foras da FNLA parecem utilizar o método chinês, nos combates ofensivos, com provas dadas na Coreia e no Vietname e que consiste em procederem, antes, a um«amolecimento» da região, pelo emprego maciço de morteiros pesados», prevendo por isso, que «as destruições seriam importantes ao longo da estrada que vai do Caxito a Luanda» - a do café.
As FAPLA, essas e ainda segundo o Diário de Lisboa,«beneficiarão de um conhecimento perfeito do terreno, graças ao «poder popular» - populações armadas em grupos de auto-defesa, que as apoiará, e à guerra convencional poderiam opor igualmente um género de guerrilha urbana que, em geral, diz-se, sai caro em homens contra quem é aplicado».
Os observadores «estão reduzidos a simples suposições e apenas o futuro dirá se a batalha de Luanda terá efectivamente lugar e em que condições», reportava o DL. 
Luanda que, citamos o jornal, continuava com «atmosfera pesada» e que «os portugueses estão agora a abandonar ao ritmo de 3 000 pessoas por dia».
Era para essa capital que os Cavaleiros do Norte iriam fazer a sua rotação final, desde Carmona.


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