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Channel: CAVALEIROS DO NORTE / BCAV. 8423!
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3 620 - A noite de consoada do Natal do Quitexe de 1974

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Noite de Natal no Quitexe, em 1974. Do canto esquerdo para a direita, os
 furriéis milicianos Rocha (de bigode), Fonseca (a fumar), Viegas, Belo (de
 óculos), Ribeiro e...? Da direita, Monteiro, Cândido Pires (de bigode retorcido),
Machado (de cigarro) e Costa (dos Morteiros, a rir). Entre ele eo Machado,
está o Carlos Lajes, que era o barman do bar dos sargentos



O comandante Almeida e Brito, o soldado Armando
 Silva e os capitães José Paulo Fernandes e António Oliveira,
 de costas, na consoada de Natal de 1974, no Quitexe!
A véspera de Natal de 974, no Quitexe, começou comigo a pôr braçadeira de serviço e assumir a função de sargento-dia. Nada a que já não estivesse habituado, em dias especiais da nossa jornada uíjana de Angola. Correu bem, o dia todo, sem percalços e por todo ele se foi expectando a ceia de consoada, que foi no refeitório dos praças, para toda a guarnição mas tinha a benção e a cozinha das nossas Amazonas do Norte.
Natal do Quitexe, em 1974. Na fila de trás e à direita, o
 Gaiteiro (o primeiro, de bigode), Serra, de NN (boina no
 ombro) e do Aurélio (Barbeiro). A olhar, de frente e de
bigode, aqui em baixo, o Monteiro (Gasolinas) e a seguir
o Cabrita, o Calçada e o Coelho (sapador)? O sétimo é o
 Florêncio. E os outros, quem ajuda a identificar?
Que surpreenderam!! E de maneira!!!!
Estava tudo às mil maravilhas e não foram poucas as emoções e saudades que ali se «mataram», na frente de tão farta mesa e tão deliciosa ementa.

Ementa europeia
na mesa de Natal

A ementa das mesas, à moda das nossas casas europeias, não teve falta de bacalhau (que foi o rei da consoada), mas não faltou o polvo e outros pratos típicos da época - enchendo de regalos gastronómicos as compridas mesas do refeitório. E saciando o apetite devorador dos jovens Cavaleiros do Norte da CCS e da 3ª. CCAV. 8423. 
Doces e aletrias, rabanadas, mexidos e sopas secas,  queijo, arroz-doce, leite creme e outros acepipes, nada faltou na farta mesa do refeitório do Quitexe - onde comungaram, em partilha solidária e amiga - oficias, sargentos e praças, sem distinção.
As bebidas foram para todos os gostos, sem abusos, muiuto embora os bravos e emocionados, diríamos que nostágicos Cavaleiros do Norte não se tenham feito  rogados. E, vamos lá, até um ou outro tenham abusado.
Os alferes Jaime Ribeiro e António Albano Cruz recordam-se que «era tanta a quantidade e a variedade» de comida e de... bebida, que «alguns até entraram de gatas nas suas casernas e quartos». 
«Acho que isto tudo, esta vivência, afinal, até nos ajudou a criar a nossa personalidade, a nossa maneira de ser e estar e a ter forças nos momentos difíceis que por lá atravessámos, tanto jeito ou falta nos faziam», comentou o alferes Cruz, estes anos todos depois.

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